Hepatite B: sintomas, transmissão, tratamento e vacina

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O que é a hepatite B?

A hepatite B é uma doença infecciosa provocada por um vírus chamado HBV, sigla em inglês para “vírus da hepatite B”.

A hepatite B é uma pandemia que acomete entre 250 milhões de pessoas em todo mundo e provoca a morte de mais de 600 mil todos os anos. Em algumas regiões da Ásia e da África, cerca de 6% da população é portadora do vírus.

O HBV provoca dois tipos de infecção: a hepatite aguda, que dura alguns dias e cura-se espontaneamente, e a hepatite crônica, a forma mais grave, que pode provocar a longo prazo cirrose hepática ou câncer do fígado (hepatocarcinoma).

Felizmente, vários medicamentos estão disponíveis para o tratamento da hepatite B crônica e a infecção já pode ser prevenida pela vacinação. Por conta desses avanços no tratamento, a incidência da doença e a sua mortalidade têm vindo a cair.

O que é hepatite viral?

Hepatite é um termo que significa inflamação do fígado. Ela pode ser causada por vírus, por álcool, por drogas, por acúmulo de gordura no fígado, etc. (explicamos os diferentes tipos de hepatite no artigo: As diferenças entre as hepatites).

São 5 as hepatites provocadas por vírus:

Na prática, quase todos os casos de hepatite são causados pelos vírus A, B ou C. As hepatites D e E são raras.

É importante saber que os vírus que causam cada uma dessas hepatites diferem entre si. O vírus da hepatite C, por exemplo, é geneticamente muito mais próximo dos vírus da dengue e da febre amarela do que do vírus da hepatite B.

Por serem vírus diferentes, as formas de transmissão, a evolução da doença, o tratamento e as vacinas para cada uma das 5 formas de hepatite viral também são diferentes. A única coisa em comum é o fato desses vírus atacarem preferencialmente o fígado.

O vírus da hepatite D apresenta uma particularidade: ele só ataca aqueles já contaminados com hepatite B. Portanto, todo paciente com hepatite D, obrigatoriamente também tem hepatite B. Pacientes com hepatite B+D apresentam um quadro bem mais agressivo de lesão do fígado.

Transmissão

A hepatite B é uma doença sexualmente transmissível. Cerca de 70% dos casos são transmitidos pela via sexual, em torno de 2/3 por relações heterossexuais e 1/3 por relações homossexuais.

Outras vias de transmissão do HBV incluem a vertical (da mãe para feto), transfusões de sangue e compartilhamento de agulhas ou acidentes com agulhas ou outros materiais hospitalares infectados.

O vírus B consegue permanecer vivo no ambiente por até 7 dias, podendo ser adquirido caso entre no organismo de alguém não vacinado. Isso significa que é possível contrair hepatite B através do uso comum de escovas de dentes ou lâminas de barbear, casos estes estejam contaminados com sangue. Essas vias, porém, são raras.

Também existem casos relatados de transmissão através da acupuntura, tatuagens ou body piercing realizados com material não descartável e contaminado com sangue.

Não há risco de transmissão da hepatite B em piscinas, através de abraço, aperto de mão, por espirro ou pela tosse.

A transmissão através de copos, talheres ou beijos só é possível se houver contato direto de sangue contaminado. Em condições normais, não há risco.

O uso de preservativos é indicado para prevenir a transmissão pela via sexual.

Sintomas

A hepatite B é dividida em duas fases: infecção aguda e infecção crônica.

Hepatite B aguda

O período de incubação, que é o intervalo de tempo entre o momento da contaminação e o surgimento dos primeiros sintomas, costuma ser de 1 a 4 meses.

A hepatite B aguda é habitualmente dividida entre formas ictérica, não-ictérica e fulminante.

Hepatite B aguda não-ictérica

Cerca de 70% dos pacientes contaminados com o vírus da hepatite B apresentam sintomas leves e inespecíficos da infeção. Muitas vezes, a fase aguda é tão branda, que pode passar despercebida, sendo confundida com um quadro gripal.

Nesses casos, não é nada incomum os pacientes só descobrirem que tiveram hepatite anos depois ao realizarem exames de sangue de rotina ou para doação de sangue.

Hepatite B aguda ictérica

Cerca de 30% dos pacientes desenvolvem o quadro clínico típico de hepatite, chamada forma ictérica da hepatite B aguda.

Icterícia é o nome dado à coloração amarelada da pele e das mucosas, devido ao acúmulo de bilirrubinas no sangue. Além da pele amarelada também costumam surgir urina escura e fezes de cor muito clara.

icterícia
Icterícia (compare a cor da mão normal com a pele do paciente)

Para saber mais detalhes sobre a icterícia, leia: Icterícia nos adultos.

Outros sintomas da hepatite B aguda incluem:

  • Cansaço.
  • Náuseas e vômitos.
  • Dores articulares.
  • Dor abdominal, principalmente na região superior direita.
  • Febre.
  • Perda do apetite.

Durante a fase aguda, nas análises de sangue, os marcadores de lesão hepática costumam estar altos. As transaminases (TGO e TGP) costumam estar muito elevadas, frequentemente acima de 1000 UI/L.

Hepatite B fulminante

A insuficiência hepática fulminante é rara e ocorre em menos de 0,5% dos casos. A coinfecção com a hepatite D ou o consumo frequente de álcool, drogas endovenosas ou paracetamol aumentam o risco de hepatite fulminante.

A hepatite fulminante é uma emergência médica, pois a insuficiência hepática aguda faz com que o paciente rapidamente evolua para encefalopatia hepática e entre em coma.

O transplante de figado emergencial é o tratamento indicado.

Para saber mais sobre os sintomas da hepatite agudam leia: 8 Sintomas de Hepatite Aguda.

Prognóstico

95% dos adultos que contraem hepatite B se recuperam de forma espontânea e ficam completamente curados dentro de 6 meses. Apenas 5% evoluem para forma crônica da hepatite.

Quanto mais jovem for o paciente, maior é o risco de evoluir para forma crônica, a ponto de até 50% das crianças menores de 5 anos e 90% dos recém-nascidos não conseguirem atingir a cura.

Hepatite B crônica

A hepatite crônica ocorre quando o nosso sistema imune não consegue eliminar o HBV até um prazo de 6 meses. Esses pacientes permanecem indefinidamente com o vírus no organismo, que permanece ativo, destruindo lentamente o fígado.

A hepatite B crônica costuma permanecer assintomática por muitos anos. Mesmo aqueles que tiveram sintomas típicos de hepatite aguda melhoram espontaneamente dos seus sintomas, apesar de ainda terem o vírus vivo no organismo.

Os pacientes portadores de hepatite B crônica podem contaminar outras pessoas através das vias de transmissão citadas anteriormente, especialmente através do sexo.

A intensidade dos sintomas na fase aguda não tem influência no risco da doença se tornar crônica. Na verdade, menos da metade dos pacientes lembra-se de ter tido sintomas de hepatite aguda. Para muitos, o diagnóstico da infecção crônica é recebido com surpresa.

Complicações da hepatite B crônica

Após o fim da fase aguda, os valores de TGO e TGP caem, mas permanecem ligeiramente acima do normal, pois o vírus continua causando uma lenta e contínua destruição das células hepáticas.

Entre as complicações mais comuns da hepatite B crônica estão a cirrose e o câncer de fígado. Felizmente, a maioria dos pacientes com a forma crônica da infecção não evoluem para esses dois desfechos, e quando o fazem, isso costuma ocorrer vários anos depois.

A taxa de progressão da doença após 5 anos de diagnóstico é de:

  • 10 a 20% dos pacientes com hepatite crônica evoluem para cirrose.
  • Cerca de 20% dos pacientes já com cirrose evoluem para fases avançadas da doença.
  • 6 a 15% dos pacientes com cirrose evoluem para hepatocarcinoma (câncer do fígado).

O risco de cirrose e hepatocarcinoma é mais alto nos pacientes que consomem álcool regularmente.

Além do álcool, outros fatores influenciam no risco de evolução para cirrose, entre eles: carga viral (contagem de vírus no sangue), taxa de atividade do vírus ou co-infecção com outras hepatites virais, como hepatite C ou hepatite D.

Os paciente com hepatite B adquirida ao nascimento costumam chegar até aos 30 anos sem maiores complicações da doença.

10 a 20% dos paciente com hepatite B desenvolvem doenças extra-hepáticas. As duas principais são a poliarterite nodosa e a nefropatia membranosa.

Diagnóstico

O diagnóstico da hepatite é confirmado através da sorologia sanguínea. A interpretação sorológica é complexa e não cabe aqui explicá-la com detalhes. Porém, algumas informações podem ser passadas:

HBsAg: é uma proteína existente na superfície do vírus. O HBsAg positivo indica que o vírus está presente na circulação.

Pacientes com hepatite B crônica permanecem com HBsAg positivo para sempre, já que nunca se livram do vírus. Pacientes curados têm HbsAg negativo.

Anti-HBs: é o anticorpo produzido contra o vírus. Normalmente, ele aparece quando a infecção está curada ou quando o paciente foi vacinado.

Pacientes com hepatite B crônica nunca apresentam anti-HBs positivo. Pacientes com anti-HBs positivo e HBsAg negativo são aqueles que estão imunes à hepatite, seja por vacinação ou por já terem tido a doença antes.

HBeAg e Anti-HBe: o HBeAg é uma proteína do núcleo do vírus e costuma estar presente quando o mesmo encontra-se em grande atividade.

O HBeAg costuma estar positivo na fase aguda e nos casos de hepatite B crônica com alta replicação viral.

O anti-HBe é um anticorpo que surge quando o paciente cura-se ou quando sua infecção crônica está adormecida e o vírus não está multiplicando-se.

Anti-HBc: é um outro anticorpo contra o vírus B.

O anti-HBc IgM está positivo nos casos agudos. O anti-HBc IgG é um anticorpo que está presente em todos que já tiveram hepatite ou a tem cronicamente. Quem, por exemplo, foi vacinado apresenta anti-HBs positivo, mas não apresenta anti-HBc.

Veja abaixo alguns exemplos de sorologia e suas interpretações:

Hepatite B agudaHepatite B crônicaHepatite curadaVacinado
Anti-HBc IgM+
Anti-HBc IgG+++
HBsAg++
Anti-HBs+++
HBeAg++/-+/-
Anti-HBe+/-

Vacina

A vacina para hepatite é muito segura e apresenta eficácia acima de 95%.

A hepatite B é uma doença potencialmente erradicável se houver campanhas efetivas de vacinação em massa. No Brasil e em Portugal, a vacinação para hepatite B já faz parte do calendário básico de vacinação para crianças.

O atual esquema é feito em 3 doses: a primeira ao nascimento, a segunda com um mês e a terceira aos seis meses.

Se entre a primeira e a terceira doses houver alguma falha, não é preciso recomeçar todo esquema. Porém, a chance da criança criar anticorpos (anti-HBs) é maior se o calendário for respeitado.

Dois meses após o término do esquema de vacinação pode-se realizar a sorologia para determinação da presença do anti-HBs, que traduz o sucesso da vacina.

Como na população geral essa taxa de sucesso é muito elevada, a maioria dos médicos só indica a sorologia quando a comprovação é essencial, como em profissionais da área de saúde, parceiros de pessoas infectadas, pacientes em hemodiálise, etc.

A vacina demora vários meses para criar proteção contra a hepatite, por isso ela não serve para impedir a contaminação nos casos de acidentes com agulhas contaminadas, por exemplo.

Nesses casos, se a pessoa que se feriu não tiver sido vacinada ou nunca tiver tido hepatite B, indica-se a administração da imunoglobulina para hepatite B, um coquetel de anticorpos contra o vírus.

A imunoglobulina deve ser administrada quanto antes, de preferência nas primeiras 24 horas após o acidente, para se evitar a contaminação. Passados 7 dias da possível contaminação, a imunoglobulina é ineficaz.

Tratamento

Hepatite B aguda

Na hepatite aguda indica-se apenas repouso, hidratação e evitar álcool e medicamentos que possam prejudicar o fígado. Não existe dieta especial e não há tratamentos alternativos que comprovadamente ofereçam alguma melhora. Evite os remédios ditos naturais, pois além de haver nenhuma comprovação de eficácia, eles podem piorar o quadro.

Hepatite B crônica

O tratamento para hepatite B está indicado apenas nos casos de hepatite B crônica com sinais de atividade, seja por haver HBeAg positivo, cirrose, elevações na TGO e TGP ou uma elevada carga viral.

Uma vez indicado o tratamento, existem vários fármacos disponíveis como lamivudina, adefovir, entecavir, telbivudina, interferon e tenofovir.

O tratamento costuma ser longo e as taxas de sucesso variam entre 20 e 70%, dependendo da situação. O objetivo da terapia não é curar o paciente, mas sim impedir a multiplicação do vírus e prevenir complicações futuras, como cirrose e câncer hepático.

A taxa de cura com os atuais tratamentos ainda é baixa, ao redor de 5% apenas. Porém, é bem provável que essa história mude nos próximos anos. Mais de 50 novos medicamentos estão em fase de testes e, assim como aconteceu recentemente com a hepatite C, é provável que em breve tenhamos um tratamento curativo para a hepatite B.

Nos casos mais graves, com sinais de cirrose e falência hepática, o transplante de fígado costuma ser a única opção.


Referências


Autor(es)

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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135 comentários em “Hepatite B: sintomas, transmissão, tratamento e vacina”

  1. O significa quando Paciente com.resultados dos exames conforme indicado abaixo:

    – Anticorpo anti- Rubella IgM. : 0.2 U/mL negativo;

    – Anticorpo Anti HCM. : 0,1. Ui/L. Negativo,

    – Antigenio HBs: 2212,20 UI/L positivo

    Responder
    • Isso pode ser sinal de hepatite B aguda ou crônica. Depende dos outros resultados da sorologia e da história clínica dela.

      Responder
    • O anti-HBsAg positivo significa que você já teve contato com o vírus hepatite B, seja o vírus real ou através da vacina. Pode ser uma infecção crônica, uma infecção curada ou apenas imunidade conferida pela vacina. São necessárias mais informações para saber realmente o significo clínico desse resultado.

      Responder
  2. Dr. meu resultado de sorologia foi o seguinte, o que significa?

    Anticorpo Anti-HBc Total (IgG + IgM) – Não Reagente
    Anticorpo Anti-HBe – Não Reagente
    HBeAg Total (Antigeno “e”) – Não Reagente
    Anticorpo Anti-HBs – Inferior a 2 UI/l
    HBsAg Antigeno de superficie do virus da hepatite B – DO/CO 0,31 – Não Reagente
    Anticorpo anti-HBc – IgM – Inconclusivo

    Responder
  3. Reparei no meu boletim que fui vacinada de hepatite B por volta dos 10 aos 12 mas o intervalo entre a 2 e a 3 dose foi mais de um ano, isso pode fazer com que nao fique imune?

    Responder
  4. Dr. A um ano fiz meus exames de admissão a faculdade estrangeira, mas nos resultados constava hepatite B positivo, eu como nem sabia o que era deixei assim estudei durante um ano, a dias fiz exames e o médico me disse que tenho hepatite B, isso é suficiente pra mim concluir que é crónica?

    Responder
  5. Dr. nos meus exames deu isso. O que significa?

    HEPATITE B – ANTI-HBC – IGG não reagente
    HEPATITE B – ANTI-HBS 20,6 mUI/ml
    HEPATITE A HAV – IGG não reagente
    HEPATITE A HAV – IGM não reagente
    HBs-Ag (ANTIGENO AUSTRALIA) não reagente
    VDRL – INCLUSIVE QUANTITATIVO não reagente
    ANTI-HCV (HEPATITE C) – ANTICORPOS TOTAIS 0,03 não reagente

    Responder
  6. doutor , já tive hepatite b a 10 anos atras e está curada. pretendo fazer concurso para policia federal mas no edital pede todos os exames de hepatite. posso ser reprovado?

    Responder
  7. Olá,

    alguém que tomou a vacina de Hepatite B, ao entrar em contato com o vírus, pode se tornar portadora e transmiti-lo?

    Muito obrigado

    Responder
  8. Doutor, realizei exame recente para hepatites B e C e HIV. O exame foi realizado 24 dias após relação de risco. Tive os seguintes resultados:

    HBSag – Não reativo
    Anti-HBC – REATIVO
    Anti-HBS – 588.0 UI/L
    Hepatite C – Não reativo
    Anti HIV 1 e 2 – não reativo

    Pelo que li do artigo, significa que tive hepatite B, mas meu sistema imune deu conta? Agora estou imune a hepatite B? Será que fiz os exames dentro de uma janela segura para averiguar hepatite C e HIV? Obrigado.

    Responder
    • 1- Sim.
      2- Tá bem no limite de tempo do HIV. Se o(a) parceiro(a) sabidamente tem HIV ou hepatite C, eu sugiro que você repita o exame com 3 a 6 meses.

      Responder
  9. Olá Dr. o exame da minha mãe deu os seguintes valores:
    Anti-HBC total não reagente
    Anti-HBS reagente – 338 mUi/l
    HBsag – não regente
    teve um médico cardiologista que falou que ela esta com hepatite b devido o resultado do HBs ter dado alto devo confiar

    Responder
    • Anti-HBs postivo com Anti-HBc e HBsAg negativos é o resultado de sorologia que a gente espera encontrar em pessoas vacinadas contra hepatite B, e não em pessoas com a doença hepatite B ativa.

      Responder
  10. Dr., bom dia!

    Meu exame foi Anti Hbs – superior a 1000 mUi/l e os outros todos negativos.

    Estou com hepatite B? Acho que tomei a vacina, mas faz mais de 15 anos. Estou imune ou com a doença? Estou desesperado, por favor, me responda

    Responder
    • Sem ver a sorologia completa é difícil afirmar, mas o resultado me parece apenas comprovação de imunidade pela vacina.

      Responder
  11. Olá, minha esposa tem hepatite b e eu fui vacinado. Fiz exames para confirmar imunidade e obtive os seguintes resultados :

    Hbsag – negativo
    Anti Hbc – negativo
    Anti Hbs – superior a 1000 Ui/l

    Verifiquei que estou imune. A questão é se posso ficar despreocupado ou ainda corro risco de contrair a doença de minha esposa?

    Responder
    • Você tá imune. De qualquer forma, se o objetivo não for ter filhos, o ideal é sempre ter relações de camisinha, pois com o passar dos anos, a imunidade pode ir ficando mais fraca.

      Responder