Como saber se estou com depressão?

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Escrito por: Dr. Pedro Pinheiro

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Como saber de tenho depressão? (explicado em 1 minuto)

A depressão é uma condição de saúde mental séria que pode afetar profundamente a qualidade de vida. Reconhecer os sinais de depressão é o primeiro passo para buscar ajuda e tratamento.

Responda o curto questionário abaixo para saber se você tem critérios para depressão. Peça ajuda a um familiar para responder às questões, pois nem sempre o próprio paciente é capaz de reconhecer alguns dos seus sintomas.

O questionário abaixo é dirigido para pessoas sem o diagnóstico de outros transtornos mentais, como transtorno esquizoafetivo, esquizofrenia ou transtornos psicóticos, nem para aqueles que estão utilizando drogas lícitas ou ilícitas que possam interferir com o humor.

Questionário sobre depressão (10 perguntas)

1. Você apresenta humor deprimido na maior parte do dia, quase todos os dias (por exemplo: sente-se frequentemente triste, vazio, sem esperança, está sempre choroso)?

2. Apresenta interesse ou prazer nitidamente reduzido em todas ou quase todas as atividades quase todos os dias?

3. Apresenta perda ou ganho de peso significativos sem estar fazendo nenhuma dieta (por exemplo, uma mudança de mais de 5% do peso corporal em um mês), ou diminuição ou aumento do apetite que se mantém por vários dias?

4. Apresenta insônia ou sono excessivo quase diariamente?

5. Apresenta agitação psicomotora (movimentos inquietos, andar de um lado para o outro, mexer nas mãos ou roupas, falar rapidamente ou de forma incoerente) ou retardo psicomotor (movimentos lentos, fala arrastada, dificuldade em iniciar atividades, respostas retardadas.) quase todos os dias? Essa alteração de comportamento deve ser notada por outras pessoas, não apenas sentimentos subjetivos de inquietação ou lentidão.

6. Apresenta fadiga ou perda de energia que está presente quase todos os dias.

7. Apresenta sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva sem motivo relevante quase todos os dias (não apenas autocensura ou culpa por estar doente)?

8. Sente diminuição da capacidade de pensar ou de se concentrar, ou indecisão, quase todos os dias?

9. Apresenta pensamentos recorrentes de morte (não apenas medo de morrer), ideação suicida recorrente sem um plano específico, ou uma tentativa de suicídio ou um plano específico para cometer suicídio?

10. Os seus sintomas causam angústia significativa ou prejuízo em áreas sociais, profissionais ou outras áreas importantes do funcionamento (exemplos: dificuldade em manter relacionamentos, evita interações sociais, isola-se de amigos e familiares, apresenta baixa produtividade, dificuldade de concentração no trabalho, ausências frequentes, perda do emprego, dificuldade para cuidar da casa, gerenciar finanças ou cuidar de filhos).

Se você preenche todas as 3 condições abaixo:

  • Respondeu “sim” para pergunta 1 ou 2.
  • Respondeu “sim” para a pergunta 10.
  • Respondeu “sim” para pelo menos 5 das perguntas de 1 a 9.

Existe uma grande chance de você estar com depressão. Se esses sintomas persistem por mais de duas semanas, é importante procurar ajuda profissional. A depressão é tratável, e a busca por um profissional de saúde mental pode proporcionar alívio e melhorar a qualidade de vida.

Observação: quando alguém enfrenta uma perda significativa, como a morte de um familiar, problemas financeiros, desastres naturais ou doenças graves, é comum sentir tristeza intensa, pensar muito sobre a perda, ter dificuldades para dormir, perder o apetite e emagrecer. Esses sentimentos são normais e esperados. No entanto, se esses sintomas são muito intensos e duram por um longo período, pode ser mais do que uma reação normal ao luto. Pode ser um sinal de depressão maior, uma condição de saúde mental grave que necessita de atenção e tratamento especializado.

Para informações mais detalhadas sobre a depressão, leia:


Referências


Autor(es)

Dr. Pedro Pinheiro

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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