Sintomas do infarto agudo do miocárdio

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Introdução

O infarto agudo do miocárdio é um quadro potencialmente grave que surge quando o fluxo de sangue que irriga o coração através das artérias coronárias é insuficiente, levando à necrose de parte do músculo cardíaco.

O principal e mais clássico sintoma do infarto é uma dor do tipo aperto no lado esquerdo do peito, com irradiação para o braço.

Porém, o infarto pode ser um evento traiçoeiro, com sintomas atípicos, como dor na boca do estômago, náuseas e vômitos ou dor no pescoço. Além disso, dezenas de outras doenças podem provocar dor na região do tórax, mimetizando um quadro de infarto.

Causas de dor no peito

Dor no peito é o sintoma que mais assusta e que mais leva pacientes a procurar um serviço de emergência. O medo de ter um infarto é tão grande, que até jovens sem nenhum fator de risco para doença coronariana costumam procurar um hospital devido a desconforto no peito.

O fato é que existem dezenas de doenças que podem causar dor no peito, algumas delas simples, como dor muscular, e outras graves, como o próprio infarto ou um aneurisma da aorta.

Mas como saber apenas pelos sintomas se uma dor no peito é infarto ou não?

Na verdade, não existe uma resposta definitiva para a pergunta acima. O que os médicos fazem é avaliar diversas variáveis clínicas, como características da dor, idade do paciente, fatores de risco, etc., para decidir se a dor é de alto ou baixo risco. O diagnóstico mesmo só pode ser confirmado com exames de sangue e um eletrocardiograma.

Como já referido, várias doenças que não são de origem cardíaca podem se apresentar como dor no tórax. Entre as elas podemos citar:

Entre as doenças cardíacas que podem causar dor no peito, ainda temos:

Se você quiser mais sobre dor no peito e suas causas, temos um texto específico sobre o assunto: Principais Causas de Dor no Peito.

Diferenças entre angina e infarto

Antes de seguirmos com os sinais e sintomas do infarto, é importante explicar o que é a angina.

A angina e o infarto provocam uma dor no peito com características muito parecidas, pois ambas se originam de um inadequado fluxo de sangue nas artérias coronárias. A diferença é que na angina o fluxo está reduzido, mas não o suficiente para causar necrose do músculo cardíaco. A angina é um sinal de que o coração está no seu limite, trabalhando com um fluxo de sangue que é suficiente apenas para suprir suas demandas básicas.

Imagine um paciente que tenha uma obstrução parcial em uma ou mais das artérias coronárias. Quando este paciente está em repouso, ele nada sente porque a demanda cardíaca por sangue está baixa neste momento.

Porém, quando este paciente faz um esforço físico, os batimentos cardíacos aceleram e há uma necessidade de aumentar o aporte de sangue para o coração. Como existe uma obstrução ao fluxo, este sangue extra não chega na quantidade necessária, provocando uma isquemia do músculo cardíaco, chamada angina.

Se este paciente repousar, após alguns minutos a frequência cardíaca e a demanda por sangue do coração irão voltar ao basal, fazendo com que a isquemia e a dor da angina desapareçam.

Todavia, enquanto o infarto é uma grave falta de sangue para o coração, que provoca a morte de tecido cardíaco, a angina é um estágio anterior, onde há redução do fluxo de sangue nas artérias coronarianas, mas ainda há perfusão suficiente para o músculo cardíaco não sofrer necrose.

Tipos de dor isquêmica do coração

A isquemia cardíaca pode ser dividida em três estágios: angina estável, angina instável e infarto do miocárdio. Vamos resumi-los:

Angina estável é a isquemia cardíaca causada pelo esforço físico, estresse ou qualquer outra situação que aumente temporariamente a demanda de sangue do músculo cardíaco. Há uma ou mais obstruções nas artérias coronarianas, mas elas não são grandes o suficiente para causar dor em repouso. Quando paciente faz um esforço ele sente dor, mas ela é de curta duração e desaparece alguns minutos após o repouso.

Angina instável é a isquemia cardíaca que ocorre em repouso ou com apenas mínimos esforços, como pentear o cabelo ou tomar banho. A obstrução é grande o suficiente para que o fluxo de sangue seja inferior ao necessário em situações basais. A angina instável pode ser considerada um pré-infarto, sendo classificada como uma síndrome coronária aguda. Apenas pelos sintomas não é possível distinguir uma angina instável de um infarto.

Infarto agudo do miocárdio é uma isquemia cardíaca grave que leva à necrose de parte do tecido muscular do coração.

Um Infarto fulminante é aquele que ocorre devido à necrose uma extensa área cardíaca, que torna o coração incapaz de continuar seu trabalho de bombeamento de sangue, provocando um colapso circulatório, chamado choque cardiogênico.

Como é a dor do infarto?

Tipicamente os sintomas do infarto são uma dor no meio ou à esquerda do peito, tipo aperto, pressão ou peso, muitas vezes com irradiação para o braço esquerdo, mandíbula e/ou costas. A dor pode ser desencadeada por esforço físico, estresse emocional ou após uma refeição exagerada, mas também pode surgir subitamente em repouso.

A dor do infarto apresenta piora gradual e é normalmente acompanhada de suores, falta de ar, palidez, inquietação e, muitas vezes, náuseas e vômitos. Ao contrário da angina estável, no infarto a dor dura vários minutos e não há alívio com repouso.

Uma curiosidade é o fato do paciente frequentemente relatar sua dor no peito como um aperto, fechando o punho e encostando a mão ao peito para tentar descrever essa dor opressiva.

As localizações mais típicas da dor do infarto estão ilustradas abaixo.

Dor do infarto
Localização mais comum da dor do infarto

Quando o infarto se apresenta com os seus sintomas clássicos que acabamos de descrever, o próprio paciente consegue suspeitar que sua dor tenha origem em uma isquemia do coração. Nestes casos, o paciente costuma procurar atendimento médico rapidamente.

O problema reside nos infartos que apresentam sintomas atípicos, como é relativamente comum nos pacientes idosos, mulheres ou diabéticos. Muitas vezes não há dor no peito e os sintomas se restringem a cansaço intenso, náuseas e/ou um desconforto inespecífico no peito ou abdômen. Há muitos casos de pacientes que infartam e não ficam sabendo. Se a área necrosada for pequena e os sintomas atípicos, o paciente só costuma descobrir que já infartou quando faz um eletrocardiograma ou um ecocardiograma de rotina.

O que valorizar em uma queixa de dor peito?

Além das características da dor, outro fator muito importante na avaliação de um possível infarto é conhecer os fatores de risco do paciente. Quanto mais fatores de risco para doença coronariana um paciente tiver, mais importância deve-se dar as suas queixas, mesmo que elas inicialmente não pareçam indicar um quadro de infarto. Pacientes diabéticos, obesos, homens com mais de 45 anos, hipertensos, pessoas com colesterol alto, com insuficiência renal ou tabagistas apresentam maior risco de infarto. Nestes indivíduos qualquer dor ou desconforto na região do tórax deve levantar suspeitas.

Um paciente jovem e sem fatores de risco para doença coronariana, que chegue ao hospital reclamando de dor no peito preocupa menos que um indivíduo de 55 anos, obeso, tabagista e diabético que se queixa de náuseas e apenas um leve desconforto na região do tórax.

Sinais que indicam outra causa para a dor no peito

Toda dor no peito deve ser encarada como potencialmente grave, porém, algumas características nos fazem pensar em outras causas além do infarto do miocárdio. Chamamos de dor atípica toda aquela que não apresenta as características clássicas do infarto, como dor opressiva no centro e/ou lado esquerdo do peito, com ou sem irradiação para o braço esquerdo.

As dores torácicas atípicas geralmente indicam outras doenças que não o infarto. Exemplifiquemos alguns casos de dor atípica que não sugerem infarto:

1. Uma dor no peito que piora ao toque ou à compressão local, à rotação do tronco ou à mobilização dos braços costuma sugerir patologias musculoesqueléticas. A dor da angina ou do infarto não costuma piorar quando se aperta em algum lugar do peito ou quando movimentamos o tórax.

2. Dor no peito que não apresente relação íntima com esforço físico, ou seja, que não piora ao correr, subir escada ou carregar algum peso também não costuma ser de origem isquêmica.

3. Dor em queimação, associada a azia e eructações, normalmente presente há várias semanas e de intensidade leve/moderada, costuma indicar problemas de origem gastroesofágica.

4. A presença de febre, tosse com expectoração, chiado no peito ou piora da dor ao respirar fundo, sugere patologia do pulmão.

5. Pessoas jovens e sem fatores de risco, principalmente mulheres, podem apresentar quadros de ansiedade que se apresentam como dor no peito. Normalmente são pessoas com problemas pessoais recentes ou crônicos, antecedentes de depressão, que choram com facilidade, apresentam nervosismo, tremores nas mãos e muitas outras queixas além dor no peito.

Tipicamente, o paciente que está infartando se queixa de dor no peito. Ele pode até ter outros sintomas, mas dá muito mais importância à dor no peito. Por outro lado, os pacientes com crise de ansiedade que pensam estar infartando geralmente se queixam de dor no coração, mas referem também uma gama de outros sintomas inespecíficos, como tontura, visão embaçada, formigamento na boca, fraqueza nas pernas, dor nos braços, dor de barriga, etc.

Obviamente, nada impede que pessoas ansiosas possam infartar. O ideal é sempre deixar o médico decidir se a dor no peito é angina/infarto ou não. Isso vale principalmente nas pessoas que possuam fatores de risco.


Referências


Autor(es)

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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COMENTÁRIOS
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49 comentários em “Sintomas do infarto agudo do miocárdio”

  1. Boa noite dr.
    Gostaria de elogiá-lo pelo excelente site. Esse artigo me tirou mtas dúvidas.
    Gostaria que tirasse a minha dúvida.
    Tenho 30 anos, pratico atividades físicas, não fumo, pressão arterial normal, e sou bastante crítico com minha alimentação, porém nada radical.
    Meu pai faleceu em 1989, com 38 anos, de infarto(era fumante). Meus tios, irmãos de meu pai, faleceram todos do mesmo problema antes dos 50 anos. A irmã mais velha do meu pai faleceu ano passado com 91 anos de causas naturais. Em janeiro faleceu um primo de 33 anos de infarto fulminante, sem nunca apresentar qualquer sintoma. Visando isso, mesmo não tendo uma vida sedentária, achas que corro esse risco?

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    • Sim, com uma história familiar tão forte, o seu risco é maior que o da população em geral. Ter uma vida saudável é ainda mais importante pra você do que pra as outras pessoas. Acho que você já poderia ir a um cardiologista fazer uma avaliação, até pra saber se não há alguma doença familiar desconhecida que possa estar favorecendo a ocorrência de doenças cardíacas.

      Responder
  2. Dr. Boa tarde!

    O ECG detectaria problemas cardíacos a qualquer momento ou precisaria que os sintomas estivessem ocorrendo no momento?

    Responder
  3. gostei muito mais ainda tenho dúvida pois tenho 17 anos e sinto pontada no peito e vai atravessando a costa sinto dores frequente de cabeça e desmaio chego a sentir falta de ar! sera que é algo grave?

    Responder
    • Na sua idade, o mais comum é ser ansiedade. Porém, você precisa ser visto por um médico para ter certeza que não há nada de grave.

      Responder
  4. Bom gostei muito do blog bem completo.
    Eu sinto faltar de as vezes quando estou deitado , sem motivos nenhum o que pode ser?
    isso aparece de repente e com bastante frequência
    Por favor algum comentario respeito disso please.

    Responder
    • É muito pouca informação para poder opinar. Podem ser dezenas de coisas, desde uma simples ansiedade até problemas cardíacos ou pulmonares.

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  5. Tenho 33 anos ,estou sentido uma do no peito ,como um desonforto ,gostaria saber se isso pode ser sintomas de algum problema no coração .

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    • Não existe tratamento sem antes haver um diagnóstico; e não existe diagnóstico se você não for avaliado por um médico.

      Responder
  6. Boa noite; comecei a fazer academia, vou dia sim e dia não. No primeiro dia fui e ocorreu tudo bem, no outro dia acordei com uma dor insuportável no peito para respirar. Já faz 3 dias que estou com a dor. O que pode ser? Dor muscular somente?

    Obrigada.

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  7. Tenho 17 anos doutor, gostei bastante do blog, queria tirar uma dúvida, sinto muitas vezes meu coração acelerado, umas pontadas no ombro, e a pressão alta, pode ser psicológico? Fiz eletrocardiograma 2 vezes no ano passado. Obrigado!

    Responder
  8. Boa noite doutor. Parabéns pelo excelente blog, com certeza é muito informativo e tirar inúmeras dúvidas das pessoas, tornando a linguagem médica menos complicada. Mas eu tenho uma dúvida, eu queria saber se estresse emocional sozinho, sem nenhum outro fator de risco, poderia causar infarto agudo do miocárdio?

    Responder
  9. Tenho 34 anos, comecei a sentir esses sintomas e não dei importância achando que o problema era muscular. Quando a dor e o desconforto passou a ser maior, que resolvi procurar um médico, fui direto a uma emergência. De cara já me diagnosticaram síndrome do pânico, até por causa da minha idade, mas no final eu estava é infartado. Minha sorte foi que novamente deu a crise, la mesmo no hospital, aí que resolveram fazer o eletrocardiograma e constataram o real problema. Se não fosse isso teriam me liberado pra ir embora. Tive mais sorte ainda, pois no final das contas foi descoberto que eu estava com 95% da coronária obstruída, e não ficou graves danos no coração. Fiz o cateterismo e angioplastia, colocaram 2 stents na artéria. Não é comum isso ocorrer na minha idade, mas infelizmente esta se tornando comum.

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  10. Puxa! O infarto é bem traiçoeiro mesmo…minha sogra sentiu muita coceira no corpo todo, foi ao médico achando ser alergia e era um infarto leve, depois, ainda no hospital, teve outro infarto e não resistiu! :(

    Responder
  11. Caro Pedro, sou colega seu, oftalmologista e gostaria de elogiar seu site. Ele não apenas é útil para os leigos, mas através de sua linguagem muito clara, auxilia também aos seus colegas médicos. Parabéns.

    Responder
  12. meu nome é Rubens e estou com uma pequena dor desconfortavel no peito, e tambem sinto um pequeno formigamento no antebraço esquerdo isso seria sintoma de enfarte.

    Responder
    • Rubens, não adianta comentar várias vezes ou pedir urgência na resposta. Leia as regras do site, por favor. Como é que eu, à distância,vou poder confirmar ou descartar diagnósticos baseados em 2 linhas de informação? Se você está apreensivo com os seus sintomas, procure atendimento médico.

      Responder
  13. Dr. Pedro,

    Boa noite. Gostaria de saber, se possível, se uma pessoa que tem alguns fatores de risco para o infarto, como colesterol alto, tabagismo (menos de um maço por dia), se essa pessoa tiver a pressão arterial baixa, sempre em 10/7 e 11/7, isso é um atenuante para os riscos ou não? Outra dúvida é: as pessoas que têm obstrução de artérias necessariamente têm PA alta ou isso não tem nenhuma relação?

    Obrigada, doutor.
    Eliana

    Responder
  14. Dr. se eu me deparar com uma pessoa tendo um infarto no miocárdio, quais os procedimentos corretos? O uso do desfibrilador seria o mais ideal? Caso não disponha de um desfibrilador, o quê fazer? Agradeço a atenção.

    Perdi uma pessoa importante devido ao infarto.

    Responder
    • O mais importante é chamar uma ambulância e levá-lo ao hospital o mais depressa possível. O desfibrilador só tem indicação se o paciente estiver tendo uma parada cardíaca.

      Responder
  15. eu gostaria de saber algo que não ficou claro no texto.
    quanto tempo um angina instável pode dura sem que isso vire um infarto?
    uma angina instável pode dura 6 meses um ano por exemplo?

    Responder
  16. Dr, a 1 ano “ganhei”  2 stents após uma dor no peito acompanhada de um “entalo” quando caminhava e hoje uso uma serie de medicamentos:  Bissulfato de clopidrogrel (p/substituir Plagrel), Benicar, Sinvastatina. Estou muito bem caminhando com 60 anos. Ultimamente tenho insonias com sonhos depressivos.
    Pergunta: Alguns desses medicamentos podem produzir depressão?

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    • Não, nestes casos a depressão não vem dos remédios em si, mas do conjunto de fatos novos, como saber ter tido infarto, tomar vários medicamentos, ter restrições, saber que o coração não está mais tão saudável, ter noção de que o peso da idade chegou, etc.

      Responder
  17. DR.pedro, o meu nome é roberio eu gostaria de tirar uma duvida quando eu e minha esposa discutimos. umas duas vezes, ela sentiu dores no peito, isso pode levar a um infarto?

    Responder
  18. Dr. Pedro, meu nome é Shirley e eu gostaria de tirar uma dúvida antes de ir ao hospital. Sou acima do peso e últimamente tenho feito muito esforço físico, não é com ginástica em academias e no trabalho, em casa com afazeres domésticos que nunca tem fim, e hoje dia 26 04 12 pela manhã no trabalho eu fui pegar um copo para tomar café e derrepente senti uma dor muito forte no meu dedo indicador da mão direita e o local que eu senti essa dor foi ficando roxo, algumas pessoas diseram que um vazo havia se rompido, pode acontecer isso? 

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