VÍDEO: Gases – Por que soltamos puns e arrotos?

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Transcrição do vídeo

No vídeo de hoje, eu vou falar sobre um assunto um pouco desagradável, mas extremamente pertinente para a maioria das pessoas.

Por que soltamos puns e arrotos?

Fiquem ligados!

# VINHETA #

O ser humano elimina, em média, até um litro e meio de gases através do ânus, em uma frequência de 5 a 20 puns por dia.

Todo mundo solta pum, todo mundo solta arroto. Eu, você, a rainha da Inglaterra, o papa, Barack Obama, o Neymar, o Michel Temer e, acreditem ou não, até a Scarlett Johansson, o Brad Pitt e a Beyoncé passam um dia soltando pum.

Enfim, seja bonito ou feio, jovem ou idoso, famoso ou anônimo, todo mundo produz uma grande quantidade de gás no sistema digestório.

O flato, conhecido popularmente como pum, é composto basicamente por 5 gases: nitrogênio, oxigênio, dióxido de carbono, hidrogênio e metano. Esses cinco gases somam 99% dos elementos presentes no pum.

A eructação, vulgarmente conhecida como arroto, tem composição parecida, mas ela é mais rica em oxigênio e nitrogênio, enquanto o pum tem predominantemente dióxido de carbono, hidrogênio e metano.

E você sabe qual desses gases é o responsável pelo mau cheiro do pum?

Nenhum deles. Esses cinco gases são basicamente inodoros.

A culpa também não é das fezes. Ao contrário do que se imagina, o pum não cheira mal porque passa pelas fezes antes de ser eliminado.

O que causa mau cheiro é exatamente o 1% restante dos gases, que são compostos basicamente por enxofre, como o sulfeto de hidrogênio.

Isso explica porque nem todos os puns têm cheiro ruim. Se não houver um aumento da produção de gases com enxofre, o pum pode não ter cheiro algum.

O sulfato de hidrogênio é um gás com cheiro fortíssimo, tipo ovo podre, que em altas concentrações pode ser tóxico e altamente inflamável, motivo pelo qual o pum costuma ser usado para algumas brincadeiras bastante estúpidas por parte dos adolescentes.

Os gases intestinais são produzidos pelas milhões de bactérias que vivem no nosso trato digestório e participam do processo de digestão, principalmente de carboidratos e proteínas.

Alguns tipos de carboidratos são mais difíceis de serem digeridos no intestino delgado e acabam chegando em grande quantidade o cólon, onde são metabolizados e fermentados pelas bactérias que lá vivem.

Os alimentos que mais estimulam a produção de gases pelas bactérias são: feijão, ovos, leite, batata, milho, brócolis, aspargos, alho, repolho, refrigerantes, couve-flor e cebola.

O sulfato de hidrogênio, que causa o odor desagradável do pum, normalmente é produzido após a ingestão de proteínas, como ovos ou carne de porco, e alguns tipos de vegetais, como brócolis, feijão, cebola e repolho.

Já no caso dos arrotos, a origem principal é o ar que engolimos enquanto comemos. Nós não reparamos, mas durante a refeição deglutimos volumes enormes de ar. E quanto mais rápido se come, maior é a quantidade de ar que vai para o estômago.

Também é comum haver deglutição de ar quando se mastiga um chiclete ou se fuma um cigarro.

Outra fonte frequente de gases estomacais são as bebidas gaseificadas.

Na grande maioria dos casos, o excesso de gases intestinais é provocado apenas pela dieta, não havendo nenhuma doença por trás. Uma simples mudança no tipo de alimentação costuma ser suficiente para melhorar a situação.

É importante ressaltar que os alimentos que podem causar gases em uma pessoa não necessariamente causarão em outras, pois a flora microbiana intestinal varia de pessoa para pessoa.

Por isso, tente registrar diariamente que tipo de alimentos você anda ingerindo, para conseguir identificar quais são os que provocam mais gases em você.

Já no caso dos arrotos, a melhor solução é comer mais devagar, evitar o cigarro, os refrigerantes e os chicletes.

A gente só costuma se preocupar com os puns e os arrotos se houver outros sinais e sintomas associados, tais como: perda de peso, perda do apetite, diarreia persistente, anemia, sangue nas fezes ou dor abdominal.

Se você tiver qualquer um desses sintomas, uma visita ao médico está indicada.

Se você quiser saber mais sobre os gases intestinais, acesse os links que estão aqui embaixo na descrição do vídeo. Não deixe também de assinar o nosso canal para ser avisado sempre que publicarmos um vídeo novo.

Até a próxima!


Referências


Autor(es)

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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