Hemodiálise: o que é, para que serve e como se faz

Dr. Pedro Pinheiro

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Falência dos rins

Como os rins são órgãos vitais, não há como sobrevivermos sem eles estejam funcionando minimamente. Quando os rins param de funcionar, o paciente só tem três opções: transplante renal, hemodiálise ou diálise peritonial.

Esses três tratamentos fazem parte do que chamamos de terapia de substituição renal, que, como o próprio nome diz, são tratamentos que visam substituir os rins naturais.

A hemodiálise (HD), assunto que iremos tratar aqui, é a opção de mais utilizada para os casos de insuficiência renal terminal e permite que o paciente possa manter-se vivo e ativo por vários anos.

Ter de fazer diálise não é nada agradável, mas o tratamento tem de ser encarado como uma oportunidade de vida em uma doença que há poucas décadas era fatal.

Hoje em dia, as pessoas dialisam e levam uma vida próxima do normal. Elas podem sair, trabalhar, ir ao cinema, viajar, praticar exercícios, jantar fora, etc.

Além disso, 90% dos pacientes que estão em hemodiálise afirmam que o método não é tão ruim quanto eles imaginavam. Alguns, inclusive, nem se interessam por entrar na fila do transplante de tão bem adaptados que ficam ao tratamento.

Por quanto tempo é preciso fazer hemodiálise?

A hemodiálise é um tratamento que serve para pacientes com insuficiência renal aguda ou insuficiência renal crônica

Insuficiência renal aguda

O insuficiência renal aguda ocorre quando um paciente que previamente tinha uma função renal adequada apresenta um problema que faz com que os seus rins parem de funcionar de uma hora pra outra. Ou seja, é uma lesão aguda dos rins.

A lesão renal aguda costuma ocorrer em casos de intoxicação exógena, uso de drogas ou medicamentos tóxicos aos rins, desidratação severa, infecções graves ou obstrução do trato urinário. Na insuficiência renal aguda, uma vez tratada a causa, os rins tendem a voltar a funcionar adequadamente. Portanto, as sessões de hemodiálise são feitas apenas enquanto os rins não se recuperam, o que costuma ocorrer após alguns dias ou semanas.

Insuficiência renal crônica

Já a insuficiência renal crônica é uma doença progressiva e irreversível dos rins. É uma lesão provocada habitualmente por anos e anos de agressão contínua aos rins, como nos casos de diabetes mellitus, hipertensão arterial ou glomerulonefrites.

Os pacientes com insuficiência renal crônica quando chegam a fases avançadas da doença necessitam de hemodiálise e, salvo raros casos, ficam dependentes da máquina para o resto da vida, pois não há chance de recuperação da função renal.

A partir desse ponto, vamos falar sobre as sessões de hemodiálise no paciente com insuficiência renal crônica.

Sala de tratamento

Os pacientes com insuficiência renal crônica que precisam iniciar tratamento hemodialítico são habitualmente alocados a uma clínica de hemodiálise.

As clínicas são unidades extra-hospitalares, cuja única função é oferecer esse tipo de tratamento aos pacientes.

As salas de hemodiálise costumam ter várias máquinas, sendo capazes de receber, em muitos casos, até 20 pacientes em uma só sala. Clínicas grandes podem ter 4 ou 5 salas, o que lhes permite dialisar dezenas de pacientes a cada turno.

Cada paciente tem direito a uma poltrona, que é totalmente reclinável e contém dois apoios para o braço. A maioria das salas tem um ou mais aparelhos de TV para que os pacientes possam assistir programas enquanto dialisam.

A equipe responsável pelas salas de hemodiálise é composta por um ou dois médicos e um grupo de enfermeiros.

Quanto tempo dura uma sessão de hemodiálise?

As sessões de hemodiálise duram habitualmente 4 horas e são realizadas 3 vezes por semana. O paciente pode optar pelos dias ímpares (terça, quinta e sábado) ou pelos dias pares (segunda, quarta e sexta). Também é possível optar por um dos três turnos do dia: manhã, tarde ou noite.

Cada clínica estabelece o seu horário, mas, em geral, o turno da manhã é feito de 7 às 11h, o turno da tarde de 12h às 16h e o turno da noite de 17 às 21h. Algumas clínicas fazem intervalos mais curtos entre os turnos e conseguem oferecer um 4º turno, que costuma começar às 20h e terminar à meia-noite.

O pacientes mais jovens e ainda ativos profissionalmente costumam preferir o turno da noite, enquanto os mais idosos habitualmente fazem a sua sessão de HD nos turnos da manhã.

O paciente deve permanecer fixo nos turnos e dias escolhidos, mas, em casos pontuais, ele pode solicitar antecipadamente a troca de horário ou de dia.

Já existem clínicas que oferecem sessões de hemodiálise durante a madrugada. O paciente chega à clínica no final da noite e se submete a uma sessão mais prolongada, de 6 a 8 horas. Ou seja, o paciente três vezes por semana dorme na clínica de hemodiálise enquanto faz a sua sessão de HD.

Essa modalidade de HD parece ser pouco atraente, mas é a que vem apresentando melhores resultados em relação a complicações e taxas de mortalidade a longo prazo.

Como é feita a sessão de hemodiálise?

Assim que o paciente chega à clínica, ele é pesado e depois e senta-se na poltrona ao lado da máquina que está reservada para si. Após uma breve conversa com objetivo de saber se há algum problema ou queixa por parte do paciente, o enfermeiro afere a sua pressão arterial. Se estiver tudo ok, o enfermeiro prepara-se para iniciar a sessão.

Para que a máquina de hemodiálise consiga fazer o seu trabalho de limpar as toxinas do sangue e remover o excesso de líquidos do corpo, ela precisa ter acesso ao sangue do paciente. Isso é feito através de uma fístula arteriovenosa (FAV) ou de um cateter venoso central (CVC). Explicamos melhor essas duas vias de acesso mais à frente.

Fístula artério-venosa

Vamos usar a FAV como exemplo, pois este é o acesso vascular mais indicado para realizar uma sessão de HD. A fístula do paciente precisa ser puncionada por duas agulhas, uma para puxar o sangue em direção à máquina e outra para devolver o sangue já filtrado de volta para o paciente. Isso significa que o paciente será picado duas vezes sempre que for iniciar a sessão de HD. Em geral, as picadas são realizadas no mesmo local, o que cria um pequeno túnel que facilita a punção e reduz a incidência da dor.

hemodialise

Ao iniciar a sessão, o circuito extracorpóreo da máquina é enchido com cerca de 300 mililitros de sangue do paciente. Através de uma bomba o sangue é levado em direção ao filtro da hemodiálise, que é a estrutura que efetivamente filtra o sangue e retira o excesso de líquido.

Durante 4 horas, o sangue do paciente fica passando continuamente pelo circuito e pelo filtro.

Hemodiálise

O processo de limpeza do sangue e a retirada do excesso de água é controlado por um computador. Como o paciente em diálise não urina (ou quase não urina), se entre uma sessão de HD e outra ele ganhar 3 quilos, isso significa que ele acumulou cerca de 3 litros de líquidos neste período. Essa será, então, a quantidade de água que a máquina irá retirar do seu corpo durante as 4 horas de sessão.

Se o paciente for pouco disciplinado e beber água indiscriminadamente entre uma sessão e outra, ele pode ganhar 5 ou 6 quilos neste intervalo, o que é uma quantidade de água muito grande para ser retirada em apenas 4 horas de sessão.

Uma ou duas vezes a cada hora de sessão, os sinais vitais do paciente, incluindo pressão arterial, frequência cardíaca e temperatura corporal são aferidos para termos certeza que está correndo tudo bem durante o tratamento. Caso haja algum problema, o médico é chamado à sala para avaliar o paciente. Na imensa maioria das vezes, as intercorrências são simples, e o médico não precisa tomar nenhuma medida mais agressiva.

Como termina a sessão?

Após as 4 horas, o circuito extracorpóreo da máquina de HD é esvaziado e todo o sangue retorna para o paciente. Estando tudo bem, a equipe de enfermagem retira uma agulha de cada vez e solicita que o paciente use os seus dedos para pressionar o local da punção de forma a impedir que haja algum sangramento. Em geral, esse processo demora uns 5 minutos. Após esse tempo, a equipe de enfermagem certifica-se de que o local da punção já não apresenta risco de sangramento e o cobre com uma curativo.

A pressão arterial é medida mais uma vez, e se tudo estiver bem, o paciente é liberado para ir embora para a sua casa. Antes de sair, ela pesa-se para confirmar a retirada de líquido. Se a máquina estava programada para retirar 3 litros de água, o paciente precisa sair da HD com cerca de 3 quilos a menos que entrou.

Como funciona a hemodiálise?

Toda vez que dois líquidos com concentrações diferentes são separados por uma membrana permeável, ou seja, uma membrana que contenha poros, a tendência é que elas se equilibrem. Após algum tempo, a concentração da substância fica igual dos dois lados. Isto só ocorre, porém, se as moléculas da suposta substância forem menores que os poros da membrana. Pense na membrana como uma esponja fina.

Observe o desenho abaixo. A ilustração representa dois líquidos separados por uma membrana com poros de tamanho 3 (uma ordem de grandeza fictícia qualquer). De um lado temos três moléculas de tamanhos diferentes. A vermelha, cujo tamanho é maior que o poro (tamanho 4), a amarela, que é um pouco menor que o poro (tamanho 2,5), e a azul, que é bem menor que o tamanho do poro (tamanho 1).

Difusão - hemodiálise

A molécula azul, que é muito pequena, passa facilmente entre os poros e entra em equilíbrio de forma rápida. A molécula amarela por ser apenas pouco menor que o poro demora um pouco mais, mas acaba por equilibrar-se. Já a molécula vermelha é maior que o poro, não importa quanto tempo demore, ela nunca irá se equilibrar, pois ela não consegue passar para o outro lado.

Se você entendeu esse conceito, será fácil compreender o resto.

Filtros

Como já explicado, o paciente insuficiente renal é ligado à uma máquina que puxa seu sangue através de uma bomba circuladora. Esse sangue passa por um filtro que possui uma membrana semipermeável que retira as toxinas e as substâncias em excesso e devolve o sangue limpo para o paciente. Um anticoagulante chamado heparina é utilizado para evitar que o sangue coagule dentro do sistema.

Como funciona a hemodiálise

Reparem no filtro da imagem abaixo. No centro fica o sangue cheio de toxinas e em volta o líquido da diálise (chamado de banho de diálise) sem nenhuma toxina. Eles ficam separados por uma membrana porosa que permite a troca de moléculas. O sangue rico em toxinas, através da membrana do filtro, passa estas substâncias para o banho de diálise que não contém toxina nenhuma.

Filtro de hemodiálise

Se esse fosse um processo estático, depois de um tempo aquele sangue em contato com o banho se equilibrariam e não haveria mais trocas. Mas o processo é dinâmico, com o sangue correndo em direção contrária ao banho. Como eles estão em circulação, a diferença de concentração é sempre grande, e não ocorre equilíbrio nunca, pois há sempre sangue saturado de toxinas chegando de um lado e líquido de diálise limpo chegando do outro. Após as trocas, o sangue limpo retorna ao paciente e o banho cheio de toxinas é desprezado.

Do mesmo modo que ocorreu no primeiro gráfico, moléculas pequenas passam rapidamente de pelo filtro, as médias demoram algumas horas e as grandes não são filtradas. O poro da membrana tem que ter um tamanho que consiga filtrar a maioria das toxinas, mas também impeça a filtração de moléculas importantes, como as proteínas e vitaminas, que costumam ser grandes. Infelizmente não existe dialisador perfeito, e para evitar essas perdas, algumas substâncias tóxicas de grande tamanho acabam não sendo dialisadas.

Do mesmo modo que o excesso de algumas substâncias é removido, o excesso de água acumulado pela falta de urina também é retirado durante uma sessão de HD. Em geral, de 1 a 4 litros por sessão. Esse processo é chamado de ultrafiltração.

Como se retira o sangue para hemodiálise?

Um dos inconvenientes da hemodiálise é a necessidade de se puncionar um vaso para puxar e outro para devolver o sangue. A simples punção de uma veia comum não funciona por dois motivos: o primeiro é o baixo fluxo e pressão de sangue das veias periféricas; o segundo é porque as veias superficiais apresentam paredes mais frágeis e depois de várias punções repetidas ficariam inutilizáveis.

As artérias possuem fluxo e pressão elevadas, além de uma parede mais forte. Porém, elas são profundas e de difícil punção.

A solução para esse problema veio através da construção das fístulas artério-venosas. Pacientes em diálise são submetidos a uma pequena cirurgia vascular onde se liga uma artéria a uma veia, criando um vaso periférico, com alto fluxo e mais resistente a punções repetidas.

A veia quando passa a receber o alto fluxo da artéria, começa a se desenvolver, crescendo e engrossando sua parede. Com o tempo a fístula adquire o aspecto mostrado na foto ao lado. Trata-se de um grande vaso bem visível, com alto fluxo e pressão de sangue e facilmente puncionável.

O problema da fístula é que esta precisa de pelo menos um mês para se tornar apta à punção pelas grossas agulhas da hemodiálise. Nem todos os pacientes podem esperar por este intervalo para começar a dialisar. Neste caso, lança-se mão do cateter de hemodiálise. Este cateter é introduzido geralmente na veia jugular interna, localizada no pescoço, que prolonga-se até a veia cava, próximo à entrada do coração. É um procedimento de 30 minutos e o paciente pode seguir imediatamente para hemodiálise.

Cateter venoso central na veia jugular (telefone para comparação de tamanho)
Cateter venoso central na veia jugular (telefone para comparação de tamanho)
Cateter venoso central
Cateter venoso central para hemodiálise

Repare na foto acima que uma extremidade do cateter fica para fora e a outra dentro da veia cava, próximo ao coração. A parte externa do cateter venoso central para hemodiálise possui duas vias, uma para levar o sangue até a máquina de hemodiálise e outra para devolvê-lo. Enquanto a fístula não estiver pronta, o paciente dialisa pelo cateter.

Então por que não utilizar o cateter sempre? Apesar de já existirem cateteres de longa duração, que podem permanecer por alguns meses, eventualmente todos eles serão infectados por bactérias residentes na nossa pele. Através do cateter essas bactérias conseguem acesso a nossa circulação sanguínea podendo levar a um quadro grave de sepse.

O cateter também não consegue fluxos de sangue bons, não proporcionando uma hemodiálise tão eficiente quanto a fístula.

Portanto, o cateter de hemodiálise é uma solução provisória e deve ser sempre substituído pela fístula o mais rápido possível. Quando não é possível estabelecer uma fístula a curto prazo, a preferência deve ser sempre pelo cateter tunelizado de longa duração. Atualmente os cateteres temporários de curta duração só devem ser usados em casos urgentes. Qualquer doente com previsão de permanecer em hemodiálise por mais de 15 dias deve ter seu cateter provisório substituído por um de longa duração, para reduzir o risco de infecção do cateter.

A hemodiálise substitui os rins perfeitamente?

Não. O problema é que o rim não é apenas um mero filtro do sangue, ele exerce várias outras funções no nosso organismo.

Quais são essas funções e como a diálise substitui o rim nesses casos?

Controle da água corporal

Os rins, através da urina, mantém sempre o nível de água corporal mais ou menos constante. Se estamos desidratados, urinamos menos. Se ingerimos muita água, urinamos mais.

A hemodiálise quando bem feita consegue manter um balanço razoável de água. O processo de retirada de água na HD é chamado de ultrafiltração (UF). Como a maioria dos doentes em diálise já não mais urina, toda água ingerida fica no organismo até a próxima sessão de HD.

Em geral, o corpo tolera uma ultrafiltração de no máximo 4 litros por sessão de hemodiálise (1 litro por hora). Uma ultrafiltração maior pode levar a hipotensão.

Portanto, o paciente renal crônico em HD deve controlar a ingestão de líquidos para não ganhar mais do que 1 kg por dia (1 litro de H2O = 1 kg). Alguns doente não fazem nenhum tipo de controle e às vezes chagam para hemodiálise com 6-7 kg acima do peso. Em geral não toleram retirar todo esse excesso durante a HD e voltam para casa com líquido a mais.

Se o doente permanecer sempre ganhando mais peso do que consegue perder, começam a surgir hipertensão grave, edema das pernas, falta de ar, e em alguns casos, edema agudo do pulmão, uma condição grave, onde o pulmão fica encharcado de água e o paciente morre como se estivesse se afogando (leia: INCHAÇOS E EDEMAS).

Controle do nível de eletrólitos (sódio, potássio e fósforo)

Alguns eletrólitos do sangue como potássio (K+) e sódio (Na+) são facilmente dialisados. Outros como o fósforo, são substâncias que ficam muito mais dentro das células do que na corrente sanguínea, e por isso, são dialisados menos eficientemente.

É importante lembrar que a diálise é feita apenas três vezes por semana nos renais crônicos, portanto, mesmo as substâncias facilmente dialisáveis como o potássio, sofrem acumulo durante o período interdialítico. E quando em excesso, o potássio pode levar a arritmias cardíacas e morte súbita. Para se evitar esse problema, o doente renal crônico deve ter uma dieta pobre em potássio.

Os rins são muito mais eficientes no controle do fósforo do que a hemodiálise. Por isso, o paciente em HD também deve controlar o ingestão e usar medicamentos que impeçam a absorção do fósforo contido nos alimentos (Carbonato de cálcio ou Renagel).

O excesso de fósforo está associado a uma maior taxa de lesões nos ossos, complicações cardiovasculares e de mortalidade na diálise. O rim trabalha 24 horas por dia durante 7 dias da semana para controlar os níveis dos eletrólitos. A HD só o faz por 4 horas por dia e 3 vezes por semana. Não se pode consumir o mesmo tipo de comida nos dois casos. O doente renal crônico tem que ter uma dieta específica.

Controle do pH do sangue

O controle dos ácidos no organismo segue o mesmo pensamento dos eletrólitos. O corpo produz substâncias ácidas ininterruptamente e o rim as elimina conforme necessário. O doente renal crônico só consegue eliminá-las 3 vezes por semana e passa a maior parte do tempo com o sangue mais ácido do que o normal. O excesso de ácido no sangue leva a uma maior lesão dos ossos, maior consumo de músculo e diminuição da função de várias células no organismo.

Controle da pressão arterial

A pressão arterial no doente em HD está intimamente ligada a quantidade de água corporal. Doentes que não controlam a quantidade de sal que comem, sentem mais sede uma vez que não há rim para eliminar o excesso de sódio. O doente com sede bebe mais água e costuma ganhar mais líquido do que consegue retirar na HD, como explicado no item 1.

Os doentes bem dialisados e que fazem controle da ingestão de água, costumam ter pressões arteriais normais, mesmo sem medicações anti-hipertensivas e ausência de edemas no corpo.

Síntese de hormônios que estimulam a produção de glóbulos vermelhos

Os rins produzem um hormônio chamado de eritropoetina, que estimula a medula óssea a produzir as hemácias. O rim do renal crônico não consegue produzi-la e o resultado final é o surgimento de anemia.

O renal crônico com anemia deve tomar injeções de eritropoetina artificial para manter níveis aceitáveis de glóbulos vermelhos. O valores de hemoglobina desejáveis no renal crônico estão entre 11 e 12 g/dl (um pouco abaixo do normal na população normal).

Doentes insuficientes renais crônicos também apresentam ferro sanguíneo mais baixo, e sua reposição às vezes se faz necessária para correção da anemia.

Controle da saúde dos ossos através da produção de vitamina D

O rim ativa a vitamina D, que por sua vez, controla a saúde dos ossos. O paciente renal crônico apresenta carência desta vitamina, que junto com o hiperparatireoidismo (funcionamento excessivo da paratireoide), leva a lesões graves do ossos.

Os pacientes em diálise podem precisar de vitamina D sintética e medicamentos que inibam a função a paratireoide (Cinacalcet). Em casos mais graves pode ser preciso inclusive a retirada cirúrgica da paratireoide (não confundir com a tireoide)

Como vocês podem ver, a hemodiálise está longe de ser um perfeito substituto para o rim.

Taxa de filtração do sangue

O rim normal filtra 100 ml de sangue por minuto, o que equivale a 6000 ml (6 litros) por hora, 144000 ml (144 litros) por dia ou 1008000 ml (1008 litros) por semana.

A diálise em média filtra 300 ml de sangue por minuto, o que equivale a 18000 ml (18 litros) por hora, 72000 ml (72 litros) por 4 horas de HD ou 216000 ml (216 litros) por semana em três sessões de HD.

Ou seja, em 1 semana, o rim normal filtra 1008 litros de sangue, enquanto três sessões de HD filtram apenas 216 litros, quase cinco vezes menos.

Apesar de não ser o ideal, a HD é suficiente para manter o paciente vivo e produtivo por muito anos.


Referências


Autor(es)

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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80 respostas para “Hemodiálise: o que é, para que serve e como se faz”

  1. Núria Pambo

    Directamente de Angola.

    Que matéria é essaaaaaaaaa, muito obrigada mesmo, tudo está muito bem claro. Entendi melhor aqui doque na escola!🥰

  2. Luis casanova

    Faco diálise em dada altura urinava mais que agora

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      É comum o volume de urina ir reduzindo gradualmente.

  3. Gustavo

    Boa tarde Dr. faço hemodiálise a 2 anos, 1 fiz peritonial e 1 ano estou fazendo na máquina, porém faço através de cateter, sem fistula. Caso faça transplante é obrigatório ter fistula ou posso fazer tendo cateter.

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Não é obrigatório ter fístula, mas é melhor, pois o risco de infecção é muito mais baixo.

  4. Diva

    Bom dia Dr. Minha mãe começou a fazer hemodiálise, e ela tem problemas cardíacos, o coração dela esta muito fraco e ela tem marcapasso. Quero saber se o quadro dela é mais complicado, se o risco é maior.

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Sim, é mais grave. Mas a tendência é que ela melhore com a HD, pois vai ter um melhor controle do volume de água corporal.

  5. Diana Lima

    Olá Dr. Bom ..queria saber se o inchaço na região da barriga…é um sintoma de problemas nos rins?
    E esse problema provoca dor?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Não costuma ser. A única excessão é se o paciente tiver rins gigantes devido a doença policística renal.

  6. Patricia Silva

    Bom dia meu pai esta com insuficiência renal cronica, precisa fazer hemodialise no começo não quis fazer só que agora esta passando mal todos dias com vômitos e sem vontade de comer o que pode esta acontecendo?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Os rins dele podem ter parado de vez. Se for isso mesmo, ele precisa fazer diálise o quanto antes possível, pois há risco de morte súbita.

  7. maria de fatima cerqueira

    Os rins podem ser restaurados? ou voltarem a funcionar normalmente?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Não. Ou faz diálise ou transplante renal.

  8. Flávia Oliveira

    Bom dia. doutor !
    Eu tenho rins policísticos, meu pai fazia hemodiálise, meu irmão e tia fazem . Gostaria de saber se todas as pessoas que têm rins policísticos em algum momento acabam tendo que fazer hemodiálise.

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Há casos em que a doença evolui de forma tão lenta, que a pessoa acaba morrendo por outro motivo qualquer antes de precisar fazer hemodiálise. Se, porém, você é jovem e já tem muitos cistos, o mais provável é que a insuficiência renal terminal chegue antes de você ficar idosa.

  9. emerson

    boa noite doutor.minha tia fás hemodialise a aproximadamente 6 meses.minha duvida e .que ela urina normal..o que devemos fazer. procurar outros recursos. fazer
    novos exames..poderia nos tirar a duvida…

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      O fato de urinar não quer dizer que os rins dela estejam funcionando bem. Tem que ver como estão as análises de sangue principalmente o valor da creatinina.

  10. Robson

    Olá Doutor, boa noite!

    Oque acontece se o paciente estiver na hemodiálise, e durante o procedimento houver coagulação do sangue?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Interrompe-se a diálise para que o sistema extra-corpóreo seja substituído. Em geral, o tratamento é interrompido antes do sangue coagular para que o paciente não perca este sangue.

  11. Raquel Oliveira

    Boa tarde, Doutor!
    que sente falta de ar precisar fazer hemodiálise?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Depende da causa da falta de ar. Se for um paciente com insuficiência renal grave e o excesso de líquido no organismo esteja provocando falta de ar, sim.

  12. João Ricardo

    Doutor, boa tarde!
    Oque acontece se alguém fazer hemodiálise e não precisar mais fazer, como a pessoa se sente?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Não acontece nada. Se a pessoa não precisa mais fazer diálise é porque ela está melhor.

      1. João Ricardo

        Entendi, é que eu faço hemodiálise, e ouvi falar que se eu melhorar, eu passaria mal na máquina.

  13. Mariana Gomes

    Bom dia Dr. Tudo bem? Fiz o exame de depuração de creatinina e deu 58, porém todos os meus exames, entre eles o de creatinina e de uréia deram normais! Queria saber se estou perdendo a função dos meus rins e se sim, se tem como reverter o quadro ou frear a perda.

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Quanto deu a creatinina sanguínea e qual é a sua idade?

      1. Mariana Gomes

        Creatinina deu 0,85 e uréia deu 27! Além de uma série de outros que eu fiz junto que deram normal, como de albumina, que deu 4.2!

        1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
          Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

          Tá completamente normal, a sua taxa de depuração com certeza não é 58 ml/min.

        2. Mariana Gomes

          Mas então minha filtração pode melhorar?

        3. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
          Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

          Com creatinina de 0,85 mg/dl, a sua taxa de filtração com certeza não é 58 ml/min. Esse resultado tá errado. Qual é a sua idade?

  14. Luciana

    Boa tarde Doutor, minha filha de 12 anos teve Sindrome Nefritica ha cerca de dois meses e continua perdendo proteína na urina, e também com leucocitos e hemacias elevados e com celulas epiteliais.. Gostaria de saber quais são as chances deste quadro todo comprometer os rins dela no futuro. Obrigada!

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Impossível opinar sem saber detalhes da doença. A síndrome nefrítica tem diversas causas distintas, cada uma com um prognóstico diferente. Para opinar sobre riscos futuros, só após avaliar o caso com cuidado.

  15. Bhuna Kamilla Dos Santos

    meu sogro esta com a pressão arterial em 190/120, seu estomago esta com uma ulcera, e o exame de urina apresentou a creatinina em 140. ele foi encaminhado para HD, qual a relação entre o não funcionamento dos rins e a pressão? e só por este exame de urina pode se afirmar que os rins dele perderam a função?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      A hipertensão pode ter origem ou ser agravada pelo mau funcionamento dos rins.

      O exame de urina não é suficiente para saber a função dos rins. É preciso dosar a creatinina no sangue.

  16. Tatiara Menin

    Dr, por gentileza, fui infectada pelo vírus H1N1 com quadro de spse grave e tenho Diabetes tipo 1.Na época (há 2 anos atrás) fiz HD. Atualmente meus rins funcionam perfeitamente. Corro o risco de algum dia ter uma “recaída”, ou seja, de haver um declínio das minhas funções renais devido a este trauma?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Depende do quanto você recuperou de função renal. Se foi recuperação completa, não haverá maiores riscos.

  17. ana almeida

    Dr uma pessoa que faz HD 2 ou 3 vezes por semana e por algum motivo (viagem por exemplo) fica 6 ou até 10 dias sem fazer, deveria ficar como, sentir o que ?? Ou são poucos dias e não sente nada?? Seria normal se sentir “melhor” do que quando faz???

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Geralmente causa cansaço, inchaços e falta de ar pelo acúmulo de líquidos. Se ele já não urina, pode apresentar um edema pulmonar agudo, se ficar 10 dias sem ir à diálise.

  18. maricelia rodrigues

    Dr gostaria de saber se posso pegar peso no braço da fistula? sou transplantada 5 anos, pois quero fazer musculaçao tem algum perigo pegar tanto peso ? a fistula funciona perfeitamente.

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Peso em excesso pode fazer a fístula trombosar.

  19. steyce

    Dr gostaria de saber se uma fistula em uma das penas implica no transplante de rins posteriormente? e pq?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Pode atrapalhar pois o rim transplantado costuma ser ligado nos vasos sanguíneos da virilha.

  20. steyce

    Boa noite, Dr minha mãe é renal cronica há 20 anos, e faz hemodialise 3 vezes por semana, a mais ou menos 6 meses perdeu todos os acessos dos membros superiores, a opção que deram a ela de imediato foi o perniquete acima do coração, só que os médicos disseram que esse acesso não dura muito tempo, ela já está com ele há 3 meses, foi sugerido pelos médicos fazer uma fistula na perna onde uma tem 50% e outra 30% pois já estão um pouco comprometidas. Gostaria que me esclarecesse algumas coisas, Existe a possibilidade de um PTFS? Dentre suas respostas aqui vc disse que haveria possibilidade de um cateter no figado? É durável? E por ultimo gostaria de saber se uma fistula em uma das penas implica no transplante de rins posteriormente? e pq?
    A iniciativa de responder essas perguntas é simplesmente fantástica muito obrigada de antemão.

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      O melhor é sempre tentar um acesso definitivo. Se ela ainda tem vasos viáveis na coxa deve-se tentar construir uma fístula ou colocar uma prótese (PTFE) lá. Os acessos vasculares definitivos são sempre melhores que os cateteres.

  21. danubia

    Dr o que acontece se ficar muito tempo sem o paciente fazer emodialise meu pai faz 8 dias q não faz e os medicos aqui não dão nenhum parecer ele ta muito inchado parou o aparelho do braço dele

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Se o paciente tem insuficiência renal terminal e para de fazer hemodiálise, ele pode ter complicações grave, podendo até evoluir para o óbito.

  22. Cristina

    Bom dia Dr. A minha mãe foi internada há 3 dias e fez a 1ª hemodialise gostaria de saber se ela já pode fazer transplante ou tem que esperar mais tempo?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Calma, se foi uma coisa aguda relacionada à internação, é possível que os rins se recuperem.

  23. Luiz Felipe

    Dr bom dia. Minha avó de 72 anos é paciente renal crônica, onde só possui um rim em funcionamento e mesmo assim somente a 27%.
    Os médicos se surpreendem pois ainda não entrou em hemodiálise. Porém nos últimos dias vem apresentando dores na altura dos rins. Ela não está fazendo dieta como deveria. O que fazer doutor?

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      Pedro Pinheiro

      Insuficiência renal não provoca dor. É preciso ver se a dor não é da coluna.

  24. katia

    gostaria de saber porque um paciente renal cronico nao se adapna a fistula? e pq perde rapido o caterter da hemodialise?

    1. Avatar de Pedro Pinheiro
      Pedro Pinheiro

      A grande maioria dos pacientes se adapta à fístula sem problemas. O cateter de hemodiálise se não for tunelizado não é mesmo feito para ser usado por muito tempo, pois o risco de infecção é grande.

  25. gustavo henrique

    Dr. Meu pai, um cara muito ativo e praticamente da famosa “pelada de finais de semana” foi diagnosticado com insuficiência renal crônica, está bastante anêmico, e já foi internado, foi sugerido a hemodiálise, o que eu gostaria de saber é se pelo fato dela ser crônica ele terá que fazer a hemodiálise para o resto da vida? E quais os meios para reverter o quadro?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Sim, se for ins. renal crônica é para sempre. O único modo de sair da diálise é com transplante renal.

  26. franzinha_com

    Meu pai esta com edema pulmonar devido a cirrose hepática, se fizer uma dialise para acelerar a retirada do liquido no corpo, funciona?
    Obrigada

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Uma das funções da hemodiálise é retirar água em excesso no corpo. Agora, se caso do seu pai está indicado ou vai funcionar, não tenho como opinar à distância.

  27. Danielesilvapinheiro

    Minha mãe fez a fistula a três dias e os médicos dizem não estarem ouvindo a fistula; o que isso quer dizer????

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      A fístula pode estar trombosada, ou seja, não funcionante.

  28. Bárbara

    Este artigo irá ajudar muito no meu estudo de caso.

  29. Danielesilvapinheiro

    Minha mãe está quase 2 meses no hospital fazendo dialise, agora disseram que vão fazer uma fistula será que isso quer dizer que ela vai fazer hemodialise para sempre????

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      A fístula é feita quando não se espera recuperação da função renal a curto/médio prazo.

  30. Andressasaraujo

    minha esta internada no hospital, eu gostaria de saber porque depois q ela colocou o catete ela ficou enchada de mais?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Devem existir outros motivos que não o cateter.

  31. Eliel

    olá Dr. sou estudante de enfermagem e queria saber sobre o cateter de duplo lumem inserido na jugular, os dois lumens ficam dentro da jugular (veia) ? ou um lumem vai para a artéria ? minha duvida é por onde o sangue entra ? por onde o sangue sai ? sangue venoso? sangue arterial ?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      o cateter entra pela veia jugular, mas fica localizado na veia cava. Os dois lúmens ficam na veia. Não há sangue arterial. Para entender melhor você deve ver como é um cateter fora do corpo.

  32. Rosana

    faço hd a um mes depois do parto,a minha medica disse que so dar para avaliar se eu vou continuar hd depois de seis meses e possivel os rins voltarem a funcionar sem hd?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Depende da causa.

  33. odimar

    olá Dr.quero saber se quem faz hemodialise tem algum comprometimento com a vida sexual; quero dizer relacionado ao orgasmo no caso pra a mulher .

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Pode haver diminuição da libido, mas não é pela diálise, e sim pela insuficiência renal crônica.

  34. Kaliane samara

    quanto tempo a pessoa passa com o cateter de longa duração?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Pode ficar até vários meses, mas o ideal sempre é fazer dialise pela fístula.

  35. Priscila

    adorei as explicações, são claras. Sofro com pielonefrite crônica há alguns anos

  36. Ingrid

    Estou fazendo um Tcc sobre a importancia do tratamento da água no precesso de hemodialize.
    Poderia entrar em contato para tirar algumas dúvidas?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Pode usar o email do site.

  37. cassio

    minha mâe infelizmente faz dialise 3 vezes por semana, mas ela passa muito mal sempre q faz dialise 
    isso é normal?
    Ela da muita câimbra, falta de ar é dor de cabeça. 

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Não, não é normal sentir-se mal toda sessão de hemodiálise

  38. Marluce

    MInha creatinina esta 1.3 sendo que a referencia e ate 0.90, neste caso ja estou com problem de rins?

    Fiquei sabendo que se tivermos desidratada a creatinina pode subir e verdade?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Sim, desidratação causa aumento da creatinina.

  39. GIGI

    Bem, gostaria de saber a respeito da semente de linhaça já ouví falar que a linhaça dourada contribui para o bom funcionamento dos rins e repõe a creatinina no caso de baixa,isso é verdade ou se trata de um mito?

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      Dr. Pedro Pinheiro - MD.Saúde

      Não conheço nenhum estudo sério que diga isso.