Fenômeno de Raynaud: o que é, causas, sintomas e tratamento

O fenômeno de Raynaud é uma condição vascular caracterizada por episódios de vasoespasmo em extremidades, como dedos das mãos, em resposta ao frio ou estresse. Provoca alterações de cor, dormência e dor. Pode ser primário ou secundário a doenças autoimunes.

Dr. Pedro Pinheiro
Atualizado:
Fenômeno de Raynaud

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O que é o fenômeno de Raynaud?

O fenômeno de Raynaud é uma condição caracterizada por uma resposta exagerada dos vasos sanguíneos das extremidades (como dedos das mãos e pés, nariz e orelhas) a estímulos como frio ou estresse emocional. Essa reação exagerada gera episódios súbitos e temporários de vasoconstrição (estreitamento dos vasos), levando à redução do fluxo sanguíneo para essas regiões.

Clinicamente, essa vasoconstrição se manifesta por mudanças abruptas e bem delimitadas na coloração da pele dos dedos, que geralmente evoluem em fases sucessivas:

  1. Palidez (pele branca).
  2. Cianose (pele azulada ou arroxeada).
  3. Rubor (vermelhidão).

Existem duas formas principais do fenômeno de Raynaud: primário e secundário.

O fenômeno de Raynaud primário é o tipo mais comum e ocorre na ausência de outras doenças ou alterações médicas associadas. Geralmente, surge em pessoas jovens (principalmente mulheres entre 15 e 40 anos), sendo uma forma relativamente benigna da condição, embora possa causar desconforto significativo em certos pacientes.

Já o fenômeno de Raynaud secundário ocorre em decorrência de doenças associadas, especialmente doenças autoimunes como a esclerose sistêmica (esclerodermia), lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, entre outras. Esse tipo é potencialmente mais grave, pois pode resultar em complicações como lesões isquêmicas, úlceras e, em casos extremos, gangrena dos dedos.

Embora o fenômeno de Raynaud não tenha cura definitiva, ele pode ser controlado de maneira eficaz por meio de medidas gerais de proteção contra o frio, alterações no estilo de vida, e, quando necessário, com o auxílio de medicamentos específicos que melhoram o fluxo sanguíneo para as áreas afetadas. O tratamento é especialmente importante no Raynaud secundário, onde há risco aumentado de complicações graves.

Como surge o fenômeno de Raynaud?

O fenômeno de Raynaud surge devido a um desequilíbrio na regulação da circulação sanguínea das extremidades, especialmente em resposta ao frio ou a situações de estresse emocional. Para compreender melhor esse processo, é importante saber como nosso corpo normalmente regula a temperatura e o fluxo sanguíneo nas regiões periféricas.

Quando somos expostos ao frio, nosso organismo ativa mecanismos naturais para conservar calor, reduzindo temporariamente o fluxo de sangue para as áreas mais distantes do corpo, como dedos, nariz e orelhas. Essa redução ocorre através da vasoconstrição (estreitamento dos vasos sanguíneos). Assim que o ambiente se aquece novamente, ocorre a vasodilatação (alargamento dos vasos sanguíneos), restabelecendo rapidamente o fluxo normal.

No fenômeno de Raynaud, essa resposta fisiológica é exagerada. Há uma vasoconstrição excessiva e anormalmente prolongada, dificultando o retorno rápido do sangue para as regiões afetadas.

Embora o mecanismo exato não seja totalmente esclarecido, alguns fatores são reconhecidos como envolvidos:

1. Anormalidades nas conexões vasculares da pele

A pele das mãos, pés, nariz e orelhas contém pequenos vasos especializados chamados anastomoses arteriovenosas, que são responsáveis por regular rapidamente o fluxo sanguíneo superficial em resposta às variações de temperatura. Em pessoas com o fenômeno de Raynaud, esses pequenos vasos apresentam uma resposta exagerada ao frio, reduzindo dramaticamente o fluxo sanguíneo periférico.

2. Atividade aumentada do sistema nervoso simpático

O sistema nervoso simpático controla a vasoconstrição por meio da liberação de substâncias como a noradrenalina. No fenômeno de Raynaud, especialmente no tipo primário, há um aumento na sensibilidade dos vasos sanguíneos às substâncias liberadas pelo sistema nervoso simpático, resultando em um estreitamento mais intenso e prolongado dos vasos periféricos.

3. Alterações em receptores específicos nas paredes dos vasos sanguíneos

Os vasos sanguíneos possuem receptores especiais chamados alfa-adrenérgicos, que são responsáveis por responder às substâncias liberadas pelo sistema simpático, como a noradrenalina. Em pessoas com o fenômeno de Raynaud, especialmente aquelas com formas mais graves ou secundárias, esses receptores (particularmente o receptor alfa-2C) são mais numerosos ou mais sensíveis, potencializando a resposta ao frio.

4. Fatores endoteliais

O endotélio, que é o revestimento interno dos vasos sanguíneos, também desempenha um papel relevante na regulação do fluxo sanguíneo. Em algumas formas do fenômeno de Raynaud, especialmente no secundário, existe uma disfunção desse endotélio, o que contribui para o desequilíbrio entre vasodilatação e vasoconstrição.

5. Genética e predisposição familiar

O fenômeno de Raynaud primário frequentemente tem uma base genética, sendo comum a ocorrência entre familiares próximos. Alguns estudos identificaram alterações genéticas específicas que podem predispor à condição, influenciando a resposta vascular exagerada ao frio.

6. Hormônios e sexo feminino

Mulheres, especialmente jovens, são muito mais frequentemente afetadas pelo fenômeno de Raynaud. Acredita-se que hormônios femininos, particularmente o estrogênio, possam aumentar a sensibilidade dos vasos sanguíneos ao frio e às substâncias vasoconstritoras.

Dessa forma, o fenômeno de Raynaud surge de uma combinação de fatores que levam a uma resposta excessiva e prolongada dos vasos sanguíneos às mudanças de temperatura ou ao estresse emocional. O entendimento desses mecanismos é essencial para o manejo adequado da condição e para a prevenção de suas complicações, especialmente nas formas mais graves.

Fatores de risco para o fenômeno de Raynaud

Algumas pessoas têm maior predisposição a desenvolver o fenômeno de Raynaud, seja na sua forma primária ou secundária. Os principais fatores estão descritos a seguir:

Sexo e idade

O fenômeno de Raynaud afeta mais frequentemente mulheres jovens, especialmente aquelas entre 15 e 40 anos. A prevalência é claramente maior no sexo feminino, numa proporção que chega a ser três vezes maior que nos homens. Essa diferença provavelmente está relacionada à influência dos hormônios femininos, particularmente do estrogênio, sobre a resposta vascular.

Histórico familiar e fatores genéticos

Existe uma clara predisposição familiar para o fenômeno de Raynaud primário. Estudos demonstram que indivíduos com parentes próximos acometidos têm um risco significativamente maior de desenvolverem a condição. Alguns estudos genéticos identificaram alterações específicas em genes relacionados à regulação vascular que aumentam a suscetibilidade.

Exposição frequente ao frio ou a mudanças bruscas de temperatura

A exposição repetida ou prolongada ao frio intenso, seja por questões climáticas ou ocupacionais, aumenta o risco de desenvolvimento do fenômeno de Raynaud. Profissões que exigem contato constante com ambientes refrigerados (como trabalhadores de supermercados ou frigoríficos) ou que expõem o indivíduo a mudanças bruscas de temperatura são particularmente vulneráveis.

Tabagismo

Fumar é um fator agravante importante. O tabaco causa vasoconstrição e reduz a circulação periférica, aumentando a frequência e intensidade das crises. Além disso, fumantes com fenômeno de Raynaud têm risco aumentado de complicações graves, como úlceras ou gangrena dos dedos (leitura sugerida: Doenças provocadas pelo cigarro).

Uso de certos medicamentos

Alguns medicamentos têm como efeito adverso potencial a indução ou agravamento dos sintomas do fenômeno de Raynaud. Entre eles estão os descongestionantes nasais (pseudoefedrina, fenilefrina), medicamentos para tratamento do transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (metilfenidato e dextroanfetamina), anfetaminas, além de medicamentos utilizados no tratamento da enxaqueca (ergotamina e sumatriptano) e alguns agentes usados na quimioterapia (cisplatina, bleomicina).

Doenças autoimunes (Fenômeno de Raynaud secundário)

Quando o fenômeno de Raynaud está associado a doenças autoimunes ou reumáticas (como esclerose sistêmica, lúpus eritematoso sistêmico, síndrome de Sjögren, doença mista do tecido conjuntivo e dermatomiosite), ele é classificado como secundário.

Pacientes com essas doenças têm risco aumentado não só do fenômeno de Raynaud em si, mas também de formas mais graves e complicadas da doença, com maior risco de lesões isquêmicas.

Trauma repetitivo ou uso de ferramentas vibratórias

Pessoas que trabalham com ferramentas vibratórias, como britadeiras ou serras elétricas, podem desenvolver um tipo específico da doença, conhecida como síndrome de Raynaud induzida por vibração (também chamada de “síndrome do dedo branco vibratório”, “síndrome do dedo branco” ou “síndrome da vibração mão-braço”). Nesse contexto, os episódios surgem devido a danos nos nervos e vasos periféricos provocados pela vibração contínua e repetitiva.

Presença de outras doenças vasculares ou endócrinas

Pacientes com hipotireoidismo podem apresentar maior predisposição ao fenômeno de Raynaud devido ao metabolismo mais lento e à sensibilidade aumentada ao frio.

Condições vasculares, como aterosclerose ou doenças tromboembólicas (por exemplo, tromboangeíte obliterante ou doença de Buerger), também são associadas ao desenvolvimento do fenômeno de Raynaud secundário.

Sintomas do fenômeno de Raynaud

Os sintomas do fenômeno de Raynaud são característicos e, na maioria das vezes, facilmente reconhecíveis pelos próprios pacientes.

Eles ocorrem de forma episódica, geralmente desencadeados por exposição ao frio ou por estresse emocional, e afetam, com maior frequência, os dedos das mãos. No entanto, outras áreas do corpo, como dedos dos pés, nariz, orelhas, lábios e até mamilos, também podem ser acometidas.

Mudanças na coloração da pele (tríade clássica)

O sinal mais típico do fenômeno de Raynaud é a alteração sequencial e bem demarcada da cor da pele, geralmente em três fases:

  • Palidez (fase branca): causada por vasoconstrição intensa, que reduz drasticamente o fluxo sanguíneo. A pele fica pálida ou esbranquiçada e fria ao toque.
  • Cianose (fase azul): nessa etapa, embora a quantidade de sangue que chega aos tecidos ainda seja muito pequena, o pouco que permanece ali é sangue venoso, ou seja, um sangue que já entregou oxigênio para os tecidos e está agora pobre em oxigênio. A falta de renovação desse sangue — ou seja, a ausência de sangue novo e oxigenado chegando ao local — faz com que os tecidos fiquem em um estado de hipóxia (baixo suprimento de oxigênio). Isso leva à coloração azulada ou arroxeada da pele, especialmente visível nas extremidades como dedos das mãos, dos pés, orelhas e nariz.
  • Rubor (fase vermelha): ocorre após o reaquecimento ou resolução do gatilho. A circulação é restabelecida de forma súbita, gerando vasodilatação e aumento do fluxo sanguíneo. Isso provoca vermelhidão, sensação de calor, formigamento ou latejamento.
Tríade clássica do fenômeno de Raynaud
Tríade clássica do fenômeno de Raynaud

Nem todos os pacientes passam pelas três fases em todas as crises — alguns experimentam apenas palidez e rubor, ou palidez seguida de cianose.

Os ataques geralmente duram entre 15 a 30 minutos, mas podem se prolongar dependendo da intensidade do estímulo e da presença de fatores agravantes. O reaquecimento e a resolução do estresse costumam encerrar o episódio.

Fenômeno de Raynaud
Dedos brancos no fenômeno de Raynaud

Sintomas sensoriais

Durante os episódios de vasospasmo, é comum que os pacientes relatem alterações sensoriais nas mãos, tais como:

  • Formigamento.
  • Dormência.
  • Sensação de picadas.
  • Dor ou queimação.
  • Sensação de rigidez nos dedos.
  • Dificuldade para realizar movimentos finos ou manipular objetos pequenos.

Em geral, os sintomas são bilaterais e simétricos nas mãos. A simetria é mais comum no Raynaud primário; assimetrias acentuadas podem indicar formas secundárias ou doenças associadas.

Outras manifestações possíveis

Além das mãos e pés, outras regiões também podem ser afetadas:

  • Orelhas e nariz: especialmente em climas frios, com sintomas semelhantes aos das mãos.
  • Mamilos: mais comum em mulheres lactantes, podendo causar dor intensa durante a amamentação, confundindo-se com infecções mamárias.
  • Lábios e língua: casos raros, mas possíveis.

Complicações

Na forma primária, o fenômeno de Raynaud raramente causa danos permanentes. Entretanto, nas formas secundárias — especialmente quando associadas a doenças autoimunes como a esclerose sistêmica — podem surgir complicações mais sérias, como:

  • Úlceras isquêmicas nas pontas dos dedos.
  • Infecções secundárias.
  • Dificuldade de cicatrização.
  • Gangrena (em casos graves e prolongados).

Essas complicações ocorrem quando há redução significativa e prolongada do fluxo sanguíneo nutricional, comprometendo a integridade dos tecidos.

Diagnóstico

O diagnóstico do fenômeno de Raynaud é predominantemente clínico, baseado no relato do paciente sobre episódios recorrentes de mudança de cor nos dedos ao serem expostos ao frio ou ao estresse.

Como já explicado, a sequência típica inclui palidez (devido à falta de fluxo sanguíneo), seguida de coloração azulada (pela presença de sangue desoxigenado) e, finalmente, vermelhidão ao reaquecimento (pelo retorno do fluxo sanguíneo). Esses episódios costumam ser reversíveis e duram de minutos a cerca de meia hora.

Durante a consulta médica, o profissional buscará características que ajudem a diferenciar entre a forma primária, geralmente benigna e isolada, e a forma secundária, que pode estar associada a doenças autoimunes, como esclerose sistêmica e lúpus. Sinais de alarme incluem início após os 40 anos, crises assimétricas, dor intensa, presença de feridas nos dedos ou outros sintomas sistêmicos.

Quando há suspeita de Raynaud secundário, pode-se solicitar exames laboratoriais (como anticorpos antinucleares, provas inflamatórias e função tireoidiana) e realizar a capilaroscopia do leito ungueal — exame simples e não invasivo que avalia a morfologia dos pequenos vasos na base das unhas. Alterações nesses capilares são comuns em doenças autoimunes, sendo úteis para confirmar o diagnóstico de uma forma secundária.

Na maioria dos casos de Raynaud primário, nenhum exame adicional é necessário, e o diagnóstico se mantém clínico. O acompanhamento ao longo do tempo é importante, já que alguns casos inicialmente classificados como primários podem evoluir e revelar uma causa secundária anos depois.

Tratamento do fenômeno de Raynaud

O tratamento do fenômeno de Raynaud tem como principais objetivos reduzir a frequência e a intensidade das crises, melhorar a qualidade de vida do paciente e, nos casos mais graves, prevenir complicações como úlceras e necrose digital. A abordagem terapêutica varia conforme o tipo da condição — primário ou secundário — e a gravidade dos sintomas.

Medidas não farmacológicas

A base do tratamento, especialmente nos casos leves ou primários, são as mudanças comportamentais e medidas de proteção contra o frio. O paciente deve evitar a exposição a temperaturas frias, mudanças bruscas de temperatura e fatores desencadeantes como estresse emocional. Manter o corpo aquecido é essencial: o uso de roupas térmicas, luvas, meias grossas e aquecedores portáteis ajuda a prevenir crises.

Outras orientações importantes incluem:

  • Evitar fumar, já que a nicotina provoca vasoconstrição e agrava os sintomas.
  • Evitar medicamentos vasoconstritores, como descongestionantes nasais, anfetaminas e alguns remédios para enxaqueca.
  • Reduzir o estresse emocional, que também pode desencadear as crises.
  • Ensinar o paciente a interromper um ataque, por exemplo, aquecendo as mãos em água morna ou friccionando os dedos.

Em muitos casos de Raynaud primário, essas medidas isoladas são suficientes para o controle adequado da doença.

Tratamento medicamentoso

Quando as medidas comportamentais não são suficientes — especialmente em casos mais intensos ou nas formas secundárias —, indica-se o uso de medicamentos com ação vasodilatadora, ou seja, que ajudam a dilatar os vasos sanguíneos e melhorar o fluxo sanguíneo para as extremidades.

Os principais medicamentos utilizados incluem:

  • Bloqueadores dos canais de cálcio (como anlodipino e nifedipino): são os medicamentos de primeira escolha. Eles reduzem a frequência e a gravidade das crises, com efeitos geralmente perceptíveis após algumas semanas de uso. Os efeitos colaterais mais comuns incluem dor de cabeça, inchaço nas pernas e queda de pressão arterial.
  • Inibidores da fosfodiesterase tipo 5 (PDE5), como o sildenafil ou tadalafila: podem ser usados quando os bloqueadores dos canais de cálcio não são tolerados ou não são suficientes, especialmente em casos associados à esclerose sistêmica.
  • Nitratos tópicos (como pomadas de nitroglicerina): podem ser aplicados localmente em dedos mais afetados, mas seu uso prolongado é limitado pelos efeitos colaterais, como dor de cabeça e queda de pressão.
  • Antagonistas dos receptores de endotelina-1: Bosentan é utilizado principalmente em pacientes com esclerodermia para reduzir a formação de úlceras digitais.
  • Outros medicamentos, como losartana (bloqueador dos receptores de angiotensina II) ou fluoxetina (antidepressivo que também atua como vasodilatador), podem ser usados em casos selecionados, dependendo das características do paciente.

Em situações em que há risco de complicações graves, como úlceras isquêmicas, necrose dos dedos ou dor intensa e constante, outras abordagens podem ser consideradas:

  • Uso combinado de medicamentos vasodilatadores.
  • Bloqueios simpáticos (injeções anestésicas para interromper o estímulo vasoconstritor do sistema nervoso).
  • Derivados de prostaglandinas: Iloprost, administrado por via intravenosa, é utilizado em casos graves de fenômeno de Raynaud secundário, ajudando a melhorar a perfusão digital.
  • Cirurgias de simpatectomia (em casos extremos).

Esses tratamentos são indicados principalmente em centros especializados e para pacientes com Raynaud secundário associado a doenças autoimunes graves, como a esclerose sistêmica.


Referências


Dr. Pedro Pinheiro

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.