Cigarro eletrônico faz mal?

Dr. Pedro Pinheiro

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O que é o cigarro eletrônico?

O cigarro eletrônico, também chamado de e-cigarro, é um dispositivo movido à bateria, que simula a experiência de um cigarro comum, supostamente com menos riscos à saúde por conter apenas vapores de nicotina, sem o alcatrão nem as centenas de outras substâncias nocivas do cigarro. Porém, conforme explicaremos, ter menos risco não significa estar isento de riscos.

Os cigarros eletrônicos têm ganhado popularidade nos últimos anos, principalmente entre a população mais jovem e os fumantes que desejam uma forma menos nociva de consumir a nicotina. Mesmo no Brasil, onde o e-cigarro tem a sua comercialização proibida*, o produto tem gerado muita curiosidade e angariado adeptos, que adquirem o dispositivo através da Internet ou em viagens a países que permitem a sua venda, tais como Estados Unidos, França, Itália ou Portugal.

* No Brasil, a lei não permite a produção e a comercialização dos cigarros eletrônicos, mas o seu uso não é considerado crime.

Neste artigo vamos fornecer uma visão geral sobre o cigarro eletrônico, incluindo informações sobre os diferentes tipos de dispositivos, efeitos adversos para a saúde, uso como tratamento para parar de fumar e o seu impacto sobre a saúde pública.

Se você procura informações sobre os malefícios do cigarro comum, não deixe de ler também os seguintes artigos:

Como é o cigarro eletrônico?

Os cigarros eletrônicos entraram no mercado em 2003, na China. Em 2006, eles chegaram aos Estados Unidos e à Europa. Na maioria dos países, os e-cigarros entram no mercado como produtos comuns, sem regulamentação do governo. Somente nos últimos anos, com a popularização do produto, é que os órgãos estatais de controle de vários países passaram a prestar mais atenção ao cigarro eletrônico.

Como é um cigarro eletrônico


Inicialmente, os cigarros eletrônicos eram produzido por pequenas empresas, mas já há alguns anos, de olho no rápido crescimento desses produtos, as grandes empresas de tabaco adquiriram e passaram a desenvolver também essa forma de cigarro.

Os cigarros eletrônicos consistem em:

  • Um reservatório que contém um líquido, geralmente rico em nicotina.
  • Um atomizador, que é o dispositivo responsável por aquecer o líquido e gerar o vapor.
  • Um sensor que ativa o atomizador toda vez que o usuário faz uma inalação (alguns funcionam através de um botão).
  • Uma bateria.
  • Um recarregador de bateria.

O utilizador ativa o atomizador através da inalação ou ao apertar um botão, dependendo das características do dispositivo. O atomizador aquece o líquido no reservatório e cria uma fumaça de vapor, que se parece, mas não é igual à fumaça dos cigarros comuns. O cigarro eletrônico, portanto,  simula a experiência de fumar um cigarro convencional, mas sem combustão e sem a inalação de todas as substâncias tóxicas presentes no tabaco.

Os primeiros e-cigarros foram concebidos de forma a terem um design muito parecido com os cigarros convencionais, tanto em formato quanto em tamanho. Existiam até versões descartáveis, que não podiam ser recarregadas. O paciente fumava e jogava fora o e-cigarro quando o seu conteúdo acabava.

Com o passar dos anos, a tecnologia por trás dos cigarros eletrônico evoluiu. Atualmente, a maioria dos e-cigarros tem uma aparência mais parecida com a de uma grande caneta. Eles possuem baterias de longa duração, que podem ser recarregadas, reservatórios de líquido que podem ser reabastecidos, reguladores para controlar a quantidade de vapor e a temperatura do atomizador, luz LED e uma grande variedade de opções em relação a cores e aparência do e-cigarro, como pode ser visto na imagem mais abaixo.

Quais substâncias existem no líquido do e-cigarro?

Ao contrário dos cigarros convencionais, que queimam tabaco pra gerar fumo, os cigarros eletrônicos vaporizam um líquido, que alguns chamam de e-líquido, e-suco ou e-juice. Esse e-líquido é comprado à parte em pequenos frascos (chamados de refills), já havendo no mercado mais de 7000 variações de sabores.

Muitas pessoas acreditam incorretamente que esses e-cigarros produzem vapor de água, quando, na verdade, eles criam aerossóis que contêm substâncias químicas nocivas e partículas ultra-finas que são inaladas para os pulmões.

A maior parte dos líquidos à venda são compostos por nicotina (existem também e-líquidos sem nicotina), propilenoglicol (glicerol) e aromas. Porém, uma grande variedade de outras substâncias já foram identificadas, tais como estanho, chumbo, níquel, crômio, nitrosaminas e compostos fenólicos, alguns destes com potencial carcinogênico, conforme veremos mais à frente quando formos discutir os malefícios dos e-cigarros.

Cigarros eletrônicos
Diversas opções de cigarro eletrônico

O teor de nicotina contido no e-líquido costuma variar de zero até 36 mg/mL. As concentrações mais comuns são as de 6 mg/mL, 12 mg/mL, 18 mg/mL ou 24 mg/mL.

Porém, estudos têm mostrado que o teor de nicotina atestado pelos fabricantes nem sempre é confiável, sendo frequentemente maior do que aquele indicado nos rótulos. Há inclusive e-líquidos que dizem ser livres de nicotina, mas que ao serem analisados, apresentavam nicotina no seu conteúdo.

Quais são os malefícios do cigarro eletrônico?

Se por um lado parece ser verdade que o cigarro eletrônico é menos prejudicial que os cigarros convencionais, também é verdade que eles não são de forma alguma produtos isentos de riscos à saúde.

Por ser um produto relativamente novo e que passou a receber atenção dos órgãos governamentais somente recentemente, não há ainda grandes estudos científicos sobre as consequências do uso prolongado do e-cigarro. Apesar de teoricamente ser mais seguro que o cigarro comum, não há evidencias científicas que confirmem essa suposta maior segurança. Esse é o motivo pelo qual países como Brasil, Áustria, Argentina, Canadá e Colômbia não permitem a sua comercialização. Outros, como Austrália, Dinamarca, Bélgica e Austrália só permitem a venda de cigarros eletrônicos sem nicotina.

Mas as preocupações com o cigarro eletrônico não estão apenas relacionadas à falta de estudos a longo prazo. Algumas das substâncias presentes no e-líquido são sabidamente nocivas.

Nicotina

A nicotina, por exemplo, é uma substância, que além de altamente viciante, também causa danos à saúde. Pessoas que fumam cigarros eletrônicos conseguem inalar quantidades de nicotina muito parecidas com aquelas inaladas nos cigarros comuns.

A nicotina está relacionada, entre outros efeitos, a um aumento do risco de eventos cardiovasculares, a atraso no desenvolvimento fetal, maior risco de aborto espontâneo, maior risco de parto prematuro e a alterações no desenvolvimento cerebral de jovens e adolescentes.

O consumo agudo de doses elevadas de nicotina tem potencial de intoxicação, provocando sintomas que vão desde náuseas e vômitos até convulsões e depressão respiratória, nos casos mais graves. Isto é particularmente verdadeiro em crianças, cujo limiar para intoxicação por nicotina é bem mais baixo que nos adultos. Já há casos, inclusive, de crianças que morreram por envenenamento após usarem os e-cigarros dos pais. Só para se ter uma ideia do risco, a dose de nicotina considerada potencialmente fatal para uma criança é de 10 mg. Um refill comum de 5 mL de e-líquido na concentração de 18 mg/dL possui 90 mg de nicotina, 9 vezes mais que a dose potencialmente fatal.

Como muitos cigarros eletrônicos são ativados pela inalação, é muito fácil para uma criança, querendo imitar os pais, conseguir fumar um cigarro eletrônico. Esse é um dos motivos pelo qual alguns países estão exigindo que os e-cigarros venham com algum tipo de lacre de segurança contra o uso acidental por parte das crianças.

Substâncias carcinogênicas

Como já referido anteriormente, várias das substâncias carcinogênicas do cigarro convencional podem ser encontradas em algumas marcas de e-cigarro.

Testes laboratoriais realizadas em 2009 pelo FDA (o órgão norte-americano equivalente à ANVISA) identificaram produtos químicos cancerígenos e tóxicos, incluindo ingredientes usados como anti-congelante, em 20 marcas de e-cigarros.

Pouco se sabe sobre a segurança geral ou os efeitos carcinogênicos do propilenoglicol ou glicerol quando aquecido e aerossolizado.

Em altas temperaturas, o propilenoglicol se decompõe e pode formar óxido de propileno, um provável carcinógeno humano. O glicerol produz a toxina acroleína, embora os níveis produzidos sejam menores que os cigarros convencionais. Tanto o propilenoglicol como o glicerol se decompõem para formar os carcinógenos formaldeído e acetaldeído, com níveis que dependem da voltagem da bateria usada no e-cigarro. 

Um estudo de 2014 descobriu que o aerossol produzido a partir dos cigarros eletrônicos com maior potência do atomizador continha grandes quantidades de formaldeído e acetaldeído.

Outras substâncias perigosas

Os sabores artificiais dos cigarros eletrônicos são também uma fonte de preocupação, não só porque eles servem para atrair o público mais jovem, mas porque eles próprios podem ser nocivos. Os fabricantes dos e-cigarros dizem que os aromas artificias são seguros, pois eles são os mesmos utilizados nos alimentos industrializados. O problema, porém, é que a segurança destes aromatizantes só foi estudada em relação à ingestão. Não sabemos se a vaporização e a inalação destes produtos é segura.

Além disso, algumas marcas de cigarro eletrônico utilizam o diacetil, que é um produto químico com sabor amanteigado, frequentemente presente nas pipocas de microondas, que estão associados a uma grave e irreversível lesão do pulmão, vulgarmente conhecida como “pulmão da pipoca” ou “doença da pipoca de microondas”.

Estudos em animais e em laboratórios sugerem que mesmo os cigarros eletrônicos sem nicotina podem fazer mal aos pulmões. Esses trabalham mostraram que o vapor inalado irrita as células e atrapalha o bom funcionamento dos tecidos e cílios do tecido da árvore respiratória.

Doença pulmonar de origem ainda obscura

A partir de Julho de 2019, centenas de caso de uma misteriosa doença pulmonar começaram a ser descritos por todos os Estados Unidos. Em comum, havia o fato dos pacientes serem usuários de cigarros eletrônicos.

Os sintomas mais frequentes desse quadro respiratório são tosse, falta de ar e cansaço. Alguns pacientes também apresentavam febre, dor no peito, perda de peso, náusea e diarreia.

A maioria dos pacientes respondeu bem ao tratamento com corticoides, mas vários casos graves foram descritos, com necessidade de ventilação mecânica e alguns óbitos.

Até o momento, nenhum produto químico específico ou agente infeccioso foi identificado como culpado, embora em muitos casos – mas não todos – a substância inalada seja um canabinoide, produto derivado do THC, substância ativa da maconha.

Explosões

Falhas da bateria do e-cigarro podem resultar em explosões e queimaduras. Um estudo publicado pelo Jornal Britânico de Medicina (BJM) mostrou que entre 2015 a 2017 os departamentos de emergência dos hospitais dos EUA atenderam a cerca 2000 casos de queimaduras resultantes de explosões de e-cigarros.

Cigarro eletrônico como tratamento para parar de fumar

Como o cigarro comum é um dos mais nocivos produtos de livre comercialização já criados, é natural que, mesmo com todos os problemas, os cigarros eletrônicos ainda consigam ser menos maléficos à saúde.

Algumas das vantagens dos cigarros eletrônicos em relação ao cigarro tradicional são:

  • Exposição a menos substâncias químicas tóxicas, ainda que haja substâncias tóxicas no e-cigarro.
  • Não deixa os dentes amarelados.
  • Não provoca mau cheiro.
  • É menos poluente.
  • É mais barato.
  • O fumo passivo parece ser menos tóxico.
  • Parece haver um menor risco de doenças pulmonares, apesar de haver riscos.

Ainda que existam algumas vantagens, por tudo o que foi exposto até aqui, a imensa maioria dos médicos e das associações médicas não recomenda o cigarro eletrônico como forma de tratamento para o tabagismo por conta de 4 problemas:

1- Os cigarros eletrônicos aparentemente não são produtos isentos de toxicidade. Há opções mais seguras e com maior embasamento científico, como fármacos e chicletes ou adesivos de nicotina.

2- As pessoas que usam o e-cigarro até diminuem o consumo de cigarros tradicionais, mas um estudo de 2013 mostrou que 77% dos usuários do cigarro eletrônico continuam a fumar cigarros comuns. Em muitos casos, o consumo de nicotina não é reduzido e o paciente continua tão viciando quanto antes.

3- Não há conhecimento científico adequado sobre esse produto. Não sabemos se a longo prazo o cigarro eletrônico é realmente mais seguro que os cigarros convencionais.

4- O estímulo ao uso do cigarro eletrônico pode, após anos de queda consistente, devido às campanhas anti-tabágicas, provocar um aumento no número de pessoas viciadas em nicotina. A falsa impressão de segurança pode fazer com que o número de fumantes volte a crescer. Há estudos que mostram que ex-fumantes, que tinham parado completamente de fumar cigarros comuns, voltaram a fumar, agora com cigarros eletrônicos.

Do ponto de vista de saúde pública, a popularização do cigarro eletrônico pode significar um passo atrás no controle do tabagismo. Já há, inclusive, pessoas que querem fumar o e-cigarro em locais fechados, pois acham que o fumo passivo deste tipo de cigarro é seguro.

O que sabemos até o momento

  • Usar e-cigarros é provavelmente menos prejudicial à saúde do que fumar cigarros convencionais, mas não sabemos exatamente o quão seguros eles são para os fumantes ativos e passivos.
  • O cigarro eletrônico mantém a exposição do usuário à nicotina, muitas vezes em níveis semelhantes ao do cigarro comum. A nicotina é uma substância altamente viciante, mas o seu consumo a longo prazo não parece elevar o risco cardiopulmonar nem de câncer.
  • As consequências para a saúde da exposição ao vapor do e-líquido ainda são desconhecidas, mas os estudos iniciais apontam para alterações na função respiratória. Essas alterações, porém, parecem ser menos graves que aquelas provocadas pelo cigarro comum.
  • O uso de alguns produtos derivados do THC nos e-cigarros parece estar associado a grave complicação pulmonar aguda.

Referências


Autor(es)

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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Comentários e perguntas

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15 respostas para “Cigarro eletrônico faz mal?”

  1. Ana Carmen

    Quero PARAR de fumar completamente.

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Há tratamento. Se você não consegue parar sozinha, procure um pneumologista. Ele com certeza irá te ajudar.

  2. Tatiana

    Doutor, para grávidas o que o senhor acha do sem nicotina?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Grávida não tem que usar nenhuma versão de cigarro, mesmo sem nicotina.

  3. P

    O que eu posso dizer sobre o artigo, achei justo, bem interessante, até porque tem fontes de pesquisa, e SIM eu uso pod as vezes com alto nível de nivotina as vezes com baixo nível, e o que eu posso dizer sobre isso, é a minha experiência, a final sou usuaria de cigarro eletrônico e no passado não tão distante usei cigarro “normal” e SIM pela minha experiência posso afirmar que não tem dúvida que o cigarro “normal” é podre, como me fazia mal, meu corpo já estava rejeitando, eu fumava e não sentia nenhum prazer, pelo contrário sentia uma forte náusea, e não adianta comprar as melhores marcas de cigarro porque sendo esses tipos de cigarros com alto índice de produtos tóxicos comprovados, te MATA, e mata muito RÁPIDO, É ALTAMENTE NOCIVO A SAÚDE, agora o uso do cigarro eletrônico no Brasil é proibido??? Kkkkkk sério esse País precisa ser estudado é muita hipocrisia e maldade, gente ambiciosa e mal caráter, visam o lucro e a falta de informação para continuar matando mais e mais pessoas, obviamente que o vipe, pod cigarros eletrônicos em geral também são prejudiciais, nós que somos adeptos do uso sabemos disso, PORÉM, entre um cigarro que é PODRE e outro que ainda precisa ser mais estudado e já foi comprovados por alguns estudos que é 99% menos prejudicial que o outro, EU fico com cigarro eletrônico.

    1. Jefferson

      Perfeito !! Você esclareceu perfeitamente. Fumei cigarro durante 27 anos. Fumo eletrônico há 10 anos. Tenho a sorte de ter encontrado eletrônico, talvez estivesse com graves sequelas. Pedalo 60 km toda semana, faço caminhadas longas e nunca tive nada no pulmão devido ao eletrônico. Acho que os hipócritas deveriam bater muito mais forte no tabaco convencional.

  4. Nickolas

    Obrigado pelo artigo. Achei as informações imparciais e justas, irei iniciar o uso de cigarro eletrônico, porém sabendo e assumindo os reais riscos

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Esse é o objetivo do texto, ajudar as pessoas a tomar decisões mais informadas.

  5. Marcelo

    Parabéns pela matéria de bom senso. Encontra-se muitos “experts” (entre aspas) que não sabem nem como funcionam o produto. Sabemos que o correto é parar com tudo isso MAS, para nós, que ainda não encontramos solução para pararmos definitivamente com o tabagismo, o comentário do “Tio Patinhas” foi excelente.

  6. MÁRCIO MAGALHÃES

    Eu fumante há 31anos .comigo,adesivos de nicotina não funcionou,chiclete não funcionou tudo placebo.comprei um vape no eua fui baixando o nivel de nicotina.hoje 19/05/2017 faço 5 meses sem cigarro.o cigarro eletrônico aposentado.para mim alguem recebe muito dinheiro das empresas tabagistas(SOUZA CRUZ) para continuar vendendo os maldito CIGARROS. e ficam colocando fotinha de coração costurado,pulmão preto tudo balela.para um viciado essas fotos não significam nada.

  7. Tio patinhas

    A cada dois fumantes: 1 morre; o outro pode dar trabalho pra família.

    Cigarro eletrônico é como comer enlatados. Cigarro normal é como comer esgosto radioativo.

    E ainda ficamos com dúvida qual comer..

    1. jadi moreno

      Que plausível sua fala ! Amei !

    2. Marcelo

      Bem colocado!!!

  8. Mario Almeida

    nossa que ótimo artigo amigo vlw mesmo obrigado!

    1. Ruth

      Adorei o artigo. Simplesmente esclarecedor, não restando duvidas sobre o tema. Obrigado e parabéns !