Coronavírus: o que é, tipos, sintomas e tratamento

Saiba o que são os coronavírus, quais são os sintomas, formas de transmissão, métodos de prevenção, tratamento disponível e vacinas em uso. Tire também dúvidas frequentes sobre o coronavírus com base nas evidências científicas mais recentes.
Dr. Pedro Pinheiro
Atualizado:
SARS-CoV-2

Tempo de leitura estimado do artigo: 11 minutos

O que é o coronavírus?

Os coronavírus (CoV) são uma grande família de vírus conhecidos desde os anos 1960, que podem infectar humanos e outros animais.

Os coronavírus humanos são comuns em todo o mundo. Eles geralmente causam doenças respiratórias de intensidade leve a moderada. Estima-se que até 10% dos casos de resfriados comuns sejam provocados por esse tipo de vírus. Portanto, é bem possível que você já tenha tido pelo menos uma virose por algum coronavírus e nem saiba.

Alguns sorotipos, porém, são mais virulentos e podem provocar infecção pulmonar grave, com risco de morte. Nos últimos 10 anos, surtos de estirpes mais agressivas no Oriente médio e no sudeste asiático provocaram centenas de mortes, a maioria delas por pneumonia grave.

O surto mais recente surgiu no final de 2019 na cidade de Wuhan, China. Essa nova cepa já infectou milhares de pessoas e chegou a mais de 100 países.

Segundo a Organização Mundial de Saúde, a doença chama-se COVID-19 e o vírus responsável por ela chama-se SARS-CoV-2.

Inicialmente chamado de 2019-nCoV, o nome do vírus foi alterado para SARS-CoV-2 com base em sua relação genética com o SARS-CoV original que causou o surto da doença em 2002-2003.

Tipos de coronavírus

Os coronavírus formam uma ampla família de vírus que infectam aves e mamíferos, incluindo o ser humano. Essas infecções podem variar de quadros leves, semelhantes a um resfriado comum, até doenças respiratórias graves e potencialmente fatais. Embora alguns coronavírus humanos já sejam conhecidos há décadas, outros foram identificados mais recentemente devido a surtos epidêmicos de maior gravidade.

Nos seres humanos, atualmente são reconhecidos sete tipos de coronavírus capazes de causar infecção:

  1. HCoV-229E
  2. HCoV-NL63
  3. HCoV-OC43
  4. HCoV-HKU1
  5. SARS-CoV (síndrome respiratória aguda grave, identificada em 2003)
  6. MERS-CoV (síndrome respiratória do Oriente Médio, identificado em 2012)
  7. SARS-CoV-2 (causador da COVID-19, identificado em 2019)

Os quatro primeiros (229E, NL63, OC43 e HKU1) circulam sazonalmente e geralmente causam infecções respiratórias leves, sendo responsáveis por uma parcela significativa dos resfriados comuns.

Já os três últimos — SARS-CoV, MERS-CoV e SARS-CoV-2 — são coronavírus zoonóticos que provocaram epidemias significativas com alta letalidade, especialmente nos primeiros surtos.

Surtos graves nas últimas décadas

Alguns coronavírus são zoonoses, ou seja, têm origem animal e conseguem eventualmente se adaptar para infectar seres humanos. Essa transição entre espécies é chamada de spillover e ocorre quando o vírus sofre mutações que o tornam capaz de se replicar e se disseminar entre humanos.

O SARS-CoV, responsável por um surto iniciado no sul da China em 2002-2003, provavelmente teve como hospedeiro primário o morcego, com transmissão intermediada por civetas (um tipo de mamífero carnívoro). Esse surto afetou mais de 8.000 pessoas em cerca de 30 países, com uma taxa de letalidade em torno de 10%.

O MERS-CoV, identificado pela primeira vez na Arábia Saudita em 2012, também tem os morcegos como reservatório natural, mas os camelos dromedários parecem ter sido os principais hospedeiros intermediários. Esse vírus apresenta uma taxa de letalidade elevada, em torno de 35%, mas sua capacidade de transmissão entre humanos é limitada, o que restringiu sua disseminação global.

Já o SARS-CoV-2, identificado no final de 2019, também parece ter origem em morcegos, possivelmente com um hospedeiro intermediário ainda não identificado com precisão. Diferente dos outros dois coronavírus zoonóticos, o SARS-CoV-2 apresentou alta capacidade de transmissão entre humanos, o que resultou em uma pandemia de proporções inéditas no século XXI.

A ocorrência de surtos graves após o salto de coronavírus de animais para humanos reforça a importância da vigilância epidemiológica e da pesquisa sobre zoonoses, especialmente em regiões com contato frequente entre humanos e fauna silvestre.

Novo coronavírus de 2019 (SARS-CoV-2)

O SARS-CoV-2, responsável pela pandemia de covid-19, foi inicialmente identificado em dezembro de 2019, na cidade de Wuhan, na China. Embora a origem exata do vírus ainda não tenha sido plenamente elucidada, as investigações iniciais apontaram para um mercado de frutos do mar e animais vivos, onde muitos dos primeiros pacientes infectados haviam trabalhado ou frequentado. Esse mercado comercializava, além de frutos do mar, carnes processadas e uma grande variedade de animais vivos, como aves, suínos, camelos, texugos, raposas e répteis.

Nos primeiros relatos da doença, a maioria dos casos apresentava histórico de contato com esse mercado, sugerindo uma possível transmissão zoonótica — ou seja, a passagem do vírus de animais para seres humanos. Contudo, à medida que o número de casos aumentava, tornaram-se frequentes os relatos de infecção em indivíduos sem qualquer vínculo com o mercado ou com animais, indicando que o vírus já estava sendo transmitido de pessoa para pessoa.

A confirmação oficial da transmissão interpessoal foi feita pelas autoridades chinesas ainda em janeiro de 2020. Desde então, ficou evidente que a principal forma de disseminação do SARS-CoV-2 é através do contato direto entre pessoas, com um número médio de transmissão (número reprodutivo básico, ou R₀) estimado inicialmente entre 2 e 3. Ou seja, cada pessoa infectada poderia transmitir o vírus para outras duas ou três, em média. Com o surgimento de variantes mais contagiosas, como a Delta e posteriormente a Ômicron, esse número aumentou significativamente, chegando a valores muito mais elevados, especialmente em populações não vacinadas ou sem imunidade prévia.

Estudos realizados nos primeiros meses da pandemia mostraram que o vírus podia permanecer viável por algumas horas a vários dias em superfícies como plástico, papel, alumínio e vidro, especialmente em ambientes frios e sem luz solar direta. No entanto, o risco de infecção por meio do contato com superfícies contaminadas (fômites) revelou-se relativamente baixo, quando comparado à transmissão respiratória, que atualmente é reconhecida como a via mais relevante de propagação da COVID-19.

Transmissão

As formas de transmissão do SARS-CoV-2 foram amplamente estudadas desde o início da pandemia. Hoje se sabe que o vírus é transmitido principalmente por via aérea, através de partículas respiratórias liberadas por indivíduos infectados ao falar, tossir, espirrar, cantar ou mesmo respirar.

Essas partículas podem variar de tamanho e são classificadas em gotículas maiores (que tendem a se depositar rapidamente) e aerossóis (partículas menores que podem permanecer suspensas no ar por períodos prolongados, especialmente em ambientes fechados e mal ventilados).

Essa distinção é importante porque, ao contrário do que se pensava inicialmente, a transmissão por aerossóis tem papel central na disseminação da doença, o que reforça a importância da ventilação dos ambientes e do uso adequado de máscaras de boa qualidade, como as do tipo PFF2/N95.

Além da transmissão aérea, outras formas de contágio incluem:

  • Contato direto com secreções respiratórias de pessoas infectadas, por meio de beijos, apertos de mão ou compartilhamento de objetos de uso pessoal;
  • Contato indireto com superfícies contaminadas, embora, como mencionado, essa via seja considerada de baixo risco em comparação à via aérea;
  • Transmissão vertical (de mãe para feto) e transmissão através de transplantes ou procedimentos médicos invasivos, embora sejam eventos raros.

A transmissão do vírus pode ocorrer mesmo em pessoas assintomáticas ou pré-sintomáticas, o que contribuiu significativamente para a rápida disseminação global da doença.

A compreensão dessas formas de transmissão teve impacto direto nas estratégias de controle da pandemia, como distanciamento físico, ventilação adequada, uso de máscaras, testagem em massa e isolamento de casos suspeitos ou confirmados.

Sintomas

Sintomas do coronavírus sazonal

A maioria das infecções por coronavírus causa quadros respiratórios leves e autolimitados, semelhantes ao resfriado comum. O período de incubação, ou seja, o tempo entre a exposição ao vírus e o início dos sintomas, geralmente varia de 2 a 14 dias, sendo mais comum entre 3 e 5 dias.

Os coronavírus humanos sazonais — HCoV-229E, HCoV-NL63, HCoV-OC43 e HCoV-HKU1 — estão amplamente distribuídos na população e são responsáveis por boa parte das infecções respiratórias leves, especialmente nos meses mais frios (leitura sugerida: Diferenças entre gripe e resfriado).

Os sintomas costumam durar poucos dias e desaparecem espontaneamente. Os mais frequentes são:

  • Coriza.
  • Dor de cabeça.
  • Tosse.
  • Dor de garganta.
  • Febre.
  • Mal-estar.
  • Otite média (mais comum em crianças).

Em indivíduos saudáveis, essas infecções raramente evoluem para formas graves. No entanto, em pessoas com doenças crônicas, imunossuprimidas, bebês ou idosos, podem ocasionalmente causar infecções do trato respiratório inferior, como bronquite ou pneumonia.

Sintomas do MERS-CoV e SARS-CoV

Os coronavírus associados a síndromes respiratórias graves — MERS-CoV (identificado em 2012) e SARS-CoV (identificado em 2003) — tendem a provocar quadros clínicos mais severos.

A infecção por MERS-CoV geralmente se manifesta com febre, tosse e dispneia (falta de ar), frequentemente evoluindo para pneumonia e insuficiência respiratória. Diarreia e dor abdominal também podem estar presentes. A taxa de mortalidade da síndrome respiratória do Oriente Médio é elevada, situando-se entre 30% e 40%.

Já a infecção pelo SARS-CoV se apresenta com febre alta, calafrios, dores musculares, tosse seca e desconforto respiratório, podendo também evoluir rapidamente para pneumonia. A taxa de letalidade observada durante o surto de 2002-2003 foi estimada entre 9% e 12%, com maior risco em pessoas acima de 60 anos.

Sintomas da COVID-19 (novo coronavírus)

A infecção causada pelo SARS-CoV-2 pode se apresentar com um amplo espectro clínico, que varia desde quadros assintomáticos ou leves até formas graves, com insuficiência respiratória, falência de múltiplos órgãos e óbito.

O período de incubação médio é de 4 a 5 dias, podendo variar entre 2 e 14 dias. Embora a maioria das pessoas deixe de transmitir o vírus após cerca de 8 a 10 dias do início dos sintomas, a eliminação viral pode se prolongar em casos graves ou em imunossuprimidos.

Os sintomas mais comuns da COVID-19 incluem:

A febre pode não estar presente em alguns casos, especialmente em idosos, crianças, imunocomprometidos ou pessoas em uso crônico de anti-inflamatórios ou antitérmicos. Em muitos pacientes, os sintomas se manifestam de forma leve e inespecífica, dificultando o diagnóstico clínico sem testagem laboratorial.

Os distúrbios do olfato e do paladar, que inicialmente não eram reconhecidos como sintomas típicos da COVID-19, mostraram-se altamente prevalentes, podendo ocorrer isoladamente, inclusive em casos leves.

Estudos clínicos demonstraram que aproximadamente 80% dos casos de COVID-19 são leves, cerca de 15% evoluem com complicações respiratórias e 5% desenvolvem quadros críticos, como síndrome do desconforto respiratório agudo, sepse e falência de múltiplos órgãos. Fatores de risco para formas graves incluem idade avançada, obesidade, doenças cardiovasculares, diabetes mellitus, hipertensão arterial, doença pulmonar crônica, câncer e imunossupressão.

A seguir, um resumo dos dados clínicos observados em um estudo com 138 pacientes hospitalizados com pneumonia por COVID-19 em Wuhan, na China:

  • Febre: 99%.
  • Fadiga: 70%.
  • Tosse seca: 59%.
  • Anorexia: 40%.
  • Mialgias: 35%.
  • Dispneia: 31%.
  • Tosse com escarro: 27%.

Outro estudo de maior escala, realizado pelo Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças, avaliou 44.672 casos confirmados na China entre dezembro de 2019 e fevereiro de 2020. Os achados foram os seguintes:

  • 80,9% dos casos foram classificados como leves.
  • 13,8% como graves.
  • 4,7% como críticos.

Casos críticos envolviam insuficiência respiratória, choque séptico ou disfunção de múltiplos órgãos.

Com a evolução da pandemia e o surgimento de novas variantes, o perfil clínico da doença também sofreu alterações, incluindo maior frequência de sintomas nas vias aéreas superiores, como congestão nasal, dor de garganta e rinorreia, especialmente em pessoas vacinadas ou previamente infectadas.

Explicamos os sintomas e o quadro clínico geral da COVID-19 com mais detalhes no artigo: Sintomas da COVID-19 – Quadro clínico e laboratorial.

Mortalidade

A taxa de mortalidade da COVID-19 variou significativamente ao longo da pandemia, conforme fatores como a variante viral predominante, a capacidade de resposta dos sistemas de saúde, o acesso a cuidados intensivos, a disponibilidade de vacinas e a cobertura vacinal da população.

No início da pandemia, estimava-se uma taxa de mortalidade geral entre 2% e 4%, inferior à observada em surtos anteriores causados por coronavírus, como o MERS-CoV (com letalidade próxima a 35%) e o SARS-CoV (com letalidade entre 9% e 12%). No entanto, devido à alta transmissibilidade do SARS-CoV-2, mesmo uma taxa de mortalidade relativamente baixa resultou em um número absoluto elevado de óbitos.

Até 2024, a mortalidade por COVID-19 foi influenciada por múltiplos fatores:

  • Faixa etária.
  • Presença de comorbidades.
  • Estado vacinal.
  • Acesso ao sistema de saúde.
  • Variantes do vírus circulantes.

Em locais com sobrecarga hospitalar, especialmente durante picos de transmissão, a mortalidade aumentou significativamente devido à escassez de leitos, equipamentos e pessoal de saúde. Nesses contextos, a letalidade pôde ultrapassar os 10%, especialmente entre grupos vulneráveis.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) e outras instituições de vigilância epidemiológica, o tempo médio de recuperação é de cerca de 2 semanas para casos leves e de 3 a 6 semanas para casos graves, incluindo os que necessitam de internação em unidade de terapia intensiva (UTI). Pacientes com complicações graves frequentemente permanecem internados por longos períodos, aumentando a pressão sobre os sistemas de saúde.

Estudos populacionais realizados antes da vacinação em massa mostravam claramente uma relação entre idade e risco de morte por COVID-19. Embora as taxas atuais sejam menores graças à imunização e ao tratamento precoce, os dados a seguir representam bem o risco relativo entre as faixas etárias, considerando dados agregados entre 2020 e 2021:

  • ≥ 80 anos: até 14,8%.
  • 70–79 anos: cerca de 8%.
  • 60–69 anos: aproximadamente 3,6%.
  • 50–59 anos: 1,3%.
  • 40–49 anos: 0,4%.
  • 10–39 anos: 0,2%.
  • 0–9 anos: letalidade próxima de 0,1%.

A partir de 2022, com a disseminação da variante Ômicron — mais contagiosa, porém com menor gravidade intrínseca — e com o avanço das campanhas de vacinação, a taxa de letalidade caiu substancialmente na maioria dos países.

A COVID-19 passou a ter, em muitos contextos, um comportamento clínico semelhante ao de outras infecções respiratórias virais, embora ainda represente um risco importante para grupos vulneráveis.

Apesar da redução da mortalidade média global, a COVID-19 continua sendo uma causa significativa de morbimortalidade, especialmente em pessoas não vacinadas, imunossuprimidas, idosos e portadores de doenças crônicas.

Covid-19 nas crianças

Desde o início da pandemia, observou-se que crianças, em geral, apresentam quadros mais leves de COVID-19 quando comparadas aos adultos. A maioria dos casos pediátricos é assintomática ou se manifesta com sintomas leves e autolimitados, como febre, coriza, tosse seca, dor de garganta e, ocasionalmente, sintomas gastrointestinais como náuseas, vômitos e diarreia. A recuperação costuma ocorrer espontaneamente em uma a duas semanas.

Casos graves e fatais são raros em crianças, mas podem ocorrer, especialmente em lactentes com menos de 1 ano de idade e em crianças com comorbidades pré-existentes, como doenças cardiovasculares, respiratórias crônicas, obesidade, diabetes, câncer ou condições de imunossupressão.

Em um estudo realizado na China com 728 crianças diagnosticadas com COVID-19, cerca de 55% dos casos foram classificados como leves ou assintomáticos, enquanto 40% apresentaram quadros moderados, com sinais clínicos ou radiográficos de pneumonia, porém sem hipoxemia. Apenas menos de 1% evoluíram para a forma crítica da doença, que inclui insuficiência respiratória, choque séptico e falência de múltiplos órgãos.

Com o avanço da pandemia, especialmente nos primeiros meses após a disseminação do vírus, começaram a ser relatados casos de uma nova manifestação inflamatória sistêmica em crianças infectadas ou previamente expostas ao SARS-CoV-2, denominada síndrome inflamatória multissistêmica pediátrica associada à COVID-19 (MIS-C, na sigla em inglês).

Essa condição apresenta semelhanças clínicas com a doença de Kawasaki e com o choque tóxico estafilocócico/estreptocócico, sendo caracterizada por:

  • Febre persistente.
  • Sintomas gastrointestinais (dor abdominal, vômitos, diarreia).
  • Conjuntivite não purulenta.
  • Exantema (erupção cutânea).
  • Hipotensão.
  • Miocardite e disfunção cardíaca.

A MIS-C geralmente surge semanas após a infecção aguda por SARS-CoV-2, mesmo em casos assintomáticos, e requer tratamento hospitalar, frequentemente em unidade de terapia intensiva. A maioria das crianças afetadas responde bem ao tratamento com imunoglobulina intravenosa, corticoides e, em alguns casos, anticoagulação.

Apesar do potencial de gravidade, a MIS-C é considerada rara. Estima-se que sua incidência seja de aproximadamente 1 caso para cada 3.000 a 4.000 infecções por SARS-CoV-2 em crianças.

Com a vacinação pediátrica contra a COVID-19, observou-se uma redução significativa na ocorrência de formas graves e da MIS-C, reforçando o papel protetor das vacinas também na população infantil.

COVID longa e síndrome da fadiga crônica (encefalomielite miálgica)

Um número significativo de pessoas que se recuperam da infecção aguda pelo SARS-CoV-2 relata sintomas persistentes por semanas ou até meses após a resolução do quadro inicial. Essa condição é conhecida como COVID longa (ou long covid, em inglês), também chamada de condição pós-covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Segundo a OMS, a definição de COVID longa envolve a presença de sintomas novos, recorrentes ou persistentes por mais de 12 semanas após a infecção, sem explicação alternativa, que impactam negativamente a qualidade de vida e o funcionamento diário do paciente.

Os sintomas da COVID longa são variados e podem afetar múltiplos sistemas. Os mais frequentemente relatados incluem:

  • Fadiga intensa e prolongada.
  • Dispneia (falta de ar).
  • Tosse persistente.
  • Dor torácica.
  • Taquicardia ou palpitações.
  • Dificuldade de concentração e memória (“névoa mental”).
  • Distúrbios do sono.
  • Dor muscular e articular.
  • Cefaleia.
  • Ansiedade e depressão.
  • Distúrbios do olfato e do paladar prolongados.
  • Intolerância ao exercício.

A fadiga pós-viral é um sintoma central da COVID longa e, em muitos casos, se assemelha à síndrome da fadiga crônica, também conhecida como encefalomielite miálgica (EM/SFC).

Essa condição é caracterizada por exaustão profunda e incapacitante, não aliviada pelo repouso, frequentemente acompanhada por comprometimento cognitivo e exacerbação dos sintomas após esforços físicos ou mentais mínimos (conhecida como mal-estar pós-esforço).

Explicamos a síndrome da fadiga crônica / encefalomielite miálgica (EM/SFC) no artigo: Síndrome da fadiga crônica: o que é, sintomas e tratamento.

Ainda não está totalmente claro se a COVID longa é uma entidade distinta da EM/SFC ou se o SARS-CoV-2 atua como um gatilho viral capaz de desencadear a encefalomielite miálgica em indivíduos predispostos, como já foi observado com outros vírus, incluindo o Epstein-Barr (EBV).

Estudos sugerem que mecanismos imunológicos, inflamatórios, autonômicos e metabólicos podem estar envolvidos em ambas as condições. Disfunções no eixo cérebro-intestino, microvasculopatia e persistência de fragmentos virais no organismo também estão sendo investigadas como potenciais causas da persistência dos sintomas.

A COVID longa pode ocorrer independentemente da gravidade da infecção aguda. Mesmo indivíduos jovens e previamente saudáveis que tiveram quadros leves ou assintomáticos de COVID-19 podem desenvolver sintomas prolongados.

Estima-se que entre 10% e 20% das pessoas infectadas por SARS-CoV-2 apresentem sintomas persistentes por mais de três meses, embora a prevalência real varie conforme a definição adotada, o tempo de acompanhamento e a população estudada. O risco parece ser maior em mulheres, pessoas com múltiplos sintomas na fase aguda e naquelas que não completaram o esquema vacinal antes da infecção.

Até o momento, não há tratamento específico aprovado para a COVID longa, e a abordagem é baseada em estratégias de reabilitação, manejo sintomático, apoio psicológico e acompanhamento multidisciplinar. A vacinação contra a COVID-19 demonstrou reduzir não apenas a gravidade da infecção, mas também o risco de desenvolvimento da COVID longa.

Diagnóstico

O diagnóstico da infecção pelo SARS-CoV-2 pode ser realizado por diferentes métodos laboratoriais, a depender do momento da doença, da disponibilidade dos exames e do objetivo clínico (confirmação de infecção ativa ou avaliação de infecção pregressa).

O principal exame utilizado para detectar casos ativos de COVID-19 é o RT-PCR (reação em cadeia da polimerase com transcriptase reversa), que identifica o material genético do vírus em amostras coletadas do trato respiratório, principalmente da nasofaringe, por meio de swab (cotonete estéril).

O RT-PCR é considerado o padrão ouro para o diagnóstico da fase aguda da infecção, devido à sua alta sensibilidade e especificidade, especialmente nos primeiros dias de sintomas.

A coleta deve ser idealmente realizada entre o 1º e o 7º dia de sintomas, período em que a carga viral nas vias aéreas superiores costuma ser mais elevada. Após esse período, a sensibilidade do teste pode diminuir progressivamente.

Além do RT-PCR, outros métodos de diagnóstico incluem:

  • Teste rápido de antígeno: detecta proteínas virais específicas (geralmente a proteína N) em amostras nasais ou de nasofaringe. Embora menos sensível que o RT-PCR, é útil em contextos onde se busca um resultado rápido, como triagem em serviços de saúde ou testagem em massa. É mais confiável quando realizado nos primeiros 5 a 7 dias de sintomas.
  • Teste molecular rápido (NAAT): utiliza técnicas moleculares semelhantes ao RT-PCR, como o loop-mediated isothermal amplification (LAMP), e fornece resultados em menor tempo. É uma alternativa válida em cenários de emergência ou com necessidade de alta rotatividade de testes.
  • Sorologia (testes de anticorpos): detecta a presença de anticorpos IgM, IgG e/ou IgA contra o SARS-CoV-2, geralmente em amostras de sangue. Esses testes não são indicados para o diagnóstico da infecção ativa, pois os anticorpos costumam surgir apenas a partir do 7º ao 14º dia após o início dos sintomas. A sorologia é mais utilizada para fins epidemiológicos, investigação de infecção passada ou avaliação da resposta imune à vacina.
  • Testes laboratoriais complementares: em pacientes com quadros moderados a graves, exames laboratoriais como hemograma, dosagem de proteína C-reativa (PCR), dímero-D, ferritina, lactato desidrogenase (LDH) e marcadores de função hepática, renal e cardíaca podem auxiliar na avaliação da gravidade da doença e no monitoramento da resposta ao tratamento.

A escolha do método diagnóstico deve considerar a fase da doença, a disponibilidade do teste, o objetivo clínico (diagnóstico, triagem, vigilância ou confirmação de cura), e o perfil do paciente (sintomático, assintomático, contactante ou hospitalizado).

Tratamento

Atualmente, não existe cura específica para a COVID-19. O tratamento permanece essencialmente sintomático e de suporte, variando conforme a gravidade do quadro clínico. A maioria das pessoas com sintomas leves se recupera em casa, com medidas como repouso, hidratação adequada, controle da febre e da dor com antitérmicos e analgésicos comuns, como o paracetamol.

Em casos mais graves, especialmente quando há sinais de comprometimento pulmonar ou hipoxemia, o paciente pode necessitar de internação hospitalar, suporte de oxigênio e, em situações críticas, intubação orotraqueal e ventilação mecânica em unidade de terapia intensiva (UTI).

O tempo médio de recuperação costuma ser de duas semanas para casos leves e de três a seis semanas para quadros graves ou críticos.

Fármacos sem eficácia comprovada

Diversos medicamentos foram testados ao longo da pandemia, especialmente nos estágios iniciais, muitos deles com uso amplamente difundido antes de se comprovar a ineficácia ou mesmo os riscos associados ao seu uso.

Cloroquina e hidroxicloroquina:

Inicialmente investigadas como possíveis opções terapêuticas, essas substâncias foram abandonadas após a publicação de estudos controlados de maior qualidade, que demonstraram falta de eficácia e riscos potenciais, como toxicidade cardíaca.

Atualmente, não há qualquer recomendação para seu uso no tratamento da COVID-19 por parte de nenhuma entidade médica ou sanitária internacional.

Hidroxicloroquina associada à azitromicina:

Essa combinação foi inicialmente sugerida por um estudo francês de baixo rigor metodológico. Pesquisas subsequentes não só falharam em demonstrar benefício clínico, como mostraram aumento significativo do risco de arritmias cardíacas graves, sobretudo em pacientes com comorbidades.

Todas as entidades internacionais de saúde desaconselham completamente seu uso.

Lopinavir-ritonavir:

Essa associação de antivirais, usada no tratamento da infecção pelo HIV, foi avaliada em diversos ensaios clínicos, mas não mostrou benefício clínico significativo no combate ao SARS-CoV-2.

Tratamento precoce”:

Não há qualquer evidência científica relevante que apoie o uso de medicamentos como ivermectina, azitromicina, hidroxicloroquina, nitazoxanida, vitamina D, zinco, ozônio, dióxido de cloro, entre outros, como forma de tratamento precoce da COVID-19.

Nenhuma entidade médica ou agência reguladora reconhecida, incluindo OMS, CDC, FDA, EMA, NIH e as Sociedades Brasileiras de Infectologia e Pneumologia, recomenda ou apoia o uso desses fármacos. A ideia de um “tratamento precoce eficaz” para COVID-19 não possui respaldo científico e é considerada consenso negativo internacional.

Fármacos com benefício comprovado em casos graves

Dexametasona:

Desde junho de 2020, a dexametasona passou a ser reconhecida como o primeiro medicamento com benefício comprovado na redução da mortalidade em casos graves de COVID-19. Os dados provêm do estudo RECOVERY, realizado no Reino Unido, que demonstrou que esse corticosteroide:

  • Reduz em até um terço a mortalidade em pacientes ventilados.
  • Reduz em até um quinto a mortalidade em pacientes que necessitam apenas de oxigênio suplementar.

Não houve benefício em pacientes com quadros leves ou que não necessitavam de suporte respiratório. Pelo contrário, o uso precoce de corticoides pode ser prejudicial, pois pode inibir a resposta imune em uma fase da doença em que a replicação viral ainda é predominante.

Remdesivir:

O remdesivir é um antiviral com atividade contra o SARS-CoV-2, aprovado para uso em adultos e crianças hospitalizados com COVID-19, independentemente da gravidade.

Atualmente, é recomendado por organizações como a OMS, NIH e IDSA para pacientes hospitalizados com doença grave, especialmente aqueles que necessitam de oxigênio suplementar, mas não estão em ventilação mecânica.

Estudos mostram que, nesse grupo, o remdesivir pode reduzir o tempo de recuperação, diminuir a progressão para ventilação mecânica e apresentar modesto benefício na mortalidade.

A dose habitual é de 200 mg EV no primeiro dia, seguidos de 100 mg/dia por até 5 dias. A extensão para 10 dias pode ser considerada se não houver melhora clínica.

Em pacientes com casos leves ou moderados sem necessidade de oxigênio, os benefícios são menos evidentes e não há impacto comprovado na mortalidade.

Prevenção

A principal estratégia para prevenir a covid-19 continua sendo a vacinação em larga escala, especialmente com vacinas atualizadas para as variantes mais recentes do SARS-CoV-2.

No Brasil, as vacinas atualmente utilizadas no Programa Nacional de Imunizações (PNI) são:

  • Comirnaty (Pfizer/BioNTech) – vacina de RNA mensageiro atualizada para a variante Ômicron JN.1.
  • Spikevax (Moderna) – vacina de RNA mensageiro também adaptada para a cepa JN.1.
  • Vacina da Zalika Farmacêutica – incorporada à campanha de vacinação a partir de dezembro de 2024.

Essas vacinas demonstraram eficácia na redução de casos graves, hospitalizações e óbitos, inclusive frente a variantes mais recentes. As doses de reforço são indicadas periodicamente para manter níveis adequados de proteção, sobretudo em idosos, imunossuprimidos, gestantes e pessoas com comorbidades.

Além da vacinação, as seguintes medidas não farmacológicas seguem sendo recomendadas em situações de maior risco:

  • Higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% (leitura sugerida: Por que lavar as mãos é importante para evitar infecções?).
  • Uso de máscaras em ambientes fechados, mal ventilados ou com aglomeração.
  • Manutenção da ventilação de espaços internos.
  • Isolamento domiciliar em caso de sintomas respiratórios.
  • Evitar contato próximo com pessoas sabidamente infectadas.

A combinação de vacinação atualizada e medidas preventivas continua sendo a forma mais eficaz de reduzir a transmissão do vírus, especialmente em períodos sazonais de maior circulação.

Dúvidas comuns

  1. As máscaras são eficazes na prevenção do coronavírus?

    Sim. As máscaras continuam sendo uma medida eficaz para reduzir a transmissão do SARS-CoV-2, principalmente em ambientes fechados, com pouca ventilação ou em situações de aglomeração. O vírus é transmitido predominantemente por gotículas respiratórias e aerossóis expelidos ao falar, tossir, espirrar ou mesmo respirar. As máscaras reduzem a dispersão dessas partículas no ambiente e também oferecem um grau de proteção a quem as utiliza.

    As máscaras cirúrgicas e de tecido multicamada oferecem boa proteção coletiva, pois reduzem a emissão de partículas respiratórias por parte do usuário infectado, mesmo que assintomático. No entanto, elas oferecem proteção limitada ao usuário contra a inalação de partículas virais suspensas no ar, especialmente em locais mal ventilados ou com alta concentração viral.

    Já as máscaras do tipo N95, PFF2 ou FFP2, amplamente utilizadas em contextos hospitalares, oferecem proteção superior, filtrando até 95% das partículas em suspensão. Elas são indicadas em ambientes de alto risco ou para pessoas mais vulneráveis.

    Além do uso de máscaras, a higiene das mãos continua sendo uma medida fundamental. A transmissão também pode ocorrer quando a pessoa leva as mãos contaminadas à boca, nariz ou olhos. Por isso, lavar as mãos frequentemente com água e sabão ou utilizar álcool em gel 70% ajuda a interromper cadeias de contágio, sobretudo em locais públicos.

    É importante lembrar que o uso de máscaras não substitui outras medidas de prevenção, como o distanciamento físico, a ventilação de ambientes e, sobretudo, a vacinação. O uso combinado dessas estratégias oferece maior proteção.

  2. Meu animal de estimação pode transmitir o coronavírus?

    Até o momento, não há evidências de que cães, gatos ou outros animais de estimação transmitam o SARS-CoV-2 para seres humanos de forma significativa.

    Casos de contaminação de animais domésticos por humanos já foram documentados em diferentes partes do mundo, mas são considerados raros e, geralmente, ocorrem após contato próximo e prolongado com tutores infectados.

    Os animais contaminados costumam permanecer assintomáticos ou apresentar sintomas muito leves, como espirros, secreção nasal ou cansaço. A transmissão nesses casos parece ser limitada e sem impacto epidemiológico relevante. Não há registros confirmados de que cães, gatos ou outros pets tenham sido responsáveis por infectar seres humanos com COVID-19.

    Estudos experimentais demonstraram que gatos são mais suscetíveis ao vírus do que cães, especialmente filhotes. Em alguns desses estudos, o vírus foi inoculado diretamente no trato respiratório dos animais com uma carga viral elevada, ou seja, em condições artificiais e não representativas da vida cotidiana.

    Dessa forma, embora a transmissão de humano para animal seja possível, o risco de os animais domésticos atuarem como vetores ativos da doença é considerado extremamente baixo. A principal forma de contágio continua sendo entre humanos, por via aérea.

  3. Posso morrer se pegar o coronavírus COVID-19?

    Sim, a COVID-19 pode levar à morte, especialmente em pessoas com maior risco, como idosos, imunossuprimidos e portadores de doenças crônicas (cardíacas, pulmonares, renais, metabólicas ou neurológicas). No entanto, a taxa de mortalidade da doença diminuiu consideravelmente desde o início da pandemia, graças à vacinação em massa, melhor acesso ao diagnóstico e ao tratamento, além do surgimento de variantes com menor agressividade clínica.

    Atualmente, a letalidade global estimada é inferior a 1%, sendo ainda menor entre pessoas vacinadas e saudáveis. A maioria dos casos evolui com sintomas leves ou moderados, e a recuperação ocorre em poucos dias. Ainda assim, a COVID-19 continua sendo uma doença potencialmente grave, especialmente para populações vulneráveis.

    Embora mais rara, a morte também pode ocorrer em adultos jovens e saudáveis, principalmente nos casos em que há resposta inflamatória exagerada ou complicações como miocardite, trombose, insuficiência respiratória ou coinfecções.
    Além do risco de óbito, deve-se considerar o risco de sequelas prolongadas (COVID longa), que podem afetar a qualidade de vida mesmo após quadros clínicos leves.
    Por isso, a prevenção continua fundamental, com vacinação atualizada, cuidados em ambientes de risco e atenção a sintomas que indiquem agravamento, como falta de ar, dor no peito ou confusão mental.

  4. A epidemia na China começou devido à sopa de morcego?

    Não. Embora o RNA do vírus seja semelhante ao de coronavírus que circulam em morcegos, não há evidência de que a epidemia tenha começado com o consumo de sopa de morcego. A origem exata da infecção em humanos ainda não foi esclarecida.

  5. O novo coronavírus é uma arma biológica desenvolvida pela China?

    Não. As análises genéticas mostram que o SARS-CoV-2 é fruto da evolução natural de um coronavírus presente na natureza. Não há evidências de manipulação genética. Vírus saltando de animais para humanos é um fenômeno conhecido e já documentado em outras pandemias.

  6. Comer alho pode ajudar a prevenir a infecção pelo novo Coronavírus?

    Não há nenhuma evidência de que o alho ou qualquer outro tipo de alimento tenha efeito protetor.

  7. Secadores de cabelo ou de mãos em banheiros públicos matam o Coronavírus?

    Não, o calor dos secadores é insuficiente para matar qualquer tipo de vírus.

  8. Tratamentos homeopáticos funcionam contra o Coronavírus?

    Não, não existe nenhum estudo que comprove a eficácia da homeopatia ou qualquer outro tipo de medicina alternativa contra o Coronavírus.

  9. Óleo de gergelim é eficaz contra o Coronavírus?

    Não, como já referido, não existe nenhuma evidência sobre a eficácia de qualquer tipo de alimento ou tratamento alternativo.

  10. Antibióticos são eficazes contra o SARS-CoV-2?

    Não, antibióticos são fármacos utilizados no tratamento de doenças provocadas por bactérias. O Coronavírus é um vírus. Antibióticos não são eficazes contra vírus.

  11. O Coronavírus é menos perigoso em países quentes?

    Não. Países quentes, como Índia e Brasil, estão entre os países com maior mortalidade de vírus.

  12. Qual é a diferença entre distanciamento social, isolamento e quarentena?

    Isolamento é utilizado em pessoas sabidamente infectadas para não contagiarem outros cidadãos. O isolamento pode ser feito nos hospitais ou em casa, se houver condições e o estado clínico do paciente permitir.

    A quarentena é utilizada em indivíduos que imaginamos estarem saudáveis, mas que possam ter estado em contato com um paciente sabidamente infectado. Estes devem ficar 14 dias reclusos em casa.

    Distanciamento social é feito nas pessoas saudáveis que não tiveram contato com infectados, de forma a impedir que as mesmas possam ser contaminadas. O distanciamento é feito em casa por tempo indeterminado até que a cadeia de transmissão do vírus seja interrompida.


Referências


Autor(es)

Dr. Pedro Pinheiro

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.