VÍDEO: o que é a depressão?

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Transcrição do vídeo

Você sabia que o Brasil é o país da América Latina que tem o maior número de pessoas com depressão, de acordo com os dados da OMS divulgados este ano?

A depressão é uma condição real, que tem tratamento e se manifesta de forma diferente em indivíduo diferentes.

Se você tem depressão pode ter certeza que não está sozinho.

Nesse vídeo, eu vou explicar o que é essa doença que acomete mais de 300 milhões de pessoas no mundo todo.

« Vinheta »

A depressão é uma condição médica, que vai além da tristeza que todas as pessoas sentem eventualmente e causa sintomas duradouros e tão intensos, que alteram o modo como você se sente, como você pensa ou como você se comporta, muitas vezes interferindo com as suas atividades do dia a dia.

E apesar disso, a maior parte das pessoas não discute os seus sintomas com um médico, porque acham que a depressão não é uma doença de verdade, ou então têm medo do estigma associados às doenças psiquiátricas.

O problema é que a depressão, quando não tratada adequadamente, está associada a um maior risco de suicídio e baixa qualidade de vida e afeta não só o paciente, mas todos os que estão à volta dele.

Não se sabe exatamente o que causa a depressão, mas a gente sabe que existem fatores genéticos, ambientais, biológicos, como variações hormonais e alterações na química do nosso cérebro, que estão envolvidos na origem da doença.

Apesar de poder surgir em qualquer momento da vida do paciente, o mais comum é a depressão ser diagnosticada no fim da adolescência e início da vida adulta, sendo mais comum nas mulheres do que nos homens.

Os sintomas de depressão são:

  • sentimentos de tristeza, vazio e melancolia;
  • sentir-se desesperançoso e pessimista;
  • perda de interesse ou de prazer nas atividades habituais, como hobbies estar com amigos ou sexo;
  • redução do apetite, emagrecimento ou desejos alimentares e ganho excessivo de peso;
  • alterações do sono, que variam desde a insônia até dormir excessivamente;
  • falta de concentração, lapsos de memória, dificuldade de tomar decisões;
  • ansiedade, agitação ou inquietação;
  • lentificação dos pensamentos, da fala ou dos movimentos;
  • pensamentos recorrentes sobre a morte ou suicídio;
  • cansaço e perda de energia, até pra fazer tarefas simples;
  • sensação de culpa, inutilidade ou de fracasso;
  • e acessos de raiva, irritabilidade ou frustração, que podem ser desproporcionais a situação em questão.

Para se ter o diagnóstico de depressão, é preciso haver pelo menos cinco desses sintomas, na maior parte do dia, quase todos os dias, por pelo menos duas semanas.

Além dos sintomas psiquiátricos é importante lembrar que a depressão pode causar também sintomas físicos, como dores articulares, dores nas costas, dor de cabeça e sintomas gastrointestinais.

Muitas vezes, o paciente anda de médico em médico procurando uma solução para o seu problema físico, quando, na verdade, tem um quadro depressivo não diagnosticado.

E quem é que está sob maior risco de apresentar depressão?

  • Pessoas com história familiar de depressão ou de outras doenças psiquiátricas;
  • pessoas que já têm outras condições psiquiátricas, como ansiedade, distúrbios alimentares ou stress pós-traumático;
  • pessoas que usam drogas ilícitas ou abusam do álcool;
  • pessoas com baixa autoestima, muito dependentes, autocríticas ou pessimistas;
  • pessoas que sofreram experiências traumáticas na infância;
  • pessoas submetidas a situação de estresse, como dificuldades financeiras ou problemas conjugais;
  • e pessoas com doenças crônicas ou graves, como câncer, dores crônicas ou doença cardíaca, por exemplo.

É muito importante que o paciente seja avaliado por um médico e que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível, porque as pessoas com depressão que não são tratadas apresentam maior risco de suicídio.

O tratamento da depressão é geralmente feito com medicação antidepressiva e psicoterapia.

Com tratamento adequado, cerca de 70 a 80% dos pacientes notam uma redução significativa dos sintomas em uma a duas semanas.

Se você quiser saber mais sobre a depressão, incluindo a depressão pós-parto, acesse os links do MD.Saúde que estão aqui na descrição desse vídeo.

Até a próxima!


Referências


Autor(es)

Médica graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade do Porto. Nefrologista pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e pelo Colégio de Nefrologia de Portugal.

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