(!) Esta é uma página de fotos com as lesões típicas da sífilis em seus diferentes estágios. Para informações detalhadas sobre causas, sintomas e opções de tratamento, acesse os artigos:
- Sífilis – Sintomas, transmissão, VDRL e Tratamento.
- A sífilis tem cura?
- Sífilis congênita – Sintomas e Tratamento.
O que é sífilis?
A sífilis é uma doença sexualmente transmissível provocada pela bactéria Treponema pallidum.
O sintoma mais comum da sífilis é uma úlcera indolor na região genital. Os pacientes que transmitem sífilis são aqueles que apresentam a doença nas fases primária ou secundária, principalmente quando há lesões ativas nos órgãos sexuais.
Antes das imagens, uma rápida explicação sobre as três fases da sífilis.
Fases da sífilis
Semanas ou meses após o desaparecimento do cancro duro, a sífilis volta a se manifestar, agora em uma fase secundária, podendo causar lesões na pele e nas mucosas. Se não for tratada, as lesões novamente desaparecem espontaneamente, retornando anos depois sob a forma de sífilis terciária, a forma mais grave desta doença, com elevado risco de provocar lesões desfigurantes.
Na galeria de fotos abaixo mostramos imagens da sífilis nas fases primária, secundária e terciária. As graves lesões da sífilis terciária apresentadas a seguir são raras hoje em dia, pois a maioria dos pacientes recebe tratamento adequado antes da doença chegar a uma fase tão avançada. Na era pré-antibióticos, porém, esse tipo de lesão desfigurante era relativamente comum.
Nas três fases da sífilis, o tratamento indicado é com penicilina benzatina.
ATENÇÃO: a galeria a seguir contém imagens da sífilis nas fases primária, secundária e terciária. Algumas fotos são fortes, mostram lesões desfigurantes ou contêm órgãos sexuais. Sugerimos que não continue a rolar a página se não estiver em ambiente propício.
Imagens de sífilis primária – cancro duro
A fase primária da sífilis é a mais conhecida e se caracteriza pela presença de uma úlcera genital chamada cancro duro. Em caso de transmissão por sexo oral, o cancro duro pode surgir na boca ou língua.
A lesão inicial da sífilis primária manifesta-se como uma pequena elevação na pele nos órgãos genitais, que em poucas horas se transforma em uma úlcera, geralmente não dolorosa.
Nas mulheres, essa lesão pode passar despercebida devido ao seu pequeno tamanho (em média 1 cm de diâmetro), à ausência de dor e à localização discreta entre os pelos pubianos ou dentro da vagina.
Após a contaminação, o cancro duro leva, em média, de 2 a 3 semanas para aparecer. No entanto, há casos em que este intervalo pode ser tão curto quanto três dias ou tão longo quanto três meses.
O cancro duro é uma lesão que dura 3 a 6 semanas e desaparece mesmo sem tratamento, o que leva à falsa impressão de cura espontânea da doença.
Imagens de sífilis secundária
Em 25% dos pacientes não tratados na fase primária, a sífilis, após meses ou anos em silêncio, retorna sob a forma de sífilis secundária.
A sífilis secundária se manifesta com erupções na pele, classicamente nas palmas das mãos e solas dos pés. Também são sintomas comuns: febre, mal-estar, perda do apetite, dor nas articulações, queda de cabelo, lesões oculares e aumento dos linfonodos difusamente pelo corpo.
Mesmo sem tratamento, as lesões da fase secundária também podem desaparecer espontaneamente. Quando isso ocorre, o paciente entra na fase latente da doença. Não há sintomas, mas os testes laboratoriais para sífilis continuam sendo positivos.
Imagens de sífilis terciária – Goma sifilítica
Os pacientes podem ficar vários anos, inclusive décadas, assintomáticos na fase latente antes de um novo retorno da doença. Esta nova fase, quando os sintomas retornam, é chamada sífilis terciária, a forma mais grave da doença.
A fase terciária apresenta três tipos de manifestações:
- Goma sifilítica: grandes lesões ulceradas que podem acometer pele, ossos e órgãos internos.
- Sífilis cardiovascular: acometimento da artéria aorta, causando aneurismas e lesões da válvula aórtica.
- Neurosífilis: acomete o sistema nervoso, lavando à demência, meningite, AVC e problemas motores por lesão da medula e dos nervos.
Referências
- Shutterstock.com
- Multiple skin ulcers from malignant syphilis – The Lancet
- Secondary Syphilis in Cali, Colombia: New Concepts in Disease Pathogenesis – Scientific Figure on ResearchGate. Available from: https://www.researchgate.net/figure/Palmar-and-plantar-rash-of-secondary-syphilis-Typical-palmar-and-plantar-rash-of_fig8_44630365 [accessed 26 Apr, 2023]
- Morais, Lima & Melo, Thayná & Kitakawa, Dárcio & Da, Felipe & Peralta, Felipe & Gonzales, Sabrina & Carvalho, Luis Felipe & Carvalho, Silva. (2022). Secondary syphilis in oral cavity: Case report and literature review. International Journal of Case Reports and Images. 13. 226-229. 10.5348/101366Z01TM2022CR.
- Tertiary syphilitic ulceration of the scalp – St Bartholomew’s Hospital Archives & Museum.
- An Alaskan Inuit skull, showing the effects of syphilis. Photograph by Ales Hrdlicka, ca. 1910.
- A man suffering from syphilis, displaying pustular syphiloderm lesions on his scalp and torso. Process print after a photograph, ca. 1905.
- Face of a woman with a typical ‘syphilitic nose’. Picture: St Bartholomew’s Hospital Archives & Museum.
Autor(es)
Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.