Síndrome de Guillain-Barré: o que é, causas e sintomas

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O que é Guillain-Barré?

A síndrome de Guillain-Barré (SGB) é uma doença neurológica de origem autoimune capaz de provocar fraqueza muscular generalizada, que em casos mais graves pode até paralisar a musculatura respiratória, impedindo o paciente de respirar. A síndrome surge devido à produção inapropriada de anticorpos contra a bainha de mielina, substância que recobre e protege os nervos periféricos.

Consideramos a síndrome de Guillain-Barré uma polirradiculopatia desmielinizante inflamatória. Traduziremos esse palavrão nos próximos parágrafos.

Funcionamento básico do sistema nervoso

Para entendermos a síndrome de Guillain-Barré é preciso conhecer um pouco do nosso sistema nervoso central e periférico. Vamos explicá-lo de forma bem simples.

Todos os nossos estímulos sensoriais, como dor, sensação de temperatura, tato e sensação de pressão são captados pelos nervos periféricos da pele e levados para o cérebro, onde são adequadamente interpretados. Só conseguimos perceber que uma superfície está quente porque os nervos periféricos são capazes de sentir a temperatura, levando esta informação em forma de sinais elétricos através dos nervos para a medula espinhal e, posteriormente, para o cérebro.

O mesmo processo acontece com os estímulos motores, só que em sentido contrário. Quando mexemos a mão, o cérebro precisa primeiro executar uma ordem que vai até a medula espinhal e desta para o nervo periférico que inerva os grupos musculares que comandam a mão.

Portanto, os estímulos sensoriais e os estímulos motores são sinais elétricos que viajam pelo nosso sistema nervoso em direções opostas, passando sempre pelos nervos periféricos, medula espinhal e cérebro. Se o paciente tiver alguma lesão em um desses 3 pontos do sistema nervoso, os sinais elétricos sofrerão uma interrupção e o paciente pode ter paralisias motores ou perda da sensibilidade.

Na síndrome de Guillain-Barré, a lesão ocorre nos nervos periféricos motores que saem da medula espinhal e vão em direção aos músculos, sendo responsáveis por levar os comandos cerebrais para contração muscular. Nos pacientes com Guillain-Barré, o cérebro executa uma ordem para os músculos, mas ela não chega até eles, tornando o paciente incapaz de mexer certos grupos musculares.

O termo radiculopatia significa doença dos nervos que saem da medula espinhal. Como na síndrome de Guillain-Barré mais de um nervo é acometido simultaneamente, ela é considerada uma polirradiculopatia.

Como surge?

Como já explicado, os nervos levam e trazem as informações do cérebro através de impulsos elétricos. Assim como fios encapados, os nervos também são revestidos por uma substância isolante chamada bainha de mielina. Na síndrome de Guillain-Barré, o nosso sistema imunológico passa a, equivocadamente, produzir anticorpos contra a bainha de mielina dos nervos periféricos, como se esta fosse um vírus ou uma bactéria invasora.

Destruição da bainha de mielina pela síndrome de Guillain-Barré.
Bainha de mielina

O ataque dos anticorpos cria um intenso processo inflamatório e leva à destruição da bainha de mielina (desmielinização do nervo), bloqueando a passagem dos estímulos nervosos.

Os nervos acometidos pela síndrome de Guillain-Barré são basicamente os motores, sem acometimento dos nervos sensitivos. Logo, há paralisia muscular com pouca ou nenhuma diminuição da sensibilidade.

Portanto, com o conhecimento adquirido até aqui, já podemos entender por que a síndrome de Guillain-Barré é uma polirradiculopatia desmielinizante inflamatória.

Por que surgem esses auto-anticorpos?

Alguns microrganismos, como vírus ou bactérias, podem possuir proteínas semelhantes às presentes na bainha de mielina, causando confusão em alguns anticorpos. Se por azar o sistema imune criar anticorpos exatamente contra essas proteínas, os mesmos atacarão não só o vírus invasor, mas também a bainha de mielina, pois para os anticorpos ambos são a mesma coisa.

Até dois terços dos pacientes com Guillain-Barré referem um quadro de infecção respiratória ou gastrointestinal (geralmente sob a forma de diarreia) semanas antes do aparecimento da síndrome. A infecção mais comumente associada à SGB é pelo Campylobacter jejuni, uma bactéria que provoca gastroenterites.

Outros eventos que podem estar associados ao surgimento da síndrome de Guillain-Barré são:

É bom salientar, porém, que em boa parte dos casos não conseguimos descobrir um evento desencadeante para a síndrome de Guillain-Barré.

Vacinas podem causar Guillain-Barré?

O conceito de que a síndrome de Guillain-Barré possa ser desencadeada por algumas vacinas é amplamente aceito, porém, esta relação é geralmente superestimada. O risco de desenvolvimento de Guillain-Barré após uma vacinação é muitíssimo baixo.

Só como exemplo, um estudo realizado no Reino Unido entre 1992 e 2000 com 1.8 milhão de pessoas identificou apenas 7 casos de Guillain-Barré surgidos dentro do intervalo de 45 dias após uma vacinação. Também é importante destacar que não houve aumento da incidência de casos de Guillain-Barré após a introdução da vacinação anual contra a gripe.

Portanto, os benefícios de qualquer vacina superam em muito o risco de desenvolvimento da síndrome de Guillain-Barré.

No caso específico das vacinas contra Covid-19, apenas a vacina da Janssen parece estar relacionada a um risco maior de Guillain-Barré. De modo contrário, e já confirmando por diversos estudos, não há aumento do risco de Guillain-Barré com as vacinas de mRNA da Pfizer ou da Moderna.

Em relação aos pacientes que já tiveram a SGB, é indicado esperar pelo menos um ano para se administrar qualquer vacina.

Sintomas

O principal sintoma do Guillain-Barré é a fraqueza muscular, geralmente iniciada nas pernas e com progressão ascendente. Em questão de algumas horas, às vezes poucos dias, a doença começa a subir e acometer outros grupos musculares, indo em direção a braços, tronco e face.

A síndrome de Guillain-Barré pode apresentar diferentes graus de agressividade, provocando apenas leve fraqueza muscular em alguns pacientes ou casos de paralisia total dos 4 membros em outros.

O principal risco desta doença está nos casos em que há acometimento dos músculos respiratórios e da face, provocando dificuldade para respirar, engolir e manter as vias aéreas abertas. Até 30% dos pacientes com SGB precisam ser ligados a um ventilador mecânico (respirador artificial).

Cerca de 70% dos pacientes também apresentam outros sintomas além da fraqueza/paralisia muscular, como taquicardia (coração acelerado), hipertensão ou hipotensão, perda da capacidade de suar, arritmias cardíacas, retenção urinária ou constipação intestinal. Dor nos membros enfraquecidos é comum e ocorre provavelmente pela inflamação dos nervos.

Em geral, o Guillain-Barré progride por duas semanas, mantém-se estável por mais duas e, então, começa a regredir, um processo que pode durar várias semanas (ou meses) até a recuperação total. Em alguns pacientes, a SGB progride tão lentamente que a doença começa a regredir antes mesmo de chegar à parte superior do corpo. Estes são os casos de melhor prognóstico e menor risco de sequelas.

Como a bainha de mielina dos nervos periféricos tem capacidade de se regenerar, a grande maioria dos pacientes consegue recuperar todos (ou quase todos) os movimentos. Após 1 ano de doença, 60% dos pacientes apresentam recuperação completa da força muscular e 85% recuperam-se o suficiente para já estarem andando sem ajuda, mantendo uma vida praticamente normal. As sequelas só costumam ocorrer nos casos mais graves.

A mortalidade da SGB é de 5% e, aproximadamente, 10% dos pacientes não conseguem voltar a andar sem ajuda.

Os critérios associados a um maior risco de sequelas são:

  • Idade avançada do paciente.
  • Rápida evolução para os membros superiores, geralmente com menos de 7 dias.
  • Presença de paralisia muscular já no momento da primeira avaliação médica.
  • Necessidade de ventilação mecânica.
  • Guillain-Barré surgido dias após um quadro de diarreia.

Diagnóstico

O diagnóstico da síndrome de Guillain-Barré deve ser suspeitado em todo paciente com quadro progressivo de fraqueza motora, com pouco ou nenhum comprometimento da sensibilidade.

Os dois exames complementares que ajudam no diagnóstico são a punção lombar, para avaliação do liquor, e a eletroneuromiografia, um exame que avalia a resposta dos músculos a estímulos elétricos.

Nos últimos anos alguns anticorpos contra proteínas presentes nos nervos têm sido descobertos. Os anticorpos que podem ser pesquisados no sangue são: anti-GQ1b, GM1, GD1a, GalNac-GD1a, GD1, GT1a, GD1b.

Tratamento

Todos os pacientes diagnosticados com Guillain-Barré devem ficar internados para observação, mesmo os com doença leve, uma vez que o acometimento dos músculos respiratórios pode ocorrer rapidamente.

O tratamento se baseia em duas terapêuticas:

  • Plasmaférese: é uma espécie de hemodiálise na qual é possível filtrar os autoanticorpos que estão atacando a bainha de mielina (leia: Entenda o que é a plasmaferese).
  • Imunoglobulinas: injeção de anticorpos contra os autoanticorpos que estão atacando a bainha de mielina.

Os dois tratamentos são igualmente efetivos e devem ser iniciados nas primeiras quatro semanas de doença para terem mais efeito.

O tratamento acelera a recuperação e diminui os riscos de sequelas. Antigamente usavam-se corticoides, mas estes foram abandonados por ausência de benefícios nos trabalhos científicos realizados. Hoje em dia, portanto, os corticoides não estão mais indicados no tratamento do Guillain-Barré.

Quem já teve Guillain-Barré uma vez pode tê-lo de novo, mas as recorrências são incomuns, acometendo apenas cerca de 5% dos pacientes.


Referências


Autor(es)

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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128 comentários em “Síndrome de Guillain-Barré: o que é, causas e sintomas”

  1. Oi, Tudo bem?

    Não sei se você pode me ajudar nessa questão.

    Já perguntei para diversos médicos e ninguém sabe me informar.

    Em 1996 + ou – tive SGB, aos meus quase 5 anos de idade, e sempre quis doar sangue. Assim, quando completei 18 anos fui ao laboratório fazer o processo, porém fui barrada pela doença. E até hoje falam que quem teve a doença não pode doar sangue. Queria saber o motivo para tal fato. E tem médicos que dizem que essa informação de não poder doar é falsa.

    Fico muito na dúvida e até hoje sou frustrada por não doar sangue.

    Responder
    • Em geral, pessoas que tiveram a síndrome de Guillain-Barré podem ser elegíveis para doar sangue, caso tenham se recuperado completamente e não apresentem mais sintomas.

      Responder
  2. Minha mãe está a 3 meses com a SGB,estamos sem direção em relação a tratamento e onde conseguir.

    Ela está paralisada do pescoço pra baixo.

    Nos de uma direção pra onde pedir socorro 🙏

    Responder
  3. Dr.Pedro Pinheiro, tenho 54 anos, tive a SGB em dez/22, afetou as pernas, braços e mãos. Fiz o tratamento com a plasmaferese. Estou andando, enfim me sinto bem. Porém preciso passar por uma cirurgia com anestesia geral para uma retirada de uma leucoplasia na língua. Irei realizar os exames pré operatórios, inclusive com o neurologista. o Sr. vê algum problema pelo fato de eu ter tido a SGB?

    Responder
  4. Bom dia Dr. Pedro Pinheiro, o motivo de lhe estar a enviar este email é o seguinte, o meu filho hoje com 32 anos, à cerca de +/- 6 anos teve o síndrome de Guillain Barré, ficou afetado nos membros inferiores e superiores perdeu o andar e movimentos, esteve internado no Hospital dos Capuchos quase um mês, fazendo depois fisioterapia quase dois anos. Felizmente recuperou, ficando com pequenas mazelas (pés um bocadinho deformados, quando guia muito sente alguma dormência, principalmente do lado esquerdo, que foi o mais afetado), que olha para ele não vê.
    A minha pergunta tem a ver com o corona vírus, estará o meu filho num grupo de risco devido ao seu passado clinico, deverá ficar em casa em quarentena,??
    Ele trabalha ao ar livre, na manutenção de espaços verdes e similares, não trabalha isolado, tem companheiros com ele. Peço que me dê a sua opinião como médico neurologista. Já falamos com o nosso médico de família e a opinião dele é de que deve ter os cuidados que todos devemos ter. Como é muito difícil falar com o neurologista que o acompanhou, resolvi recorrer a sua ajuda.
    Aguardo ansiosa uma resposta. Obrigado.
    Elvira Costa

    Responder
    • Elvira, eu sou nefrologista, não neurologista. De qualquer forma, acho que ele não é grupo de risco só pelo fato de ter tido Guillain-Barré no passado. Porém, mesmo não sendo grupo de risco ele precisa ficar o máximo de tempo afastado de outras pessoas. Se isso for impossível, ele deve ficar pelo menos 1 metro afastado dos colegas o tempo todo.

      Responder
  5. Boa tarde Dr Pedro Pinheiro,

    Sou Moçambicano (Africa) tenho uma sobrinha definhando com esta doença SGB a sensivelmente 45 dias e os medicos locais acabam de nos informar sobre esta doença que até então era desconhecida por nós. Dr o seu artigo veio nos dar alguma esperança para o tratamento dela. Haveria possibilidade de com as analises extensivas que foram feitas recebermos alguma prescrição de tratamento e compra de medicamentos partir do Brasil? Agradeceríamos

    Responder
    • Eduardo, eu moro em Portugal. Se não houver o tratamento aí, você pode tentar importá-lo. Mas eu não sei como é a burocracia para conseguir isso.

      Responder
  6. Boa tarde, sou psicóloga e estou estudando sobre a doença por ter recebido um paciente que teve a doença. Quero parabenizar o site e o médico responsável pelas respostas, estão fazendo um excelente trabalho de esclarecimento. O paciente que recebi falou algumas coisas sobre a doença que achei um pouco confusas e me achei na obrigação de pesquisar. Ele me disse que a SGB é uma doença degenerativa e que não pode pegar zika se não morre. É isso mesmo? Pelo que li até agora essas informações, que ele me passou, não estão corretas. Bem de qualquer forma ele foi aposentado por invalidez, então acredito que tenha tido a SGB muito grave, já fazem 4 anos que teve a doença. Ele também me falou que não pode ter qualquer aborrecimento emocional que os sintomas pioram, e por isso a família tem a poupado de muita coisa. Isso é possível?

    Responder
    • Em alguns casos a SGB pode deixar sequelas, mas a doença em si desaparece. Não há nada na literatura médica que diga que pacientes que já tiveram SGB apresentam maior risco de morte se pegarem Zika. Também desconheço o motivo pelo qual um paciente que teve SGB não poderia ter aborrecimentos.

      Responder
    • Só há problema se o Guillain-barré tiver sido provocado por uma vacinação anterior. Fora isso, não costuma haver contraindicação.

      Responder
    • Isso, na verdade, é uma conclusão que se chegou através de observações. Provavelmente, a lesão imunológica da bainha de mielina é mais intensa quando ela é desencadeada por uma infecção gastrointestinal. Mas o porquê a gente não sabe.

      Responder
      • Dr. Pedro, realmente eu tive SGB em 2008, a mesmo foi oriunda de uma infecacao bacteriana que me causou gastroenterite, o tipo da síndrome que em acometeu foi a forma mais grave da SGB.

        Responder
  7. Meu irmão teve guillain-barré há 1 ano. Resumindo, ele ficou 25 dias na UTI, entubado, traqueostomizado, teve 3 paradas cardiorrespiratórias, fez uso de imunoglobulina, passou cerca de 2 meses no hospital. Após uma “breve” melhora, voltamos pra casa onde ele apresentava movimentos bem limitados. Dias depois, no apartamento, ele aos poucos estava novamente perdendo os movimentos. Era como se a crise estivesse voltando. Procuramos um neurocirurgião conhecido e bem recomendado de imediato que receitou corticoide. Em menos de 48h meu irmão já apresentava melhoras significativas! Eu digo e confirmo, por experiência vivenciada com meu irmão, que o uso do corticoide foi bem-sucedido. A fisioterapia também foi importantíssima. Em menos de 6 meses ele já estava praticamente normal. Sou muito grata a Deus por ter ajudado meu irmão e nos dado força para superar as dificuldades, e também por ter colocado um excelente fisioterapeuta e aquele médico neurocirurgião, na hora certa, que receitou a medicação adequada para a total recuperação dele. E para aqueles que estão passando por problema semelhante: não percam a fé em Deus, pois tudo dará certo! :)

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  8. Minha sobrinha está c a síndrome GB, ela está entubada e tá tomando imunoglobina estamos muito apreensivos, já perdi um sobrinho há 5 anos c a mesma doença

    Responder
  9. Tenho 36 anos, em 02/2009 fui diagnosticado com a SGB, fiquei 20 dias internado no Hospital Edmundo Vasconcelos até fechar o diagnóstico… foi efetuado tratamento como imunoglobulina em 6 seções já houve grande evolução e após 10 dias já retornei para minha residencia, fiz fisioterapia e reaprendi a andar. Hoje estou completamente recuperado, participando inclusive de provas de triatlhon de longa distancia!

    Não faço nenhum tipo de acompanhamento…. se faz necessário?

    Responder
  10. Dr. é verdade que a vacina do HPV esta contraindo a síndrome Guilian Barre, tem uma prima de 14 anos que tomou e esta sem movimentos em cima de uma cama e me falaram que nos EUA essa vacina foi proibida por isso, é verdade?

    Responder
    • 1- Ainda existe muito debate sobre a relação do GB com as vacinas (não só do HPV). Em geral, ocorrem 1 ou 2 casos de GB a cada 1 milhão de pessoas vacinadas. Ainda assim, é difícil saber se a vacina foi realmente a culpada ou se os pacientes iriam ter o GB na mesma se não tivessem sido vacinados.
      2- Não, não é verdade que a vacina tenha sido proibida nos EUA.

      Responder
  11. Dr. Pedro

    tenho uma amiga que tem síndrome da mielina evanescente, ela ja esta sem movimento disseram que o quadro agora sera assim ate o fim teria como nos ajudar

    Responder
  12. É, meu nome é Andrew e hoje tenho 18 anos, mas aos 5 foi o momento mais dificil que ja passei até hoje, fui o primeiro caso em São Paulo, e graças a Deus hoje estou 100% curado pois pratico atividade fisica, jogo bola e em momento algum me incomoda, força pra quem tem e isso vai passar!

    Responder
  13. Boa tarde a todos, me chamo edson e sou de cascavel pr, meu filho de 6 anos foi diagnosticado agora pela manha de guillian barre, em fase inicial…os médicos disseram que nao ha necessidades de usar imunoglobulina, minha duvida e quais sao os efeitos colaterais e riscos desse medicamento, e qual a porcentagem de recuperaçao 100% nesta idade, nunca havia ouvido sobre este problema, estou com muitas duvidas e muito preocupado.

    Responder
    • São poucos os efeitos colaterais.

      Crianças costumam recuperar melhor que adultos. Se o quadro está brando, é muito provável que não fique sequela alguma. Mas, mesmo nos casos graves, cerca de 85% das crianças se recuperam totalmente.

      Responder
      • Obrigado pela atençao Dr Pedro, esta manha ele ja esta bem melhor, inclusive se movimentando melhor, estao usando corticoides, vai dar tudo certo, obrigado.

        Responder
        • Já há muitos anos que não é mais indicado usar corticoides no Guillain-Barré, ainda mais em crianças.

        • Dr. Porque não se usa mais corticoide?? Estou me tratando com decadron, a evolução tem sido Boa, porém agora fiquei apreensiva!

        • Estudos mostram que os corticoides não ajudam. O seu caso provavelmente está melhorando não é pelo decadron, mas sim porque ele já iria melhorar mesmo.

  14. ola tenho uma tia q esta com essa sindrome…no momento ela esta em coma..passou por todos os sintoma…respira por aparelhos e ja teve duas parada cardiaca. saiu do coma por 24 horas e voltou ao coma. porfavor me ajude. moro em Teresina PI. seria possivel uma recuperação. Pois os medicos ja até disseram que ela tava com morte cerebral, mais graças a Deus foi apenas um erro medico.Tenho muito medo, pois os medicos não diz q tipo de tratamento estão fazendo…o quadro dela é muito ruim…seria possivel uma recuperação??

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  15. Patricia, a imunoglobulina é um tratamento muito mais barato e simples do que a plasmaférese. Nos casos menos graves dá-se preferência às imunoglobulinas.

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  16. Todo paciente com uma doença auto-imune tem maior risco de ter também outras doenças auto-imunes, como uma vasculite, por exemplo. A questão é saber se desde o começo não era tudo só vasculite com acometimento neurológico ou se ele tem GB + vasculite.

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  17. Nos idosos a recuperação é mais lenta, pode demorar meses, e mesmo assim, a recuperação pode não ser total.

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  18. Olá, sou Karla tenho hoje 21 anos, e tive a doença quando estava na 3ª série. Passei muito mal na escola, estava me sentindo fraca, pedi para descer na “tia” tomar chá.. ao chegar lá, perdi todos os movimentos do corpo e tive uma espécie de parada cardio respiratória, foi horrível.
    Fiquei um pouco mais de dois meses entre a internação, saída do hospital e recuperação dos movimentos. Hoje levo uma vida normal, apesar que lendo sobre a doença, me preocupa um pouco, pois algumas situações citadas como, mal funcionamento do intestino persistem… e tenho apneia do sono, e pânico do escuro, que os médicos que fui sugerem que são consequencias da sindrome.
    Esta sindrome pode ocorrer mais que uma vez? Obrigada.

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