Insuficiência renal crônica: sintomas e tratamento

Atualizado em
Comentários: 116

O que é insuficiência renal crônica?

Chamamos insuficiência renal a condição na qual os rins perdem a capacidade de efetuar suas funções básicas. A insuficiência renal pode ser aguda, quando ocorre súbita e rápida perda da função renal, ou crônica, quando esta perda é lenta, progressiva e irreversível.

Aqui explicaremos apenas a insuficiência renal crônica. Para ler sobre a insuficiência renal aguda, acesse o seguinte link: Insuficiência renal aguda – Sintomas e Tratamento.

Portanto, a insuficiência renal crônica, também chamada doença renal crônica (DRC), é uma doença caracterizada pela perda lenta e continuada da função dos rins, fato que provoca, entre outras alterações, o progressivo acúmulo de toxinas e lixos metabólicos no sangue. É atualmente um problema de saúde pública mundial, pela incidência cada vez mais elevada na população.

Os rins são órgãos complexos, responsáveis por múltiplas funções no nosso organismo. Entre as principais, podemos citar:

  • Eliminação de toxinas.
  • Eliminação de substâncias inúteis ou em excesso na corrente sanguínea.
  • Controle dos níveis de eletrólitos (sais minerais) do sangue.
  • Controle do nível de água do corpo.
  • Controle do pH do sangue.
  • Produção de hormônios que controlam a pressão arterial.
  • Produção de vitamina D.
  • Produção de hormônios que estimulam a produção de hemácias pela medula óssea.

O paciente com doença renal crônica apresenta deficiências em cada uma dessas funções, o que o leva a ter sérios problemas de saúde em fases avançadas da doença.

Informações em vídeo

Antes de seguirmos, veja esse curto vídeo de 3 minutos, produzido pela equipe do MD. Saúde, que explica de forma simples a insuficiência renal e o exame da creatinina.

YouTube video

Sintomas

Como a instalação da insuficiência renal crônica costuma se dar lentamente, o nosso organismo tem tempo para ir se adaptando a este mau funcionamento dos rins, fazendo com que não tenhamos sinais ou sintomas até fases bem tardias da doença. A principal característica da doença renal crônica é ser uma doença silenciosa.

Muitas pessoas julgam que podem identificar um rim doente pela dor ou pela diminuição do volume de urina. Nada mais falso. O rim apresenta pouca inervação para dor, por isso só dói quando está inflamado ou dilatado. Como na maioria dos casos de insuficiência renal crônica nem um, nem outro ocorrem, o paciente pode muito bem descobrir que precisa de diálise sem nem sequer ter sentido uma única dor renal na vida.

O volume de urina também não é um bom indicador da saúde dos rins. Ao contrário da insuficiência renal aguda (IRA), na qual a redução da produção de urina é um fator quase sempre presente, na insuficiência renal crônica, como a perda de função é lenta, o rim adapta-se bem, e a capacidade de eliminar água mantém-se estável até fases bem avançadas da doença. Na verdade, a maioria dos pacientes que precisam entrar em diálise ainda urinam pelo menos 1 litro por dia.

Portanto, na maioria dos casos, até fases bem avançadas da doença, a insuficiência renal crônica não causa nenhum sintoma ou sinal.

Os pacientes com IRC em fases avançadas podem apresentar anemia e agravamento dos valores da pressão arterial e edemas dos membros inferiores. Quando o rim entra em fase terminal, os sintomas que surgem são fadiga, náuseas e vômitos, perda do apetite, emagrecimento, falta de ar, hálito forte (com cheiro de urina) e edemas generalizados.

Diagnóstico

Como não há sintomas até fases avançadas da doença, a insuficiência renal crônica é normalmente detectada através de análises de sangue, através da dosagem da ureia e da creatinina.

A creatinina é o melhor marcador da função renal. Quando os rins começam a perder função, seus valores sanguíneos se elevam (leia: Ureia e Creatinina). No entanto, um valor elevado de creatinina pode ocorrer em contextos agudos e isoladamente não é suficiente para definir o diagnóstico de doença renal crônica.

Para confirmação da DRC, é preciso que existam alterações da função ou da estrutura renal, mantidas por pelo menos três meses. Dentre estas alterações podemos destacar:

  • Presença de perda de proteínas pela urina (proteinúria ou albuminúria).
  • Alterações no exame simples de urina como hematúria.
  • Alterações da estrutura dos rins detectadas em exames de imagem ou anomalias em biópsia renal.
  • Alterações de eletrólitos no sangue relacionadas à doença renal tubular.
  • Presença de redução da taxa de filtração glomerular abaixo de 60ml/min.
  • Presença de transplante renal.

Se você quiser estimar sua taxa de filtração glomerular, acesse as nossas calculadoras online na página: Calculadoras do clearance de creatinina (TFG).

A pesquisa de ureia e creatinina no sangue nos dão informações a respeito da função renal, enquanto os exames de urina, de imagem e a biópsia renal nos fornecem dados importantes a respeito de mudanças estruturais, do tecido renal, que quando estão presentes por período maior que três meses, também são suficientes para enquadrar o paciente como insuficiente renal crônico. 

O exame de urina pode dar indícios de que existe doença renal ao revelar perdas de proteínas, sangramento ou inflamação do trato urinário. Para saber mais sobre esses assuntos, acesse os seguintes links:

As análises laboratoriais também permitem detectar complicações da doença renal crônica precocemente, como graus iniciais de anemia, alterações dos eletrólitos (principalmente cálcio, fósforo e potássio), alterações do hormônio PTH (que controla a saúde dos ossos), dos valores de pH do sangue, etc.

A ultrassonografia dos rins também é um exame importante, pois ela mostra a morfologia renal, podendo indicar se os rins já têm sinais de atrofia ou anomalias como a doença renal policística. Todavia, é importante ressaltar que uma ultrassonografia renal sem alterações de modo algum é suficiente para se descartar a hipótese de DRC.

Finalmente, temos a biópsia renal que pode confirmar o comprometimento do tecido renal mesmo quando os valores de ureia e creatinina encontram-se ainda em níveis normais.

Fatores de risco

Diversas doenças podem atacar os rins e levar a perda permanente da sua função. Em geral, a doença renal crônica surge quando o rim sofre agressões contínuas e prolongadas, como nos casos de pacientes com diabetes ou hipertensão arterial mal controlada.

As doenças que mais frequentemente levam à insuficiência renal crônica são:

Se você tem qualquer uma das doenças acima, é imprescindível que faça um acompanhamento regular da sua creatinina. Pelo menos uma vez por ano deve-se dosar a creatinina, a ureia e realizar um exame simples de urina.

Estádios da doença renal crônica

Os dois rins filtram em média 180 litros de sangue por dia, mais ou menos 90 a 125 ml por minuto. Esta é a chamada taxa de filtração glomerular (TFG) ou clearance de creatinina. As fases da insuficiência renal crônica são divididas conforme a taxa de filtração glomerular, que pode ser estimada através dos valores da creatinina sanguínea.

Existem diversas fórmulas matemáticas para se estimar o grau de funcionamento dos rins a partir dos valores da creatinina. Hoje em dia, a maioria dos laboratórios já faz esse cálculo automaticamente quando se solicita a dosagem da creatinina.

A insuficiência renal é muitas vezes uma doença progressiva, com piora da função ao longo dos anos. Alguns fatores como diabetes e hipertensão mal controlados aumentam o risco de rápida perda de função dos rins.

Dividimos as fases da doença renal crônica em 5 estágios (ou estadios)

DRC estadio 1

Pacientes com taxa de filtração glomerular maior que 90 ml/min, porém com alguma das doenças descritas acima (diabetes, hipertensão, rins policísticos, etc.)

Os pacientes que possuem uma ou mais dessas doenças têm sempre algum grau de lesão renal, que, no entanto, podem ainda não se refletir na capacidade de filtração do sangue. São pacientes com função renal normal, sem nenhum tipo de sintoma, mas sob alto risco de deterioração da função renal a longo prazo.

Pacientes com creatinina normal, mas com alterações no exame de urina, com sinais de sangramento ou perda de proteínas na urina, também entram neste estádio.

DRC estadio 2

Pacientes com taxa de filtração glomerular entre 60 e 89 ml/min.

Esta pode ser chamada pré-insuficiência renal. São pessoas com pequenas perdas da função dos rins, sendo o estágio mais precoce de insuficiência renal.

Como os rins vão perdendo função naturalmente com a idade, muitos idosos podem ter função renal um pouco reduzida. Esta queda de função é simplesmente um sinal de envelhecimento dos rins. Portanto, encontrar idosos com critérios para IRC estágio 2 é extremamente comum. Se o paciente não tiver nenhuma doença que ataque os rins, como diabetes ou hipertensão, essa ligeira perda de função renal não acarreta maiores problemas a médio/longo prazo.

No estádio 2, o rim ainda consegue manter suas funções básicas, e a creatinina sanguínea ainda se encontra muito próxima da faixa de normalidade. 

No entanto, é importante ressaltar que esses pacientes correm maior risco de agravamento da função renal se expostos, por exemplo, a drogas tóxicas aos rins,  como anti-inflamatórios ou contrastes para exames radiológicos (leia: Remédios que podem fazer mal aos rins).

DRC estadio 3

Pacientes com taxa de filtração glomerular entre 30 e 59 ml/min.

Esta é a fase de insuficiência renal crônica declarada. A creatinina já se encontra acima dos valores de referência, e as primeiras complicações da doença começam a se desenvolver. Entretanto, para refletir adequadamente a relação entre mortalidade e prognóstico da doença renal, o estadio 3 foi subdividido em 3a e 3b: pacientes com TFG entre 59 e 45ml/min pertencem ao estadio 3a e com TFG entre 30 e 44ml/min pertencem ao estadio 3b. 

 O rim já começa a exibir redução na sua capacidade de produzir a eritropoetina, hormônio que controla a produção de hemácias (glóbulos vermelhos) pela medula óssea, levando o paciente a apresentar anemia progressiva, especialmente no estadio 3b (leia: Sintomas da anemia).

Outro problema que começa a surgir é a lesão óssea. Os pacientes insuficientes renais apresentam uma doença chamada osteodistrofia renal, que ocorre pela elevação do PTH e pela queda na produção de vitamina D, hormônios que controlam a quantidade de cálcio nos ossos e no sangue. O resultado é uma desmineralização dos ossos, que começam a ficar fracos e doentes.

Para saber mais detalhes sobre a doença óssea da IRC, leia: Fósforo, PTH e doença óssea na insuficiência renal.

O estágio 3 é a fase na qual os pacientes devem iniciar tratamento e ser acompanhados por um médico nefrologista, pois, a partir deste ponto, costuma haver progressão relativamente rápida da insuficiência renal se não houver tratamento adequado.

DRC estadio 4

Pacientes com taxa de filtração glomerular entre 15 e 29 ml/min.

Esta é a fase pré-diálise. Este é o momento onde os primeiros sintomas começam a aparecer e as análises laboratoriais evidenciam várias alterações.

O paciente apresenta níveis elevados de fósforo e PTH, anemia estabelecida, pH sanguíneo baixo (aumento da acidez no sangue), elevação do potássio, emagrecimento e sinais de desnutrição, piora da hipertensão, enfraquecimento ósseo, aumento do risco de doenças cardíacas, diminuição da libido, diminuição do apetite, cansaço, etc.

Devido à retenção de líquidos, o paciente pode não notar o emagrecimento, já que o peso pode se manter igual ou até mesmo aumentar. O paciente perde massa muscular e gordura, mas retém líquidos, podendo desenvolver pequenos edemas nas pernas.

Nesta fase o paciente já deve começar a ser preparado para entrar em hemodiálise, sendo indicada a construção da fístula artério-venosa (leia: O que é hemodiálise?)

DRC estadio 5

Pacientes com taxa de filtração glomerular menor que 15 ml/min.

Esta fase é chamada doença renal terminal. Quando o paciente já está em diálise, é classificado como DRC estadio 5D.

Abaixo dos 15-10 ml/min o rim já não desempenha funções básicas e o início da diálise está indicado. Nesse momento é que os pacientes começam a sentir os sintomas da insuficiência renal, chamados sintomas de uremia.

Apesar de ainda conseguirem urinar, o volume já não é tão grande e o paciente começa a desenvolver grandes edemas. A pressão arterial fica descontrolada e os níveis de potássio no sangue ficam elevados, a ponto de poderem causar arritmias cardíacas e morte. O paciente já emagreceu bastante e não consegue comer bem. Sente náuseas e vômitos, principalmente na parte da manhã. Cansa-se com facilidade e a anemia, se já não estiver sendo tratada, costuma estar em níveis perigosos.

Se a diálise não for iniciada, o quadro progride, e aqueles que não vão ao óbito por arritmias cardíacas podem evoluir com edema pulmonar ou alterações mentais, como desorientação, crise convulsiva e até coma.

Quando realizado ultrassom dos rins, estes normalmente já se apresentam atrofiados, com tamanhos reduzidos.

Alguns pacientes conseguem chegar até o estágio 5 com poucos sinais e sintomas. Apesar da pouca sintomatologia, estes apresentam inúmeras alterações laboratoriais, e quanto mais tempo se atrasa o início da diálise, pior serão as lesões ósseas, cardíacas, a desnutrição e o risco de arritmias malignas. Muitas vezes, o primeiro e único sintoma da insuficiência renal terminal é a morte súbita.

Quando o paciente com DRC deve ser seguido por um nefrologista?

O encaminhamento precoce para o médico nefrologista pode mudar a história natural da doença. Quando se compara a evolução de doentes referenciados no estágio 3 com aqueles referenciados apenas nas fases finais do estadio 4 ou em estadio 5, nota-se que ocorre:

  •  Uma redução na velocidade de perda da função renal (3,4 ml/min por ano contra 12 ml/min por ano), ou seja, os doentes não acompanhados por nefrologista perdem função renal até 4 vezes mais rápido.
  • Melhor controle da hipertensão e, consequentemente, menos lesões de outros órgãos.
  • Menor incidência de lesões ósseas.
  • Menor incidência de desnutrição e emagrecimento.
  • Menor taxa de mortalidade.

Tratamento

Não há cura para a doença renal crônica, pois ela é um reflexo da lesão irreversível de partes dos rins. Também não existe um remédio que faça os rins voltarem a funcionar bem.

Geralmente, o objetivo do tratamento da DRC é impedir o avanço da doença ou, na pior das hipóteses, desacelerar a taxa de perda da função renal.

É essencial o controle da pressão arterial. Valores persistentemente acima de 140/90 mmHg são agressivos para o rim, acelerando a perda da função renal. Nos pacientes com diabetes, o controle da glicose também é muito importante. Nos pacientes com proteinúria (perdas de proteínas na urina), o seu controle com medicamentos ajuda a preservar a função dos rins.

O paciente com DRC deve evitar drogas nefrotóxicas, como anti-inflamatórios e alguns antibióticos, principalmente os da classe dos aminoglicosídeos.

Mesmo não havendo cura nem tratamento específico para melhorar a função renal, o seguimento com o nefrologista é importante para evitar as complicações da doença renal crônica. Há remédios para controlar a anemia, as alterações dos eletrólitos, do metabolismo do osso, os edemas, etc.

Nos estágios finais da doença, quando o rim já não mais funciona, o tratamento indicado é a hemodiálise, a diálise peritoneal ou o transplante renal.


Referências


Autor(es)

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

Temas relacionados
cranberry Cranberry para infecção urinária: benefícios e malefícios
Pielonefrite Pielonefrite (infecção renal)
Hidronefrose Hidronefrose
Nefrolitíase Cálculo renal (pedra no rim): causas, tipos e tratamento
Dor nos rins Dor no rim: quais são as principais causas?
Creatinina Creatinina e ureia: exame para avaliação dos rins
Cisto no rim Cisto renal (simples, complexo, cortical, Bosniak)
Fármacos e rins Remédios que fazem mal aos rins (nefrotóxicos)
Nefrologista O que faz o médico Nefrologista?
Prevenção da doença renal Como prevenir as doenças dos rins
Beber água Quantos litros de água devemos beber por dia?
Calculadora de taxa de filtração glomerular Calculadoras do clearance de creatinina (TFG)
Nefropatia diabética Lesão renal pelo diabetes (nefropatia diabética)
UTI O que acontece com os pacientes internados em UTI?
Hemodiálise Hemodiálise: o que é, para que serve e como se faz
Lesão renal por anti-inflamatórios Anti-inflamatórios (AINE) fazem mal para os rins?
- Publicidade -
COMENTÁRIOS
Por favor, leia as regras do site antes de enviar a sua pergunta.

Deixe um comentário

116 comentários em “Insuficiência renal crônica: sintomas e tratamento”

  1. Doença de ovários policístico, infecção vaginal e sifilis pode atrapalhar na interpretação dos exames de sangue e urina do paciente renal cronico?

    Responder
  2. Doença de ovários policístico, infecção vaginal e sifilis pode atrapalhar na interpretação dos exames de sangue e urina do paciente renal cronico?

    Responder
  3. Olá sou diabetica e tive esse resultado entre outros-

    CREATININA
    RESULTADO: 0,56 mg/dL

    ESTIMATIVA DO RITMO DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR
    RESULTADO: >60 mL/min/1,73m2 poderia me dar uma luz sobre isso, tenho 41 anos e fui diagnosticada diabetica a cerca de 1 ano e meio mas há 7 anos atras tive diabetes gestacional obrigada!

    Responder
  4. Minha creatinina subiu de 4.o em janeiro para 6.5 e a ureia constante em 170.
    Tenho intolerancia a lactose e ao gluten, isto aumenta a creatinina e ureia por conta de
    diarreia? Faço tratamento com nefro ha 10 anos e ele me pediu um clerance de creatinia e disse que ficou preocupado com os exames.

    Responder
  5. Dr° Pedro, venho aqui deixar meus Parabéns, esse site é de grande importancia pra nós leigos e imagino q para muitos da aréa médica, que deus o ilumine sempre!

    Responder
  6. ola boa noite doutor o exame do meu pai deu alteraçao nos rins o exame de creatinina deu 2,0 doutor gostaria que o senho me falasse se e muito grave .

    Responder
  7. Bom Dia Dr. Pedro, tenho 24 anos, e há bastante tempo percebo que minha urina se manteve com a mesma coloração, sem nenhuma mudança. Pois bem, há cerca de 3 semanas apresentei coriza, tosse, falta de ar, fui ao médico e ele me disse que era sinusite, então me receitou azitromicina por 7 dias. Após o tratamento, continuei apresentando tosse, falta de ar, e dessa vez com febre, dores de cabeça e pelo corpo. Fui uma segunda vez ao hospital, onde encontraram catarro em meus pulmões, começando então tratamento de 3 dias com prelone, e 7 dias de levofloxacina, tomando 1,5 comprimido por dia. Após ter tomado 4 doses do levofloxacina, apresentei muita dor na região dos rins, e coceira pelo corpo. Procurei um outro médico, fiz tomografias, onde nada foi constatado, fiz também exames de sangue e urina, nestes foi encontrado uma presença de neutrófilos pouca coisa abaixo do normal, mas meu exame de hemácias na urina detectou 468.000, quando o normal é até 3.000, fora isso o exame mostrou perfeito funcionamento dos rins. Acontece que geralmente apresento pressão de 14 x 9, mas vários médicos disseram que é pelo fato de eu ser muito ansioso, e muitas vezes tenho problemas de tosse e falta de ar. Nos últimos dias apareceram diversas aftas em minha boca, além do retorno de lesões de herpes bucal, que tenho nos cantos da boca, além de dificuldade em engolir alimentos por dor na garganta quando o faço.

    Gostaria de saber se esse quadro pode indicar Doença de Berger, ou então algum quadro inicial de insuficiência renal, ou é apenas uma coincidência, e provavelmente estou com alguma outra infecção no trato urinário e como minha imunidade está mais baixa estou apresentando estas lesões bucais?

    Agradeço desde já a atenção dispensada, e gostaria de parabenizá-lo pelo site. Já procurei um nefrologista, mas como os exames vão demorar um pouco para ficarem prontos, estou meio ansioso por respostas.

    Att.
    Marco Aurélio

    Responder
  8. Dr. Predro, primeiro gostaria de parabeniza-lo pelo trabalho prestado para a comunidade em geral.
    Tenho glomorulonefrite crônica, faço tratamento.
    Tenho crises de gota que metiram o sono. Existe algum medicamento que não é contra indicado para dor e inflamação?

    Responder
    • Sim, você só não pode usar anti-inflamatórios, mas corticoides, analgésicos e colchicina, à princípio, podem ser usados em pacientes com ins. renal e gota.

      Responder
  9. Dr. boa noite, minha mãe estava sentindo dores nas costas, fez um exame de raio x e uma ultra sonografia e foi constatado que ela estava com pedra e seu rins estava dilatado, o medico informou que seu rins estava dilatado pois estava com água no rins. isso é grave?

    Responder
  10. Dr. Bom dia, mjnha creatininina oscilava entre 1.1 e 1.4. Tomo hipertensivo e diurético. Ocorre que faz 2 meses comecei a tratar de glicose com metformina e a creatinina subiu de 1.4 para 2.4. Com a suspensão do remédio os níveis devem voltar ao que eram ?

    Responder
  11. Sou homem tenho 38anos tenho gota e hipertensão minha creatinina esta 0,7 minha ureia normal e vários sumários de urina normais meu clearence de creatinina deu 137 onde o limite e de 125 tem algun problema

    Responder
  12. Oi,Doutor me chamo Anderson tenho 24 anos faço hemodiálise há 1 ano e 3 meses,gostaria e saber se posso ter relações sexuis sem medo,e se posso me mastutbar quando estiver com vontade.

    Responder
  13. ola eu me chamo catarina ,moro em uberlandia ,e tenho a doença de berger ha varios anos, tenho 53 anos. gostaria de saber porque sou proibida de executar atividade fisica ate mesmo do lar?

    Responder
  14. meu pai retirou um rim e agora fazendo exames constatou que a clearence creatinina esta 42,42 gostaria de saber se o resultado pode ser normal ja que ele não tem um rim?

    Responder
  15. minha filha tem 6 ano ela tem pedra no ris esquerdo mais eu descubri que ela tambe tem no ris direito mais a medica dis que e genetica mais foi uma supresa que eu som sabia que era no ris esquedo mais eu descobre que o direito tambe como eu posso fazer

    Responder
  16. Bom dia Dr Pinheiro, estou muito preocupada com minha saúde, fiz uma bateria de exame e fui a vários especialista, endoc.., card..,etc, estou muito inchada no minimo uns 5kg, tenho hipotiroidismo mais meus exames deram normais (controlada), fiz uma lipo na semana passada, cheguei a clinica com 72 kg e no dia seguinte estava com 83 kg, apos 8 litros de soro, totalmente deformada, comecei a tomar diurético e no mesmo dia eliminei uns 6kg, mais continuo inchada, olhando meus exames de urina hoje, observei: creatinina 0.76mg/dl, ph 5.0, glicose, proteina, hemogrobina, corpos cetonicos, urobilinogenio, bilirrubinas, nitrito, todos normais, porem SEDIMENTOSCOPIA ALTERADOS, celulas de descamação 75.24p/ul (0a20 p/us) leucocitos 1.32 p/ul (0a22 p/ul) e hemacia 0.66 p/ul (0a50 p/ul), não sei mais o que fazer os médicos não detectam o problema me ajude por favor.

    Responder
  17. Dr pinheiros, estou peocupada ha 1 mes atras comecei sentir dores nos rins e fis uma ultrasonografia e deu dilataçao nos rins, qualaquer esforo q faço sinto dor,  existe tratamento para isso? ou so hemodiallize? me ajude por favor

    Responder
  18. Dr Pinheiro,antes de tudo parabens pelo seu blog!!!Esclareceu muitas coisas!
    Eu tenho 33 anos,49 kg,1,58m..
    Bom meu caso eh no minimo estranho,ha 2 anos atras tive uma crise de dor muito intensa no lado direito do abdomem,entre as costelas e o quadril,Neste momento fui diagnosticada com apendecite,fui tratada sem intervencao cirurgica e melhorei,Depois de 10 meses novamente senti essa dor e o diagnostico foi o mesmo!novamente sem intervencao cirurgica fui medicada e tudo voltou ao normal….novamente depois de um ano voltei a sentir essa dor,muito forte como das outras vezes,claro na hora pensei eh apendicite de novo,mas desta vez fui diagnosticada como calculo renal,O medico nao medicou somente me disse para voltar para casa beber muita agua q a pedra era pequena (2milimetros)e que sairia nauralmente pela urina…e que dor voltaria nestes momentos em q o calculo estivessse se movendo pelo trato urinario,a dor persistiu entao voltei ao medico novamente(desta vez em outro profissional da area)fiz todos os exames novamente e nada foi constatado,mas a dor segue diariamente,as vezes forte,as vezes moderada…ja nao sei o que pensar…E tem mais uma coisa que me deixa muito desconfortavel,que sao as constantes infeccoes urinarias,mesmo antes  da primeira crise da suposta apendicite ,pelo menos 3 vezes ja havia sido diagnosticada com infeccao urinaria,Ja perdi as contas de quantas vezes ja fui ao medico e quantos profissionais ja me avaliaram,mas nenhuma vez tive um diagnostico preciso…Fui diagnosticada com calaculo renal em marco deste ano…e desde entao nao tive um dia sequer que nao tenha sentido dor!!O que devo fazer Doutor???Desde ja obrigada!!!!!Julia Hirano

    Responder
  19. ola li seu cometario trbalho em uma clinica de hemodialise sou psicologa apesar do susto que e bem comum em todos os nossos pacientes o tratamento costuma trazaer resultados de grande relevancia nos pacientes vale a pena vc ler mais sobre o assunto ou ate tentar conversar com um RC  as pessoas não sabem do assunto e acabam amendrontando os paciente não e tão ruim quanto parece e um trat como outro qualquer mais acima de tudo traz qualidade de vida pode acreditar

    Responder
  20. Boa tarde, Dr. Pedro? Eu tenho uma questão que me parece pertinente: se os médicos, sabem, que uma infecção mal curada, pode originar a perda da função de um rim,( como é o meu caso)porque não nos mandam realizar exames a uma infecção após a tomada do antibiótico? Especialmente, quando essa infecção tinha-me atingido o rim? Tinha urina com sangue visível ….
    Este tipo de informação deveria ser amplamente divulgada, para que pessoas. que como eu, não recebam esta triste notícia.
    Cumprimentos,
    Anabela

    Responder
    • A não ser que seja uma cistite simples, é usual solicitar uma nova urocultura 7 dias após o fim do tratamento para confirmar a erradicação da bactéria.

      Responder
  21. Bom dia Dr.Pedro
    me chamo Gizele Medeiros, tenho 19 anos mas o problema nao estar comigo tenho uma amigo que se chama Paulo Andre aos 16 anos ele levou um tiro no qual ficou paralitico, com 18 anos descubriu q tinha perdido os dois ruins, o conheci atraz de uma amiga da igreja… me inpressionei como ele e forte hoje ele tem  mas de 30 anos e anda numa cadeira de rodas e faz dialise 3 vezes por semana, numca me interecei por medicina porem estudei como e o processo,como fucinona em fim… preciso saber se depois desse tempo todo existe uma chance dele se recuperar ele so agora estar agilizando sua entrada na fila de espera pro transplante pois tinha um problema na bexiga e so poderia entrar se  fizesse a cirurgia ele fez pra Gloria de Deus deu tudo certo,mas a movimentação fisica e muito importante mas a recuperação dele.mas ele sendo deficiente complica como eu posso ajuda-lo to angustiada por ele… quais seus conselhos? penso em fazer uma arrecadação de dinheiro pra fazer um tratamneto com um Naturologista. Agradeco.

    Responder
  22. Boa tarde D.Pedro, como está?
    Sou transplantada renal desde 1998, mas faço muita retenção de liquidos devido a medicação diaria que tenho que tomar. Aconselharam.me a tomar chá de java.
    O D. acha que posso beber o chá?

    Responder
  23. Boa tarde D.Pedro, como está?
    Sou transplantada renal desde 1998, mas faço muita retenção de liquidos devido a medicação diaria que tenho que tomar. Aconselharam.me a tomar chá de java.
    O D. acha que posso beber o chá?

    Responder
  24. bom dia doutor, tudo bem ? tenho 24 anos e fiz alguns exames e estou preocupado.
    Clearence de creatina ( urina de 24 horas )
    volume 2250 ML
    superfície corporal 1,88m2
    creatinina na urina 110,80 mg/dl
    creatinina no sangue: 1,00 mg/dl
    depuração corrigida: 159,00 ml/min/1,73

    Não deu proteína na urina, mas estou urinando com espuma. Se o senhor puder me dizer o que significam estes resultados ficarei muito satisfeito. Um grande abraço.

    Responder
    • Habitualmente da diálise só está indicada com creatinina acima de 4 ou 5. Mas isso depende de alguns fatores com idade, peso, sexo…

      Responder
  25. Dr Pedro Pinheiro,
    Antes de tudo, gostei muito de seu blog, estão de parabéns!

    Dr, eu pratico musculação, e sempre suplementei e comi bastante, sempre ingerindo uma grande quantidade de proteínas diária.. Sempre fiz exames para ver como estão as coisas e desta vez eu tive uma surpresa, meu exame de creatinina veio 1,38, já uréia veio 31, o que me deixa um pouco mais calmo.

    Normalmente meus exames vem com valores de creatinina no máximo 1,20 e uréia no máximo 40, porém este resultado que citei acima veio no momento em que estou suplementando com creatina e estou também tomando o esteróide oral oxandrolona, tomando 5g de creatina + 100 mg de oxandrolona por dia.

    Isto pode significar um vestígio de insuficiência renal doutor? Ou será apenas uma sobrecarga mesmo ?

    Fiquei um pouco preocupado com estes exames, aguardo resposta do senhor, se possível.

    Obrigado!

    Responder
  26. Dr, meu marido é portador de insuficiência renal crônica apesar de não admitir tal fato. É hipertenso, cardiopata, diabético, faz uso de insulina, tem 62 anos. Não vai ao médico, me maltrata qdo digo que é necessário procurar um especialista, que é para seu próprio bem, etc.Hoje ele tem uma creatinina no valor  6,7, uréia 189,ckmb27, ck 356, está com anemia, a pa constantemente alta apesar de ele tomar captopril, losartana de 100, 2 cps/dia,propranolol 2 ao dia, furosemida 2/dia, continua uma pa de 180×120, nunca menor que 150×100.Como ele não aceita ir a um médico eu gostaria de saber o que eu posso fazer para melhorar  um pouco a qualidade de vida dele pois pelo menor esforço ele se cansa muito, ele sente muita falta de ar, hoje apresentou vômito no almoço,, agora apresenta edema nos mmis , e me parece, ao observá-lo dormir um barulho, minímo, mas estranho ao respirar.
    Sei que é difícil falar sobre um paciente que não se está vendo , mas por favor me ajudem a ajudá-lo.

    Responder
    • Não tem jeito, avise-o que em fases avanças da insuficiência renal, como parece ser o caso pelo o seu relato, o paciente pode morrer a curto prazo se não for visto logo por um médico.

      Responder
  27. Minha mãe é hipertensa controlada,ultimamente é mais baixa que alta por causa dos medicamentos,mas está com a ureia em 99 e a creatinina em 30,existe outro tipo de exame para detectar qual a verdeira situação dos rins dela?

    Responder
  28. Dr. Pedro, se as equações usadas para estimar o clearance não são boas para valores acima de 60 ml/min (78,2ml/min), pois podem subestimar a real função dos rins em casos como por exemplo, o de uma pessoa de 25 anos que tem retrospecto de constantes infecções urinárias e choque séptico provocado por pielonefrite, e que agora se encontra com edemas corporais, incontinência urinária, perda de sangue na urina e anemia, qual exame seria mais indicado para verificação da função renal?

    Responder
  29. Dr. Pedro, se as equações usadas para estimar o clearance não são boas para valores acima de 60 ml/min (78,2ml/min), pois podem subestimar a real função dos rins em casos como por exemplo, o de uma pessoa de 25 anos que tem retrospecto de constantes infecções urinárias e choque séptico provocado por pielonefrite, e que agora se encontra com edemas corporais, incontinência urinária, perda de sangue na urina e anemia, qual exame seria mais indicado para verificação da função renal?

    Responder
  30. Para calcular a clearance utilizei o programa Nefrocalc 1.0 e o resultado foi 6.6 ml/min (
    Mulher, 77 anos, 48 kg, Creatinina de 5.4 mg/dl), então pela tabela acima a pessoa estaria no estágio 5? Esse cálculo está correto? Ou a interpretação está errada?

    Responder
    • Sim, uma creatinina de 5,4 mg/dl em uma mulher de 77 anos é sinal de insuficiência renal avançada. Ela precisa ser vista por um nefrologista com urgência.

      Responder
  31. Dr Pedro, existe algum nefrologista especilista em Doença Policística Renal? Vc recomendaria alguém?
    Alguma novidade com relação às drogas para conter o avanço dos cistos?
    Obrigada

    Responder
    • Até existe, mas geralmente estão nos hospitais universitários. Ainda não surgiu nada digno de nota em relação ao tratamento.

      Responder
  32. Tenho dúvidas quanto a essa estimativa da clearence de creatinina no 2º estágio da insuficiência renal crônica (60-89L/min). Por exemplo, uma pessoa de 25 anos, com retrospecto de constantes infecções urinárias e choque-septico provocado por uma pielonefrite, que agora se encontra com edemas corporais, incontinência urinária e a clearence de creatinina está em 78,2L/min, pode estar com insuficiência renal crônica? Ou essa estimativa de 60-89L/min não se aplica em todos os casos?

    Responder
  33. olá dr meu marido esta com creatina de 16 e a um mes ele faz dialise, quero saber se muda o humor porque ele esta deprecivo,nao aceita o tatramento e muito rebelde quer separar de mim em fim mudou completamente.o que o senhor me fala sobre esse comportamento

    Responder
  34. Minha Mãe tem 75 anos e creatinina de 1,55 . seu peso eh de 45 Kg. calculando sua clearance de creatinina da um valor de 23, e ela estaria em um estagio 4 da doenca renal, segundo informacoes do blog.
    Essa equacao de clearance é confiável ?
    obrigado
    Stefanini Rodrigues

    Responder
    • A equação é uma estimativa. O seu resultado não representa exatamente a realidade. Ela pode errar um pouco para cima ou para baixo. De qualquer modo, a sua mãe precisa ser vista por um nefrologista, pois o clearance real dela dele estar entre 20 e 35 ml/min.

      Responder
  35. Olá Drº Pedro!
    Lendo artigos sobre insuficiência renal encontrei o senhor por aqui…
    Agora estou transplantada (3 meses), e fazendo tuddireitinho.
    Sou Danielle ex paciente da Renal VIda.
    Que Deus te abençoe.

    Responder
  36. tenho calculo em um rim único, semana passada passei 15 horas sem urinar só na emergencia que descobri que os calculos tinham trancado a passagem da urina portanto meu uologista me enternou pois minha creatinina estava 2,20 mg/dl e minha ureia estava em 53, bom não sei o que significa mas pela car do medico não era coisa boa. no final agora o nivel de creatinina é 1,80 mg/dl isso é bom ou ruim, como saber.w?

    Responder
  37. Doutor os seus artigos tem me ajudado demais, pois hoje faz um mes que meu marido descobriu ser insulficiente renal cronico terminal, pois num exame de rotina o seu nivel de creatinina estava em 25,0 e a ureia em 280 fomos tomados por uma terrivel surpresa e nossa vida se transformou em idas e vindas em sessoes de hemodialise e em uma transformacao terrivel pois ja emageceu 11quilos. Estou muito apreensiva pois sua unica saida e um transplante, por este motivo estou lendo todos os seus artigos, parabens

    Responder
  38. O texto está excelente e foi de muita utilidade para mim.
     Mesmo para pessoas leigas como eu, está muito claro, numa linguagem acessível.

    Responder