Ginkgo biloba: o que é, efeitos e para que serve

Dr. Pedro Pinheiro & Dra. Renata Campos

Atualizado em

comment 47 Comentários

Tempo de leitura estimado do artigo: 4 minutos

Introdução

O ginkgo biloba é uma substância usada na medicina há mais de 1000 anos, sendo atualmente um dos fitoterápicos mais usados no mundo devido às suas ações antioxidantes e seus alegados benefícios no tratamento de problemas de memória, falta de energia, falta de concentração, impotência sexual, entre outros.

Infelizmente, o fato de uma substância ser amplamente usada durante séculos não garante que a mesma seja realmente eficaz contra tudo que se apregoa, nem que a mesma seja isenta de efeitos colaterais e contraindicações.

O objetivo deste texto é abordar o ginkgo biloba de forma científica, mostrando aquilo que os estudos comprovaram ser verdade, o que é mito e o que ainda não está totalmente esclarecido do ponto de vista científico.

O que é ginkgo biloba?

O extrato de ginkgo biloba é uma substância obtida a partir das folhas da árvore do Ginkgo, nativa da Coreia, China e Japão, mas atualmente presente em todo mundo, inclusive nas grandes cidades brasileiras. A árvore do ginkgo pode ultrapassar os 40 metros de altura e viver mais de 1000 anos.

O extrato de ginkgo biloba é atualmente uma das 10 ervas medicinais mais usadas em todo mundo. Este fitoterápico possui duas substâncias ativas consideradas as responsáveis por seus efeitos no nosso organismo: flavonoides e terpenos.

O ginkgo biloba é uma substância aclamadamente benéfica para as funções do cérebro, porém, sua real eficácia no tratamento de doenças cognitivas ainda não está totalmente esclarecida. Isso não significa, entretanto, que diversos efeitos e ações cerebrais do ginkgo biloba já não tenham sido desvendadas.

Estudos em animais e humanos já mostraram que a droga age diretamente nos neurotransmissores e oferece proteção aos neurônios por diversos mecanismos. O ginkgo biloba tem comprovadamente ação antioxidante, provoca vasodilatação dos vasos sanguíneos cerebrais, aumentando a perfusão de sangue no cérebro, previne a formação de coágulos e otimiza a utilização de glicose pelo cérebro.

Essas e outras ações já reconhecidas da droga fornecem a base teórica para utilização do ginkgo biloba no tratamento de diversas doenças neurológicas. Todavia, a medicina moderna é baseada em evidências. Não basta haver uma base teórica por trás dos tratamentos, é preciso provar que essas ações são, na prática, eficazes contra as doenças.

Não é porque o ginkgo biloba aumenta a perfusão de sangue no cérebro e previne coágulos que podemos afirmar que ele é eficaz na prevenção e tratamentos do AVC, por exemplo. Muitas vezes, uma droga possui forte embasamento teórico, mas quando vamos à prática, o seu uso não demonstra nenhum efeito benéfico no tratamento das doenças que supostamente elas seriam eficazes.

Portanto, não basta o ginkgo biloba ter diversas ações supostamente benéficas no cérebro. Para que o seu uso seja indicado no tratamento e na prevenção de doenças, ele precisa provar que realmente traz benefícios reais ao paciente. Por isso, é importante estudar a droga separadamente para cada tipo de doença.

Para que serve?

Vamos falar rapidamente sobre algumas doenças para as quais o uso do ginkgo biloba já foi relativamente bem estudado.

Tratamento do Alzheimer e outras demências

Apesar de alguns estudos isolados que demonstravam pequena melhora cognitiva dos pacientes com Alzheimer que fizeram uso de Ginkgo biloba por pelo menos 6 meses, uma grande revisão feita em 2007 com 35 estudos chegou à conclusão que os trabalhos anteriores apresentavam falhas metodológicas e tinham estudados grupos muito pequenos de pacientes.

A conclusão desta revisão sistemática dos principais estudos foi de que não há dados suficientes para afirmar que o Ginkgo biloba seja superior ao placebo no tratamento do Alzheimer. Quando comparada às drogas habitualmente usadas no tratamento da demência, o ginkgo biloba apresenta resultados inferiores.

Um outro estudo publicado em 2008 que acompanhou durante 8 anos mais de 3000 idosos mostrou que o uso diário de ginkgo biloba não apresentou nenhuma evidência de que a droga seja superior ao placebo na prevenção da demência. Portanto, não há evidências científicas que suportem o uso do ginkgo biloba para tratamento ou prevenção das demências.

Para ler sobre a doença de Alzheimer, acesse: 10 SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER.

Perda de memória e problemas de concentração

Historicamente o ginkgo biloba sempre foi indicado como um bom tratamento para melhorar a memória, a concentração e o grau de atenção, principalmente nos idosos. Infelizmente, os estudos também têm demonstrado que a droga não é superior ao placebo nestes casos. Não há, portanto, nenhum embasamento científico para se indicar o ginkgo biloba para melhorar a memória dos pacientes idosos.

Doenças que talvez respondam ao uso da ginkgo biloba

Apesar das decepções com a falta de eficácia do ginkgo biloba no tratamento da demência, das falhas de memória e de outras funções cognitivas do idosos, há uma série de problemas que podem melhorar com o uso do extrato.

Entre aqueles que possuem pelo menos um estudo científico atestando resultados positivos, podemos citar:

A questão é que os poucos estudos científicos positivos para esses casos são habitualmente de baixa qualidade e com poucos pacientes. O grau de evidência para a eficácia do ginkgo biloba para as doenças listadas acima é muito baixo.

Em geral, o ginkgo biloba não se mostrou, à luz dos estudos científicos, como uma droga com grande eficácia no tratamento de nenhuma doença importante. Na maioria do casos, a eficácia é apenas um pouco superior a do placebo e os estudos são de baixa qualidade.

Efeitos colaterais e contraindicações

O ginkgo biloba é uma droga com baixíssima taxa de efeitos adversos. Quando estes ocorrem são geralmente náuseas, dor abdominal, diarreia ou dor de cabeça.

Entretanto, a ação inibitória sobre as plaquetas pode aumentar o risco de sangramento em algumas situações. A droga não deve ser usada em pacientes com elevado risco de hemorragias. Seguindo a mesma lógica, em pacientes que serão submetidos a atos cirúrgicos, sugere-se a suspensão do ginkgo biloba pelo menos 36 horas antes da operação.

O ginkgo biloba pode aumentar o risco de sangramento se usado concomitantemente com outras drogas que atuam sobre as plaquetas ou outros fatores da coagulação, como aspirina, anti-inflamatórios não esteroides, heparina ou varfarina.

Associação do ginkgo biloba com o goji berry também parece aumentar o risco de sangramento.

Devido à falta de estudos clínicos em grávidas comprovando sua segurança, atualmente não se recomenda a utilização do ginkgo biloba durante a gravidez ou aleitamento.

Pacientes com história de crise convulsiva ou epilepsia também devem evitar o uso de ginkgo biloba, pois há esporádicos relatos de que a droga possa facilitar a ocorrência de crises epilépticas. Há também a possibilidade do ginkgo biloba interagir e diminuir os efeitos dos anticonvulsivantes.

Não evidências de que o ginkgo biloba interaja com os efeitos da pilula anticoncepcional.

Interações medicamentosas

O uso de ginkgo pode interferir com alguns medicamentos. As interações mais reportadas são:

  • Alprazolam: ginkgo reduz a eficácia do medicamento.
  • Anticoagulantes e medicamentos antiplaquetários: ginkgo pode aumentar o risco de sangramento.
  • Anticonvulsivantes: grandes quantidades de ginkgo toxina podem causar convulsões. A ginkgo toxina é encontrada em sementes e folhas de ginkgo. É possível que tomar ginkgo reduza a eficácia dos anticonvulsivantes.
  • Antidepressivos: tomar ginkgo com certos antidepressivos, como fluoxetina e imipramina, pode diminuir sua eficácia.
  • Estatinas: tomar ginkgo com sinvastatina ou atorvastatina pode reduzir os efeitos do medicamento.
  • Antidiabéticos orais: ginkgo pode alterar a eficácia dessas drogas.
  • Ibuprofeno: é possível que a combinação com ibuprofeno aumente o risco de sangramento.

Como tomar

A maioria dos estudos sobre o extrato de ginkgo utilizou a forma padronizada de ginkgo biloba EGb 761, que contém 24% de flavonoides e 6% de terpenoides. As dosagens típicas de ginkgo biloba EGb 761 utilizados em estudos e recomendadas pelos fabricantes são 40 mg três vezes por dia ou 60 a 80 mg duas vezes por dia.

Estudos mostram que o uso diário por mais de um ano não está associado a nenhum problema grave de segurança.


Referências


Autor(es)

Médico graduado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna e Nefrologia pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ), Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN), Universidade do Porto e pelo Colégio de Especialidade de Nefrologia de Portugal.

Médica graduada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com títulos de especialista em Medicina Interna pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e pela Universidade do Porto. Nefrologista pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) e pelo Colégio de Nefrologia de Portugal.

Saiba mais

Artigos semelhantes

Ficou com alguma dúvida?

Comentários e perguntas

Deixe um comentário


47 respostas para “Ginkgo biloba: o que é, efeitos e para que serve”

  1. Selma

    Resumindo, Ginko não serve pra nada de bom e ainda é arriscado em alguns casos.

  2. José

    Será porque MD é uma farmacêutica que se desaconselha produtos naturais?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Não somos uma farmacêutica nem temos qualquer relação com nenhuma empresa farmacêutica. E não temos nada contra produtos naturais. Apenas não recomendamos tratamentos que não possuem evidências científicas.

      1. BigPharma

        Sim claro. “Tratamentos que não possuem evidências científicas”

        Será essa falta de “evidências científicas” um resultado do evidente conflito de interesses entre as farmacêuticas, as suas medicações que promovem a doença para manter o paciente fidelizado para toda a vida e as terapias alternativas?

        Se não tivessem nada contra produtos naturais, claramente saberiam que as grandes farmacêuticas escolhem os estudos que são publicados a dedo, para fazer parecer os medicamentos deles como a única forma possível de tratamento.

        1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
          Dr. Pedro Pinheiro

          Você acha que os “produtos naturais” não são também vendidos por grandes corporações multinacionais, fazem gigantesco lobby político, intensa campanha de marketing e movimentam bilhões de dólares todos os anos? Só o Ginkgo Biloba vendeu em 2021 mais de US$ 1.26 bilhão no mundo inteiro. “Produtos naturais” também são Big Pharma.

  3. José Moura

    Gigko serve para hiperplasia prostática benigna?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Não há evidências de que seja eficaz.

  4. Agnaldo Meneses

    Quem teve AVC e está com dificuldade na memória pode tomar?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Pode, mas não vai ajudar.

  5. José Geraldo Rocha de Carvalho

    Tenho 66 anos. Fiz uma angioplastia há 4 anos com a colocação de 01 stend. Faço uso de 01 aspirina diariamente. Posso tomar 01 comprimido (120mg) diário de Ginkgo biloba ???

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Melhor, não.

  6. Raiane Ferreira leme

    Quem tem lupús pode tomar isso?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Não precisa. O Ginkgo Biloba não é necessário em nenhuma situação.

      1. filipe ribeiro paulo

        Boa noite doutor eu tinha as fezes marron e de pois tomei dois dias depois tomei ginkgo biloba e tinha as fezes pretas será normal já deixei obrigado

        1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
          Dr. Pedro Pinheiro

          Fezes bem pretas geralmente é por uso de ferro por via oral ou ingestão de alcaçuz preto. Se além de pretas, as fezes estiverem pastosas e com cheiro muito forte, pode ser sinal de sangramento digestivo.

  7. Vicente neto

    O seu CRM consta nas farmacias , o qual e patrocinado pelas Industrias farmaceutica

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
      Dr. Pedro Pinheiro

      Não entendi qual era o ponto que você queria chegar. De qualquer maneira, eu não tenho CRM ativo, pois não vivo no Brasil.

  8. carvalho afonso

    Gostei muito dica. Mito obrigado.

  9. RAFAEL

    Bom dia,eu estudo engenharia e trabalho muito,sera que o GB me ajudaria nos estudos e na concentraçôes,e qual a melhor dosagens para tomar?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Não há nenhuma evidência científica que indique que o Ginko Biloba ajude na capacidade de concentração.

  10. Jacqueline

    Olá, gostaria de saber se quem toma o GB pode ingerir álcool ou se tem algum problema? :) Obrigada!

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      De forma moderada, não tem problema.

  11. Monica Lopes

    ola, gostaria de saber se o ginkgo biloba, pode ter alguma eficacia contra crises de enxaqueca? ou qual outro beneficio ele poderia trazer?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Não há nada cientificamente comprovado.

  12. Daniel Resende

    ginkgo biloba interage com alcool?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Não há interações relevantes com quantidades moderadas de álcool.

  13. Gustavo Medalha

    Bom dia, estou pensando em comprar para tratar zumbido no ouvido, tem alguma eficácia ?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Comprovadamente, não.

  14. LILIAN

    Tenho diabete e faço uso de metformina 850 mg 2 x ao dia, será q posso tomar o GB?
    tenho tbm enxaqueca, será q poderá aumentar??

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Tomar Ginkgo biloba com que objetivo?

      1. LILIAN

        Minha amiga tinha 85 kg e perdeu mais de 15 tomando, me indicou para ansiedade, mas eu queria tomar por causa de dores na perna e zumbido no ouvido e para ter mais ânimo.

      2. LILIAN

        Como emagrecedor pois me disseram que combate ansiedade , para dores nas pernas (varize) zumbido no ouvido e lambirintite

        1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
          Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

          O efeito real do GB nessas doenças ainda é alvo de discussão. Se você quer emagrecer e combater a ansiedade, há diversos outros remédios bem mais efetivos.

  15. dimi

    Entao, pelo que o senhor diz esse remedio nao serve pra quase nada. Ja li que quem usa as folhas da planta ginkgo biloba em efusao pode se intoxicar ( e muito comum as pessoas comprarem folhas em casa de ervas). Enfim, que essa nao e a forma correta de uso do ginkgo biloba. Consumo em capsulas, mas ja fiz uso das folhas pq nao sabia dessa informaçao na epoca e era bem mais barato.
    Se nao serve pra muita coisa pra que o medico receitou pra minha mae para dor nas pernas ?
    Seria um placebo ?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Sim, o efeito placebo às vezes é suficiente para melhorar os sintomas do paciente.

  16. Saulo Caio

    Doutor pinheiro essas materias na internet q dizem q xadrez, praticar movimentos ao contrario, exercitar o lado direito do cerebro eles realmente aumentam a memoria e raciocinio do cerebro ou e tudo pura bobagem ???

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Isso ainda é muito controverso. Depende do tipo de “exercício mental”. O mais importante quando ler essas matérias é ver a fonte. Se for um site de medicina, com textos baseados em estudos científicos sérios, você pode ler com mais confiança. Eu fui no Google pesquisar sobre o assunto e nas primeiras 2 páginas não apareceu uma única fonte confiável.

  17. Saulo Caio

    Dr existe então algum remédio natural bom par a memória ? ou é tudo mito?? e para concentração ??

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Não existe nada com comprovação científica.

  18. Saulo Caio

    e para concentração ele melhora??

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Não há evidências disso.

      1. filipe ribeiro paulo

        Boa noita ginko bibola tem haver com as cores das fezes

        1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro
          Dr. Pedro Pinheiro

          Ginkgo biloba não está diretamente relacionado à cor das fezes.

  19. RenataCMS

    Quer dizer então que Ginkgo Biloba para memória é mito?

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Sim, do ponto de vista científico, não há nenhuma prova que o Ginkgo Biloba melhore a memória.

  20. Angela Marcelino Ribeiro

    Tomo ,como vitamina , já tenho o habito de frutas, então em duas colheres de sopa acrescento frutas e bato tudo junto no liquidificador , mas tenho receio de engordar porque o gosto deste produto é ruim para beber com água pura mas gostaria da opinião do mesmos por favor!!!

    1. Avatar de Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde
      Dr. Pedro Pinheiro - MD. Saúde

      Ginkgo biloba não engorda.