Vídeo: A anestesia geral é perigosa?

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Transcrição do vídeo

Apesar de ser muito temida pela população, anestesia geral é um procedimento muito seguro.

As complicações que os pacientes sofrem durante e depois dos procedimentos cirúrgicos decorrem, na imensa maioria dos casos, da própria cirurgia e não da anestesia geral.

Neste vídeo vamos explicar de forma resumida o que é a anestesia geral e porque ela é muito mais segura do que você imagina.

O termo anestesia significa, literalmente, ausência de sensação. Os mais antigos relatos de uso de substâncias com propriedades anestésicas vêm da mesopotâmia e têm mais de 5 mil anos.

Substâncias, como ópio, o álcool e alguns alcaloides foram usados como anestésicos por vários séculos por sumérios, egípcios, chineses, gregos e romanos.

Aqui nas Américas, os incas usavam folhas de coca como forma de anestesia para cirurgias no crânio, o que inspirou os médicos do século XIX a usarem cocaína como anestésico.

Porém, a cocaína é uma droga um pouquinho viciante e pode provocar alguns efeitos desagradáveis, como, por exemplo, um enfarto do miocárdio.

Por isso, a medicina moderna precisou evoluir para formas mais seguras de anestesia.

Substâncias utilizadas até hoje em anestesias locais, como a benzocaína, a lidocaína e a procaína apresentam propriedades moleculares semelhantes à cocaína, porém com muito menos riscos à saúde.

Os anestésicos locais são ótimos para impedir a dor quando a cirurgia é curta e fica restrita a uma área pequena e superficial do corpo, como a pele, por exemplo.

A sensação de dor é transmitida ao cérebro através de impulsos elétricos que são gerados pelos nervos no local da lesão.

Os anestésicos locais agem diretamente nos nervos periféricos, bloqueando a transmissão de sinais em direção ao cérebro.

A anestesia geral é feita com uma mistura de medicamentos por via intravenosa e inalatória, que agem diretamente no cérebro cortando a sensação de dor, provocando inconsciência e profundo relaxamento muscular.

O problema é que para realizar cirurgias demoradas e de grande porte, que necessitam que o paciente fique imóvel por várias horas, os anestésicos locais não são suficientes.

E é aí que entra a anestesia geral. Um paciente sob anestesia geral torna-se incapaz de sentir dor, movimentar qualquer parte do corpo, formar memórias ou reagir a  qualquer estímulo do ambiente.

Esse estado de total submissão pode até parecer assustador, mas é graças a ele que grandes e longos procedimentos cirúrgicos podem ser realizados com segurança pela equipe médica.

Durante a cirurgia, o anestesista tem total controle sobre as suas funções vitais, incluindo a respiração, os batimentos cardíacos e a pressão arterial.

Ao mínimo sinal de instabilidade, o médico é capaz de agir prontamente, o que torna essa modalidade de anestesia a mais segura para os pacientes em estado grave.

Quando a cirurgia vai chegando perto do fim, a quantidade de anestésicos administrada vai sendo progressivamente reduzida, de forma que o paciente possa acordar alguns minutos depois do fim do procedimento.

Quando o paciente acorda, ele já está operado e não se lembrará de praticamente nada do que aconteceu logo antes e logo depois do procedimento cirúrgico.

Apesar de ser muito temida pela população, a taxa de mortalidade da anestesia geral é de apenas 1 caso para cada 100 mil procedimentos, o que equivale a 0,001%.

Se formos levar em conta apenas as cirurgias feitas em pessoas com boas condições de saúde, a taxa de mortalidade é de apenas uma a cada 1 milhão de anestesias.

Na imensa maioria dos casos em que algo de errado ocorre durante a anestesia geral, a culpa não é da anestesia, mas sim da cirurgia ou da própria doença do paciente.

O papel da anestesia geral é exatamente o oposto daquele que as pessoas imaginam; ela não aumenta o risco de morte, pelo contrário, ela torna uma cirurgia complexa e de alto risco mais segura e mais fácil de ser executada.

Se você quiser saber mais sobre anestesia geral e outras formas de anestesia, acesse os links do site MD. Saúde que estão aqui embaixo na descrição do vídeo. Não deixe também de assinar o nosso canal para receber os vídeos mais recentes produzidos pela nossa equipe.

Até a próxima.

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Referências


Autor(es)

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

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